Ministério da Saúde compra cerca de 35 mil testes para sequenciamento genético da mpox
Estratégia visa monitorar transmissão do vírus e, assim, melhorar a resposta à emergência sanitária do país. Pasta, porém, ainda não informou detalhes sobre distribuição e implementação dos testes. Partículas do vírus da mpox (em verde) vistas em microscópio eletrônico. NIAID O Ministério da Saúde vai adquirir 34.560 testes para ampliar o combate à mpox, doença infecciosa que em 2024 voltou a ter o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a pasta, a principal intenção por trás dessa compra é fortalecer o sequenciamento genômico do vírus, ou seja, entender como ele está se transformando e, assim, melhorar a resposta à emergência sanitária do país. Os novos testes são fundamentais, por exemplo, para identificar mutações no MPXV (o vírus que causa a doença), o que permite ajustar as estratégias de controle e prevenção. A pasta, porém, ainda não informou detalhes sobre como a distribuição e a implementação desses testes serão feitas. "[Essa tecnologia] nos permite monitorar as alterações no comportamento do vírus e fortalecer nossas respostas de saúde pública", afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Em 2024, o Brasil registrou 1.490 casos de mpox, com predominância de homens entre 30 e 39 anos. Dados exclusivos do g1, apurados com as secretarias estaduais de Saúde, também mostraram que no ano passado somente Pará, Pernambuco, Sergipe e Tocantins aplicaram todas as doses da vacina contra a mpox que receberam do Ministério da Saúde até meados de setembro. A pasta comprou 49 mil doses do imunizante em 2023. Novas doses da vacina contra mpox chegam em novembro ao Brasil para reserva estratégica Até o momento, porém, nenhum caso do clado 1b foi identificado no país. Mais virulento, ele foi o principal responsável pela explosão de casos de pessoa para pessoa no ano passado em diversos países da África, principalmente na República Democrática do Congo (RDC) e em Burundi. O clado também já foi identificado em casos importados em países como Suécia e Tailândia. Entenda o que é a mpox A mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais. A "'varíola dos macacos", como era então chamada essa doença, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958. Hoje, porém, já sabemos que a infecção que recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana também pode ser transmitida por roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso a mudança de nome. Ela é causada pelo vírus chamado MPXV (do inglês, monkeypox virus). Esse vírus pertence à família dos Orthopoxvirus, um dos maiores e mais resistentes vírus de DNA já conhecidos.
Estratégia visa monitorar transmissão do vírus e, assim, melhorar a resposta à emergência sanitária do país. Pasta, porém, ainda não informou detalhes sobre distribuição e implementação dos testes. Partículas do vírus da mpox (em verde) vistas em microscópio eletrônico. NIAID O Ministério da Saúde vai adquirir 34.560 testes para ampliar o combate à mpox, doença infecciosa que em 2024 voltou a ter o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a pasta, a principal intenção por trás dessa compra é fortalecer o sequenciamento genômico do vírus, ou seja, entender como ele está se transformando e, assim, melhorar a resposta à emergência sanitária do país. Os novos testes são fundamentais, por exemplo, para identificar mutações no MPXV (o vírus que causa a doença), o que permite ajustar as estratégias de controle e prevenção. A pasta, porém, ainda não informou detalhes sobre como a distribuição e a implementação desses testes serão feitas. "[Essa tecnologia] nos permite monitorar as alterações no comportamento do vírus e fortalecer nossas respostas de saúde pública", afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Em 2024, o Brasil registrou 1.490 casos de mpox, com predominância de homens entre 30 e 39 anos. Dados exclusivos do g1, apurados com as secretarias estaduais de Saúde, também mostraram que no ano passado somente Pará, Pernambuco, Sergipe e Tocantins aplicaram todas as doses da vacina contra a mpox que receberam do Ministério da Saúde até meados de setembro. A pasta comprou 49 mil doses do imunizante em 2023. Novas doses da vacina contra mpox chegam em novembro ao Brasil para reserva estratégica Até o momento, porém, nenhum caso do clado 1b foi identificado no país. Mais virulento, ele foi o principal responsável pela explosão de casos de pessoa para pessoa no ano passado em diversos países da África, principalmente na República Democrática do Congo (RDC) e em Burundi. O clado também já foi identificado em casos importados em países como Suécia e Tailândia. Entenda o que é a mpox A mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais. A "'varíola dos macacos", como era então chamada essa doença, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958. Hoje, porém, já sabemos que a infecção que recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana também pode ser transmitida por roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso a mudança de nome. Ela é causada pelo vírus chamado MPXV (do inglês, monkeypox virus). Esse vírus pertence à família dos Orthopoxvirus, um dos maiores e mais resistentes vírus de DNA já conhecidos.