PGR pede a condenação dos 6 réus do chamado núcleo 2 da trama golpista
PGR pede a condenação dos 6 réus do chamado núcleo 2 da trama golpista Reprodução/TV Globo A Procuradoria-Geral da República pediu a condenação dos seis réus do núcleo 2 da trama golpista. O pedido está nas alegações finais apresentadas ao STF. No documento, a PGR afirma que os réus tinham posições relevantes no governo de Jair Bolsonaro e gerenciaram as ações elaboradas pela organização criminosa. A Procuradoria sustenta que eles coordenaram ações de monitoramento e neutralização de autoridades; agiram para criar instabilidade política, elaboraram o decreto que implementaria medidas de exceção no país e atuaram para dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente no Nordeste, no segundo turno das eleições presidenciais, onde o então candidato Lula havia recebido mais votos. O chamado núcleo 2 da trama golpista tem seis réus: Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques. No interrogatório, em julho, todos negaram o envolvimento na trama golpista. O general Mário Fernandes admitiu ter sido o autor do plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas alegou que o conteúdo era apenas uma análise pessoal colocada em um computador, o que chamou de "pensamentos digitalizados", e que não compartilhou isso com ninguém. Nas alegações finais, a última etapa antes do julgamento, o procurador-geral Paulo Gonet destacou que “em novembro de 2022, Mário Fernandes imprimiu o arquivo em uma impressora no Palácio do Planalto, dirigindo-se, em seguida, ao Palácio da Alvorada, para apresentar o plano a Jair Bolsonaro. A ciência e anuência do então presidente da República à operação ficariam evidenciadas, segundo a PGR, em diálogos posteriores à reunião, indicativos de que Jair Bolsonaro passou a acompanhar a evolução do esquema e a possível data de sua execução integral”. Gonet concluiu que ações e omissões intencionais dos réus levaram aos atos golpistas de 8 de janeiro. A PGR pediu a condenação de todos por cinco crimes. Agora, os advogados têm até 15 dias para apresentarem as alegações finais das defesas. Depois, caberá ao ministro Flávio Dino definir a data do julgamento desse núcleo. Dino vai assumir, na semana que vem, a presidência da Primeira Turma no lugar do ministro Cristiano Zanin. LEIA TAMBÉM PGR pede condenação dos 6 integrantes do 'núcleo 2' da trama golpista em alegações finais Trama golpista: termina prazo para PGR enviar ao STF alegações finais em ação contra 'núcleo 2' Trama golpista: entenda em que fase estão as ações contra os demais réus no caso


PGR pede a condenação dos 6 réus do chamado núcleo 2 da trama golpista Reprodução/TV Globo A Procuradoria-Geral da República pediu a condenação dos seis réus do núcleo 2 da trama golpista. O pedido está nas alegações finais apresentadas ao STF. No documento, a PGR afirma que os réus tinham posições relevantes no governo de Jair Bolsonaro e gerenciaram as ações elaboradas pela organização criminosa. A Procuradoria sustenta que eles coordenaram ações de monitoramento e neutralização de autoridades; agiram para criar instabilidade política, elaboraram o decreto que implementaria medidas de exceção no país e atuaram para dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente no Nordeste, no segundo turno das eleições presidenciais, onde o então candidato Lula havia recebido mais votos. O chamado núcleo 2 da trama golpista tem seis réus: Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques. No interrogatório, em julho, todos negaram o envolvimento na trama golpista. O general Mário Fernandes admitiu ter sido o autor do plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas alegou que o conteúdo era apenas uma análise pessoal colocada em um computador, o que chamou de "pensamentos digitalizados", e que não compartilhou isso com ninguém. Nas alegações finais, a última etapa antes do julgamento, o procurador-geral Paulo Gonet destacou que “em novembro de 2022, Mário Fernandes imprimiu o arquivo em uma impressora no Palácio do Planalto, dirigindo-se, em seguida, ao Palácio da Alvorada, para apresentar o plano a Jair Bolsonaro. A ciência e anuência do então presidente da República à operação ficariam evidenciadas, segundo a PGR, em diálogos posteriores à reunião, indicativos de que Jair Bolsonaro passou a acompanhar a evolução do esquema e a possível data de sua execução integral”. Gonet concluiu que ações e omissões intencionais dos réus levaram aos atos golpistas de 8 de janeiro. A PGR pediu a condenação de todos por cinco crimes. Agora, os advogados têm até 15 dias para apresentarem as alegações finais das defesas. Depois, caberá ao ministro Flávio Dino definir a data do julgamento desse núcleo. Dino vai assumir, na semana que vem, a presidência da Primeira Turma no lugar do ministro Cristiano Zanin. LEIA TAMBÉM PGR pede condenação dos 6 integrantes do 'núcleo 2' da trama golpista em alegações finais Trama golpista: termina prazo para PGR enviar ao STF alegações finais em ação contra 'núcleo 2' Trama golpista: entenda em que fase estão as ações contra os demais réus no caso