Governo Lula e Alexandre de Moraes serão criticados em relatório de direitos humanos da gestão Trump, diz jornal
Entenda o que é a Lei Magnitsky
Trechos do relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estados dos EUA obtidos pelo jornal americano "The Washington Post" mostram que o documento, preparado pela gestão Trump, deve criticar o governo brasileiro e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por uma suposta perseguição ao ex-presidente, Jair Bolsonaro, e seus aliados.
O relatório deve ser apresentado ao Congresso dos EUA nesta terça-feira (12).
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Segundo o Post, "no rascunho do relatório sobre o Brasil, o Departamento de Estado acusou o governo de esquerda do país de 'suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro', acusado de tentar se manter no poder por meio de um golpe violento".
"O relatório menciona especificamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal", prossegue a reportagem, "afirmando que ele 'determinou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)', de uma forma que impactou os apoiadores de Bolsonaro na extrema direita."
No último dia 30 de julho, o governo Trump sancionou Moraes com a Lei Magnitsky, que impõe sanções econômicas a estrangeiros acusados pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos. O criador da Lei Magnitsky foi contra a aplicação do dispositivo contra o juiz do STF.
O relatório de direitos humanos de 2025, que será apresentado nesta terça, é produzido pelo pela gestão Trump e diz respeito a eventos ocorridos em 2024.
Procurado pelo "Post", o Departamento de Estado se recusou a comentar a reportagem. De acordo com o jornal, no entanto, um funcionário disse, sob a condição de não ter sua identidade revelada, que "governos em todo o mundo continuam a usar a censura, a vigilância arbitrária ou ilegal e leis restritivas contra vozes desfavorecidas, muitas vezes por motivos políticos e religiosos".
Relatório de Biden considerou eleições justas
O governo Trump vê Bolsonaro e sua família como aliados, e Trump já afirmou diversas vezes que vê os processos movidos contra o político do PL como uma "caça às bruxas". No STF, o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) em 2022.
No relatório de 2024, produzido pela gestão do democrata Joe Biden e relativo aos acontecimentos de 2023 ou anteriores, as eleições presidenciais brasileiras foram amplamente consideradas justas e livres de abusos ou irregularidades.
O relatório menciona pontos de atenção em relação ao processo eleitoral no Brasil, como assédio eleitoral e tentativas de interferências de organizações criminosas, como redes de tráfico ou milícias, no voto de moradores de certas comunidades.
O documento fala especificamente sobre o aumento nas inspeções da Polícia Rodoviária Federal em ônibus públicos no Nordeste nas eleições presidenciais de 2022, num suposto movimento para dissuadir o voto em uma região com maior presença de eleitores de Lula.
Além disso, o documento de 2024 cita outras preocupações com os direitos humanos no Brasil, como más condições prisionais, prisões arbitrárias, restrições à liberdade de expressão, corrupção em diferentes esferas de governo, violência de gênero, violência contra afro-brasileiros e povos indígenas e violência contra pessoas LGBTQIA+.
Entenda o que é a Lei Magnitsky
Trechos do relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estados dos EUA obtidos pelo jornal americano "The Washington Post" mostram que o documento, preparado pela gestão Trump, deve criticar o governo brasileiro e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por uma suposta perseguição ao ex-presidente, Jair Bolsonaro, e seus aliados.
O relatório deve ser apresentado ao Congresso dos EUA nesta terça-feira (12).
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Segundo o Post, "no rascunho do relatório sobre o Brasil, o Departamento de Estado acusou o governo de esquerda do país de 'suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro', acusado de tentar se manter no poder por meio de um golpe violento".
"O relatório menciona especificamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal", prossegue a reportagem, "afirmando que ele 'determinou pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)', de uma forma que impactou os apoiadores de Bolsonaro na extrema direita."
No último dia 30 de julho, o governo Trump sancionou Moraes com a Lei Magnitsky, que impõe sanções econômicas a estrangeiros acusados pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos. O criador da Lei Magnitsky foi contra a aplicação do dispositivo contra o juiz do STF.
O relatório de direitos humanos de 2025, que será apresentado nesta terça, é produzido pelo pela gestão Trump e diz respeito a eventos ocorridos em 2024.
Procurado pelo "Post", o Departamento de Estado se recusou a comentar a reportagem. De acordo com o jornal, no entanto, um funcionário disse, sob a condição de não ter sua identidade revelada, que "governos em todo o mundo continuam a usar a censura, a vigilância arbitrária ou ilegal e leis restritivas contra vozes desfavorecidas, muitas vezes por motivos políticos e religiosos".
Relatório de Biden considerou eleições justas
O governo Trump vê Bolsonaro e sua família como aliados, e Trump já afirmou diversas vezes que vê os processos movidos contra o político do PL como uma "caça às bruxas". No STF, o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) em 2022.
No relatório de 2024, produzido pela gestão do democrata Joe Biden e relativo aos acontecimentos de 2023 ou anteriores, as eleições presidenciais brasileiras foram amplamente consideradas justas e livres de abusos ou irregularidades.
O relatório menciona pontos de atenção em relação ao processo eleitoral no Brasil, como assédio eleitoral e tentativas de interferências de organizações criminosas, como redes de tráfico ou milícias, no voto de moradores de certas comunidades.
O documento fala especificamente sobre o aumento nas inspeções da Polícia Rodoviária Federal em ônibus públicos no Nordeste nas eleições presidenciais de 2022, num suposto movimento para dissuadir o voto em uma região com maior presença de eleitores de Lula.
Além disso, o documento de 2024 cita outras preocupações com os direitos humanos no Brasil, como más condições prisionais, prisões arbitrárias, restrições à liberdade de expressão, corrupção em diferentes esferas de governo, violência de gênero, violência contra afro-brasileiros e povos indígenas e violência contra pessoas LGBTQIA+.