Prazo da Câmara para Eduardo Bolsonaro voltar ao Brasil e manter mandato termina domingo

Empresariado quer distância de Bolsonaro e Eduardo O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem até o próximo domingo (20) para retornar ao Brasil, caso queira manter o mandato de parlamentar. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo anunciou em março que iria se afastar das atividades na Câmara para permanecer nos Estados Unidos (relembre mais abaixo). O prazo de licença parlamentar estipulado é de 120 dias, prazo que termina no próximo domingo. Portanto, caso ele não queira perder o mandato, precisa retornar ao país. Eduardo é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga a atuação dele nos Estados Unidos. A abertura do inquérito foi determinada após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo. De acordo com os procuradores, o deputado teria atuado no EUA contra autoridades brasileiras. Na solicitação, a PGR citou postagens em redes sociais e entrevistas do parlamentar e afirmou que o deputado está tentando fazer com que o governo de Donald Trump imponha sanções a integrantes do STF. O inquérito foi aberto para apurar se Eduardo cometeu os seguintes crimes, apontados pela PGR: coação no curso do processo; obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa; abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As ações, segundo o órgão, também teriam como objetivo interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro. Jair Bolsonaro enviou dinheiro para Eduardo Em 5 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, prestou depoimento à PF no âmbito do inquérito. Ele foi convocado a prestar esclarecimentos porque a PGR vê indícios de que o ex-presidente tenha sido beneficiado diretamente pelas ações do filho em território norte-americano. Após o depoimento, o ex-presidente afirmou que enviou "bastante dinheiro legal", R$ 2 milhões, para custear a estadia do filho nos EUA. Segundo Bolsonaro, o dinheiro foi enviado para que o filho não passe "necessidade" em solo norte-americano. A jornalistas, Bolsonaro disse que não existe "trabalho" ou "lobby" de Eduardo nos Estados Unidos para tentar "sancionar quem quer que seja no Brasil". Ainda sobre a presença do filho nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que tem "orgulho" do que Eduardo tem feito. A atuação do deputado licenciado, na avaliação do ex-presidente, tem a ver com defesa da democracia, e não com a coação de autoridades. Bolsonaro reconheceu que tem financiado a estadia do filho nos EUA. Licença do mandato Em março, Eduardo anunciou que iria se licenciar do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos, onde está desde o final de fevereiro. Ao anunciar a decisão, ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo inquérito que investiga o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. O parlamentar fez o anúncio numa rede social, uma semana antes do julgamento no STF que tornou o pai dele réu. À epoca, Eduardo afirmou que a licença é temporária. Com isso, ele abriu mão de receber o salário de R$ 46.366,19. O deputado foi o terceiro mais votado em São Paulo em 2022, com 741.701 votos, atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Carla Zambelli (PL).

Jul 15, 2025 - 16:30
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Prazo da Câmara para Eduardo Bolsonaro voltar ao Brasil e manter mandato termina domingo
Empresariado quer distância de Bolsonaro e Eduardo O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem até o próximo domingo (20) para retornar ao Brasil, caso queira manter o mandato de parlamentar. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo anunciou em março que iria se afastar das atividades na Câmara para permanecer nos Estados Unidos (relembre mais abaixo). O prazo de licença parlamentar estipulado é de 120 dias, prazo que termina no próximo domingo. Portanto, caso ele não queira perder o mandato, precisa retornar ao país. Eduardo é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga a atuação dele nos Estados Unidos. A abertura do inquérito foi determinada após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo. De acordo com os procuradores, o deputado teria atuado no EUA contra autoridades brasileiras. Na solicitação, a PGR citou postagens em redes sociais e entrevistas do parlamentar e afirmou que o deputado está tentando fazer com que o governo de Donald Trump imponha sanções a integrantes do STF. O inquérito foi aberto para apurar se Eduardo cometeu os seguintes crimes, apontados pela PGR: coação no curso do processo; obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa; abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As ações, segundo o órgão, também teriam como objetivo interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro. Jair Bolsonaro enviou dinheiro para Eduardo Em 5 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, prestou depoimento à PF no âmbito do inquérito. Ele foi convocado a prestar esclarecimentos porque a PGR vê indícios de que o ex-presidente tenha sido beneficiado diretamente pelas ações do filho em território norte-americano. Após o depoimento, o ex-presidente afirmou que enviou "bastante dinheiro legal", R$ 2 milhões, para custear a estadia do filho nos EUA. Segundo Bolsonaro, o dinheiro foi enviado para que o filho não passe "necessidade" em solo norte-americano. A jornalistas, Bolsonaro disse que não existe "trabalho" ou "lobby" de Eduardo nos Estados Unidos para tentar "sancionar quem quer que seja no Brasil". Ainda sobre a presença do filho nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que tem "orgulho" do que Eduardo tem feito. A atuação do deputado licenciado, na avaliação do ex-presidente, tem a ver com defesa da democracia, e não com a coação de autoridades. Bolsonaro reconheceu que tem financiado a estadia do filho nos EUA. Licença do mandato Em março, Eduardo anunciou que iria se licenciar do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos, onde está desde o final de fevereiro. Ao anunciar a decisão, ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo inquérito que investiga o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. O parlamentar fez o anúncio numa rede social, uma semana antes do julgamento no STF que tornou o pai dele réu. À epoca, Eduardo afirmou que a licença é temporária. Com isso, ele abriu mão de receber o salário de R$ 46.366,19. O deputado foi o terceiro mais votado em São Paulo em 2022, com 741.701 votos, atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Carla Zambelli (PL).