Em nota sobre tarifaço, Barroso diz que diferentes visões de mundo 'não dão direito a ninguém de torcer a verdade'

Presidente do STF ainda disse que argumentos do governo dos EUA continham "compreensões imprecisas" a respeito do que acontece no país. Governo brasileiro espera publicar decreto em resposta até terça-feira (15). MinistroLuís Roberto Barroso, do STF STF/Reprodução O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso publicou neste domingo (13) uma carta pública em defesa da democracia e disse que que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade". "As diferentes visões de mundo nas sociedades abertas e democráticas fazem parte da vida e é bom que seja assim. Mas não dão a ninguém o direito de torcer a verdade ou negar fatos concretos que todos viram e viveram", afirmou Barroso. O ministro ainda chamou os argumentos do governo americano para o tarifaço de "compreensão imprecisa" dos fatos ocorridos nos últimos anos. "Em 9 de julho último, foram anunciadas sanções que seriam aplicadas ao Brasil, por um tradicional parceiro comercial, fundadas em compreensão imprecisa dos fatos ocorridos no país nos últimos anos", afirmou Barroso. Decreto de reciprocidade O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, também neste domingo, que governo vai editar, até terça-feira (15), o decreto que regulamenta a lei da reciprocidade, que permite ao Brasil responder à tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Alckmin disse, entretanto, que o governo ainda trabalha para reverter a tarifa, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto. "Entendemos que a taxação é inadequada e não se justifica", afirmou o vice-presidente durante inauguração de viaduto em Francisco Morato, na Grande São Paulo. Esta reportagem está em atualização.

Jul 13, 2025 - 22:00
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Em nota sobre tarifaço, Barroso diz que diferentes visões de mundo 'não dão direito a ninguém de torcer a verdade'

Presidente do STF ainda disse que argumentos do governo dos EUA continham "compreensões imprecisas" a respeito do que acontece no país. Governo brasileiro espera publicar decreto em resposta até terça-feira (15). MinistroLuís Roberto Barroso, do STF STF/Reprodução O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso publicou neste domingo (13) uma carta pública em defesa da democracia e disse que que diferentes visões de mundo "não dão direito a ninguém de torcer a verdade". "As diferentes visões de mundo nas sociedades abertas e democráticas fazem parte da vida e é bom que seja assim. Mas não dão a ninguém o direito de torcer a verdade ou negar fatos concretos que todos viram e viveram", afirmou Barroso. O ministro ainda chamou os argumentos do governo americano para o tarifaço de "compreensão imprecisa" dos fatos ocorridos nos últimos anos. "Em 9 de julho último, foram anunciadas sanções que seriam aplicadas ao Brasil, por um tradicional parceiro comercial, fundadas em compreensão imprecisa dos fatos ocorridos no país nos últimos anos", afirmou Barroso. Decreto de reciprocidade O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, também neste domingo, que governo vai editar, até terça-feira (15), o decreto que regulamenta a lei da reciprocidade, que permite ao Brasil responder à tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Alckmin disse, entretanto, que o governo ainda trabalha para reverter a tarifa, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto. "Entendemos que a taxação é inadequada e não se justifica", afirmou o vice-presidente durante inauguração de viaduto em Francisco Morato, na Grande São Paulo. Esta reportagem está em atualização.