'Sem saber o que pode acontecer': dinamarqueses se sentem inseguros após detecção de drones russos no país
'Sem saber o que pode acontecer': dinamarqueses se sentem inseguros após detecção de drones russos no país Reprodução / JN O sobrevoo de drones não identificados em países da Europa levantou suspeitas, nas últimas semanas, sobre uma possível ação da Rússia. O governo russo nega; mas a Dinamarca afirmou que na madrugada deste sábado (27) houve um novo episódio. O Comando de Defesa da Dinamarca divulgou, neste sábado, uma nota confirmando que drones foram avistados em diversas instalações militares do país na noite passada. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que, em resposta, vai reforçar a vigilância na região do Mar Báltico. Mais cedo, o ministro do Interior da Alemanha disse que a ameaça pode ser classificada como alta quando se trata de drones. O ministro disse também que o país fará uma revisão da lei de segurança da aviação para permitir que as forças armadas se envolvam em possíveis interceptações. Desde quinta-feira (25), o exército alemão faz exercícios militares de grande escala na cidade portuária de Hamburgo. Na Holanda e em Portugal, forças da Otan também testaram novas tecnologias de vigilância, com drones aéreos e submarinos. Soldados da Ucrânia participaram do exercício, compartilhando experiências. O uso de drones e barcos não tripulados se desenvolveu rapidamente no país depois da invasão russa, três anos e meio atrás. Hoje, o presidente ucraniano disse que Vladimir Putin está testando as defesas da Otan e se preparando para um conflito maior. "Ele abrirá outras direções, ninguém sabe onde", alertou Volodymyr Zelensky. Autoridades europeias têm discutido a possibilidade de conceder um empréstimo de € 140 bilhões à Ucrânia, a partir de bens russos congelados. O dinheiro seria usado para financiar uma parede de drones nos países próximos da fronteira com a Rússia, com capacidades avançadas de rastreamento e interceptação. A questão ganhou força depois que incursões de drones foram registradas nas últimas semanas em países como Dinamarca, Noruega, Alemanha, Polônia e Romênia. Aeroportos chegaram a fechar. O espaço aéreo da Estônia também foi invadido, só que por caças militares russos, que continuam bombardeando cidades ucranianas. Autoridades europeias falam em padrão de provocações que expõe a vulnerabilidade do espaço aéreo europeu e causa ansiedade na população. “Ficamos um pouco inseguros sem saber quem está por trás disso e o que pode acontecer”, diz uma dinamarquesa. “Estou preocupado porque não temos uma resposta séria aos drones, uma maneira de combatê-los sem ferir pessoas ou causar danos”, diz outro morador. LEIA TAMBÉM: Na ONU, chanceler russo nega ataque com drones à Europa e diz que qualquer agressão da Otan à Rússia terá resposta Mundo vive guerra de drones e corrida armamentista mais destrutiva da história, diz Zelensky na ONU


'Sem saber o que pode acontecer': dinamarqueses se sentem inseguros após detecção de drones russos no país Reprodução / JN O sobrevoo de drones não identificados em países da Europa levantou suspeitas, nas últimas semanas, sobre uma possível ação da Rússia. O governo russo nega; mas a Dinamarca afirmou que na madrugada deste sábado (27) houve um novo episódio. O Comando de Defesa da Dinamarca divulgou, neste sábado, uma nota confirmando que drones foram avistados em diversas instalações militares do país na noite passada. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que, em resposta, vai reforçar a vigilância na região do Mar Báltico. Mais cedo, o ministro do Interior da Alemanha disse que a ameaça pode ser classificada como alta quando se trata de drones. O ministro disse também que o país fará uma revisão da lei de segurança da aviação para permitir que as forças armadas se envolvam em possíveis interceptações. Desde quinta-feira (25), o exército alemão faz exercícios militares de grande escala na cidade portuária de Hamburgo. Na Holanda e em Portugal, forças da Otan também testaram novas tecnologias de vigilância, com drones aéreos e submarinos. Soldados da Ucrânia participaram do exercício, compartilhando experiências. O uso de drones e barcos não tripulados se desenvolveu rapidamente no país depois da invasão russa, três anos e meio atrás. Hoje, o presidente ucraniano disse que Vladimir Putin está testando as defesas da Otan e se preparando para um conflito maior. "Ele abrirá outras direções, ninguém sabe onde", alertou Volodymyr Zelensky. Autoridades europeias têm discutido a possibilidade de conceder um empréstimo de € 140 bilhões à Ucrânia, a partir de bens russos congelados. O dinheiro seria usado para financiar uma parede de drones nos países próximos da fronteira com a Rússia, com capacidades avançadas de rastreamento e interceptação. A questão ganhou força depois que incursões de drones foram registradas nas últimas semanas em países como Dinamarca, Noruega, Alemanha, Polônia e Romênia. Aeroportos chegaram a fechar. O espaço aéreo da Estônia também foi invadido, só que por caças militares russos, que continuam bombardeando cidades ucranianas. Autoridades europeias falam em padrão de provocações que expõe a vulnerabilidade do espaço aéreo europeu e causa ansiedade na população. “Ficamos um pouco inseguros sem saber quem está por trás disso e o que pode acontecer”, diz uma dinamarquesa. “Estou preocupado porque não temos uma resposta séria aos drones, uma maneira de combatê-los sem ferir pessoas ou causar danos”, diz outro morador. LEIA TAMBÉM: Na ONU, chanceler russo nega ataque com drones à Europa e diz que qualquer agressão da Otan à Rússia terá resposta Mundo vive guerra de drones e corrida armamentista mais destrutiva da história, diz Zelensky na ONU