Empresário é preso após matar morador de rua, amputar dedo e simular a própria morte em SC
Segundo a Polícia Civil, o homem é investigado por estelionato em outro inquérito e teria aplicado golpes em clientes de sua empresa de placas de energia solar. A investigação aponta que ele tentou forjar o próprio homicídio por uma questão financeira. Polícia fala sobre prisão de empresário suspeito de forjar própria morte em SC Um empresário de 41 anos foi preso na sexta-feira (28) suspeito de simular o próprio desaparecimento e, depois, tentar forjar sua morte duas vezes, além de armar uma sessão de tortura contra si mesmo, segundo a Polícia Civil. Os crimes foram registrados em São Cristóvão do Sul, na Serra de Santa Catarina. Um cúmplice de 38 anos também foi detido. A participação dele não foi detalhada. O delegado Fabiano Toniazzo informou que um homem em situação de rua foi assassinado em uma das simulações. O empresário, identificado como Edilson Peter, também cortou parte do próprio dedo e arrancou dois de seus dentes ao forjar ser vítima de um crime de tortura (entenda mais abaixo). ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Ao g1, a defesa dele informou que se manifestará em breve. Entenda O homem, segundo a Polícia Civil, é investigado por estelionato em outro inquérito policial e teria aplicado golpes em clientes de sua empresa de placas de energia solar. O delegado aponta que ele tentou forjar o próprio homicídio por questões financeiras. "A empresa dele vendia placas solares. E ele não pagava os fornecedores, os fabricantes das placas solares, e vendia aquelas fazendas de energia solar. Ele vendia e também não entregava para os clientes que pagavam as placas", comenta. ⌛ A investigação da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Curitibanos segue em andamento, mas já apontou a seguinte linha do tempo: 12 de fevereiro: o suposto desaparecimento do empresário foi comunicado, e as investigações começaram; 15 de fevereiro: a caminhonete do empresário foi localizada queimada, com um corpo totalmente carbonizado em seu interior. Com isso, as investigações passaram a apontar que ele teria sido vítima de homicídio. Logo depois, o empresário percebeu que o corpo passaria por exame de DNA e que a simulação não funcionaria. Por isso, tentou forjar novamente sua morte - dessa vez, disseminando um vídeo em que aparecia sendo supostamente torturado; O corpo encontrado dentro do veículo foi identificado como sendo de um homem que vivia em situação de rua. O empresário e o cúmplice são suspeitos da morte. Pessoas chegaram a divulgar sobre o suposto desaparecimento do empresário na web Redes sociais/ Reprodução Simulação de tortura Os supostos sequestradores fizeram contato com familiares do empresário e com portais de notícias locais enviando a eles vídeos de uma suposta prática de tortura contra Edilson. Nas imagens, segundo o delegado, parte de um dedo do empresário aparece sendo amputado. "O vídeo é cortado, e em um segundo vídeo, aparecem pneus e galhos sendo queimados com combustível. Claro que não dá para ver se tem um corpo embaixo, e a gente sabe que não tem", informou. Na mesma noite da divulgação dos vídeos, uma garrafa com o pedaço do dedo e dois dentes foi arremessada contra a casa da namorada do empresário, segundo a Polícia Civil. Homem chegou a amputar próprio deto para forjar ser vítima de crime de tortura em SC Polícia Civil/ Divulgação Mudança da linha de investigação Com os novos acontecimentos, a Polícia Civil confirmou a suspeita de que o corpo que havia sido encontrado no carro em 15 de fevereiro não era do empresário. Assim, agentes da DIC passaram a buscar por desaparecidos na região, e chegaram à conclusão de que o corpo era do morador de rua Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos, cujo desaparecimento foi comunicado por familiares no mesmo período. Paralelamente a isso, a polícia identificou a unidade de saúde que o empresário buscou atendimento para suturar o dedo amputado, sendo reconhecido por testemunhas do local. Buscas O empresário e o cúmplice foram localizados em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, após a polícia pedir pela prisão preventiva dos dois e pela busca e apreensão nos endereços. Eles ficaram em silêncio durante o interrogatório e foram encaminhados ao sistema prisional. O nome do comparsa, que já cumpriu pena por homicídios, não foi divulgado. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias
