O ‘papito’ chegou: Odair chega ao Athletico com missão de repetir feito do Inter

Apresentado ao elenco do Athletico, Odair Hellmann assumiu a responsabilidade de comandar o clube no retorno à elite do futebol brasileiro. Aos 48 anos, o treinador nasceu na modesta Salete, cidade do interior de Santa Catarina e tem apelidos diferentes. É conhecido como Doda e também por “papito”, quando ganhou reconhecimento nacional no comando do […]

Mai 23, 2025 - 19:30
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O ‘papito’ chegou: Odair chega ao Athletico com missão de repetir feito do Inter

Apresentado ao elenco do Athletico, Odair Hellmann assumiu a responsabilidade de comandar o clube no retorno à elite do futebol brasileiro. Aos 48 anos, o treinador nasceu na modesta Salete, cidade do interior de Santa Catarina e tem apelidos diferentes. É conhecido como Doda e também por “papito”, quando ganhou reconhecimento nacional no comando do Internacional.

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“Ele mesmo se chamava assim, inventava essas coisas”, recorda o ex-presidente colorado Marcelo Medeiros, responsável por tornar o papito como técnico efetivo do Inter.

Segundo o dirigente, o humor é uma das armas do treinador para construir um bom ambiente. Apesar do estilo paizão, Odair é um técnico moderno e que se preocupa muito com o aspecto tático das equipes.

“Ele tem uma característica muito importante, que é a sinceridade. Ele é muito honesto e transparente com os atletas. Tem um humor diferenciado e cativa o grupo”, completa Medeiros.

Odair levou Inter da Série B para a Libertadores

Auxiliar do Internacional, Odair assumiu como treinador interino no fim de 2017. Era a terceira vez que assumia a equipe principal, mas aquela oportunidade foi diferente pela obrigação de tirar os gaúchos da Segundona. Em relação ao momento do Athletico, qualquer semelhança é mera coincidência.

Restando três rodadas para o término da Série B, o Inter vinha em uma sequência negativa. Eram três empates e uma derrota nos quatro últimos jogos com Guto Ferreira. A queda de desempenho ligou o alerta na direção, que decidiu apostar em Odair. No fim daquela campanha, o Inter somou empate e duas vitórias, que garantiram o acesso e o segundo lugar da Segundona.

“O que eu dizia para todo mundo que vinha com ideias: a única coisa que a gente tinha que estar de volta na Série A em dezembro. O Guto Ferreira fez uma campanha muito regular e competente, mas perdemos rendimento na reta final. Na nossa avaliação, havia risco de não atingirmos o retorno. E o Odair foi essencial para que essa meta foi atingida”, aponta o ex-presidente do Inter.

“Sempre é ruim trocar de treinador, mas perdemos desempenho. O corpo técnico, os atletas e a diretoria confiavam no Odair. A gente conquista a volta para a Série A e a efetivação como técnico definitivo foi muito fácil”, conta Medeiros.

Treinador caiu após vice para o Athletico

Odair na Ligga Arena na ida da final da Copa do Brasil. (Foto:João Vitor Rezende Borba/Agif/Gazeta Press)

Odair Hellmann é um dos técnicos que acumula feitos muito acima da média no Brasil. Em 2016, ainda como auxiliar, fez parte da comissão de Rogério Micale. Juntos, conquistaram a primeira medalha de ouro da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Mas o grande trabalho é no Internacional. O técnico tirou o gigante da Segunda Divisão e levou para o principal torneio continental no ano seguinte.

“Foi um trabalho importante, de reconstrução. Vindo da Série B, a gente chega em terceiro lugar. Ficamos atrás do Palmeiras e Flamengo. Brigamos pelo título até a 36ª rodada e fomos para a Libertadores”, conta Marcelo Medeiros.

Em 2019, a manutenção de Odair Hellmann ainda rendeu boas campanhas. Na Libertadores, o Inter caiu nas quartas de final para o Flamengo, que viria a se sagrar campeão com o português Jorge Jesus.

Já na Copa do Brasil, o Inter foi derrotado na final. O adversário era o Furacão, comandado por Tiago Nunes e estrelado por Bruno Guimarães, Léo Pereira, Lucho González, Rony e Marco Rúben. Na conquista histórica, a Cirineta se tornou uma das imagens mais épicas da história rubro-negra.

“A decisão é o algo mais que faltou. Tivemos um lance daquela final com o Nico López, no início do jogo, dentro da área do Athletico. E ele ficou na mão do goleiro. Se a gente sai ganhando, acho que o título é nosso”, lamenta o ex-presidente Marcelo Medeiros.

Odair e Tiago Nunes no dia que o Athletico ergueu a taça de campeão. (Foto: Pablo Nunes/Photo Premium/Gazeta Press)

Sem o título na passagem, Odair viu a pressão se tornar insustável após o vice e foi demitido ao fim do Brasileirão daquele ano.

Longevidade é desafio no Athletico

Odair chega com um selo de ter tido o trabalho mais longevo dos últimos 40 anos do Internacional. Ele permaneceu no cargo por um ano, 10 meses e 15 dias. Não superou Rubens Minelli, que comandou a equipe gaúcha de 1974 a 1976.

Apesar disso, a tradição do Athletico é outra. O Furacão é um moedor de técnicos, com média de três treinadores por ano. Para se ter noção, a última vez que um único técnico comandou o Athletico de janeiro a dezembro foi em 1982, com o histórico Geraldo Damasceno.

Neste século, os treinadores que mais resistiram foram Tiago Nunes, que assumiu interinamente em junho de 2018 e ficou até o início de novembro de 2019, e Paulo Autuori, que trabalhou de março de 2016 a maio de 2017, quando se tornou diretor.

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Odair Hellmann no CT do Caju, do Athletico
Odair Hellmann no CT do Caju, do Athletico

Desde que se consolidou no mercado, Odair Hellmann teve passagens não tão brilhantes e duradouras por Santos e Fluminense antes de se aventurar no mundo árabe. Passou pelo Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos, Al-Riyadh e Al Raed, ambos da Arábia Saudita.

O que chama a atenção no estilo de jogo de Odair é a solidez defensiva. Uma das marcas dele é a saída construída de três. Explico: Odair geralmente escala a linha tradicional com quatro defensores (dois zagueiros e dois laterais). Porém, quando vai construir jogadas, o primeiro volante da equipe recua e se posiciona entre os dois zagueiros.

Nesse cenário, Odair tem o costume de contar com dois meio campistas que se tornam fundamentais para dar o equilíbrio necessário. No vice com o Inter, a dupla formada com Edenílson e Patrick, que volta a ser comandado de Odair no Athletico, teve um grande destaque nesse estilo de jogo.

No contexto atual do elenco do Furacão, quem deve perder força é Bruno Zapelli. O argentino, conhecido pelo talento, é o tradicional camisa 10 e não tem tanta força na marcação e nem tanta intensidade. Contudo, vale lembrar que Zapelli já foi reserva nos dois últimos jogos com o português João Correia, que voltou ao time sub-20 do Athletico.

Além disso, ideia é pressionar o adversário no campo de ataque. Se a pressão não for efetiva, o time recua bastante e marca no famoso ‘bloco baixo’. Com os encaixes bem definidos na marcação, tendo que cada jogador tendo a função de marcar um oponente, a expectativa é retomar a posse da bola e armar contra-ataques rápidos: verticais e diretos, ou seja, chegar ao gol o mais rápido possível.

Odair Hellmann estreia no comando do Athletico contra o Athletic-MG. O jogo, válido pela nona rodada da Série B, acontece neste sábado (24), às 16h, na Ligga Arena, em Curitiba.

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