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Segundo a Polícia Civil, o homem é investigado por estelionato em outro inquérito e teria aplicado golpes em clientes de sua empresa de placas de energia solar. A investigação aponta que ele tentou forjar o próprio homicídio por uma questão financeira. Polícia fala sobre prisão de empresário suspeito de forjar própria morte em SC Um empresário de 41 anos foi preso na sexta-feira (28) suspeito de simular o próprio desaparecimento e, depois, tentar forjar sua morte duas vezes, além de armar uma sessão de tortura contra si mesmo, segundo a Polícia Civil. Os crimes foram registrados em São Cristóvão do Sul, na Serra de Santa Catarina. Um cúmplice de 38 anos também foi detido. A participação dele não foi detalhada. O delegado Fabiano Toniazzo informou que um homem em situação de rua foi assassinado em uma das simulações. O empresário, identificado como Edilson Peter, também cortou parte do próprio dedo e arrancou dois de seus dentes ao forjar ser vítima de um crime de tortura (entenda mais abaixo). ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Ao g1, a defesa dele informou que se manifestará em breve. Entenda O homem, segundo a Polícia Civil, é investigado por estelionato em outro inquérito policial e teria aplicado golpes em clientes de sua empresa de placas de energia solar. O delegado aponta que ele tentou forjar o próprio homicídio por questões financeiras. "A empresa dele vendia placas solares. E ele não pagava os fornecedores, os fabricantes das placas solares, e vendia aquelas fazendas de energia solar. Ele vendia e também não entregava para os clientes que pagavam as placas", comenta. ⌛ A investigação da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Curitibanos segue em andamento, mas já apontou a seguinte linha do tempo: 12 de fevereiro: o suposto desaparecimento do empresário foi comunicado, e as investigações começaram; 15 de fevereiro: a caminhonete do empresário foi localizada queimada, com um corpo totalmente carbonizado em seu interior. Com isso, as investigações passaram a apontar que ele teria sido vítima de homicídio. Logo depois, o empresário percebeu que o corpo passaria por exame de DNA e que a simulação não funcionaria. Por isso, tentou forjar novamente sua morte - dessa vez, disseminando um vídeo em que aparecia sendo supostamente torturado; O corpo encontrado dentro do veículo foi identificado como sendo de um homem que vivia em situação de rua. O empresário e o cúmplice são suspeitos da morte. Pessoas chegaram a divulgar sobre o suposto desaparecimento do empresário na web Redes sociais/ Reprodução Simulação de tortura Os supostos sequestradores fizeram contato com familiares do empresário e com portais de notícias locais enviando a eles vídeos de uma suposta prática de tortura contra Edilson. Nas imagens, segundo o delegado, parte de um dedo do empresário aparece sendo amputado. "O vídeo é cortado, e em um segundo vídeo, aparecem pneus e galhos sendo queimados com combustível. Claro que não dá para ver se tem um corpo embaixo, e a gente sabe que não tem", informou. Na mesma noite da divulgação dos vídeos, uma garrafa com o pedaço do dedo e dois dentes foi arremessada contra a casa da namorada do empresário, segundo a Polícia Civil. Homem chegou a amputar próprio deto para forjar ser vítima de crime de tortura em SC Polícia Civil/ Divulgação Mudança da linha de investigação Com os novos acontecimentos, a Polícia Civil confirmou a suspeita de que o corpo que havia sido encontrado no carro em 15 de fevereiro não era do empresário. Assim, agentes da DIC passaram a buscar por desaparecidos na região, e chegaram à conclusão de que o corpo era do morador de rua Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos, cujo desaparecimento foi comunicado por familiares no mesmo período. Paralelamente a isso, a polícia identificou a unidade de saúde que o empresário buscou atendimento para suturar o dedo amputado, sendo reconhecido por testemunhas do local. Buscas O empresário e o cúmplice foram localizados em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, após a polícia pedir pela prisão preventiva dos dois e pela busca e apreensão nos endereços. Eles ficaram em silêncio durante o interrogatório e foram encaminhados ao sistema prisional. O nome do comparsa, que já cumpriu pena por homicídios, não foi divulgado. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias