Vale a pena pagar até R$ 39 mil em um celular? g1 testa nova geração de smartphones dobráveis

Celulares dobráveis em 2025: mais opções, mas bem mais caros Celulares dobráveis já são mais caros que os iPhones no Brasil, e os modelos recém-lançados estão mais para aparelhos de luxo do que meros smartphones. O Guia de Compras testou quatro deles, em ordem crescente de valor nas lojas da internet: Motorola Razr 60 Ultra (R$ 10 mil), Samsung Galaxy Z Fold7 (R$ 14,6 mil) Honor Magic V3 (R$ 20 mil) Huawei Mate XT Ultimate Design (R$ 39 mil, o mais caro do país) O da Huawei até chegou a ser mais em conta, na medida do possível. Foi anunciado em junho por R$ 33 mil – preço que se manteve até a gravação do vídeo acima, no final de julho. Mas, no início de agosto, o preço saltou para a faixa entre R$ 35 mil e R$ 39 mil nos sites pesquisados. Os valores altos de todos se justificam pelos recursos de última geração, câmeras avançadas e um design cada vez mais fininho, além das telas que se dobram até duas vezes. Dos quatro modelos avaliados, só dois dobráveis compensavam o alto investimento – o da Motorola e o da Samsung. A Honor sofre com um produto que já está obsoleto, e a Huawei requer a adoção de gambiarras potencialmente inseguras para usar os apps do Google. Leia a seguir para entender os motivos. Design Celular dobrável é fácil de manusear? Desempenho e bateria Câmeras Conclusão Honor Magic V3 Huawei Mate XT Ultimate Design Motorola Razr 60 Ultra Samsung Galaxy Z Fold7 Design Os celulares dobráveis de 2025 apresentam formatos variados. Honor Magic V3 e Samsung Galaxy Z Fold7 seguem o padrão estabelecido pela própria Samsung em 2019: uma tela externa grande, comparável à de um smartphone convencional, que se abre como um livro, revelando um display maior. Dá para dizer que é um telefone grande que vira um tablet quadrado de 8 polegadas. Para comparação, um iPad tem tela de 11 polegadas. Honor Magic V3 Por causa das duas telas, existe uma continuidade de apps: quando o celular é aberto, a função que estava sendo utilizada na tela menor é transferida para a tela maior. O Honor Magic V3 tem apenas acabamento externo em verde. O material usado parece plástico, mas a fabricante diz que utiliza "fibra aeroespacial" para aumentar a resistência. Já o Samsung é vendido nas cores preto, prata, azul e verde, com acabamento em alumínio. Samsung Galaxy Z Fold7 Fechado, o Huawei Mate XT Ultimate Design lembra os modelos da Honor e da Samsung. Sua tela principal se abre lateralmente, como um livro, transformando-se em um tablet de 7,9 – como o Honor e o Huawei abertos. Mas há outro display na parte inferior, que abre para fora — é possível até formar um "Z" com a tela —, resultando em um tablet de 10,2 polegadas, pouco menor que um iPad de 11". O Huawei Mate XT Ultimate tem acabamento em couro vermelho ou preto, com detalhes em dourado. Huawei Mate XT Ultimate Design Já o Motorola Razr 60 Ultra, o menor dos quatro, tem formato flip – como se fosse um celular dos anos 2000 que se fechava ao meio. Possui uma tela externa para uso rápido de apps e da câmera e, quando aberto, assume o tamanho de um celular convencional. O Razr 60 Ultra é o mais diverso nos acabamentos. A unidade de testes veio na cor verde, com um acabamento em camurça chamado Alcantara. A Motorola oferece o produto ainda com finalização em madeira e couro vegano vermelho na parte externa. Uma edição especial do produto, em branco gelo e acabamento com cristais Swarovski, será lançada ainda em agosto, sem preço divulgado pela Motorola. Motorola Razr 60 Ultra O que mais impressiona é a espessura cada vez mais fina desses dispositivos quando abertos, desconsiderando o "degrau" da câmera. Quase falta espaço para um conector USB-C. A espessura é menor que a de um lápis — exceto no caso do Motorola, mais grosso devido ao formato flip. Espessura dos celulares Celular dobrável é fácil de manusear? Nem sempre. O Razr 60 Ultra, pelo formato compacto, permite abrir a tela com uma mão só. Os demais requerem as duas mãos para abrir. O Samsung e o Huawei requerem uma forcinha extra para conseguir desdobrar o aparelho. Os fabricantes indicam que as dobradiças das telas são reforçadas para durar bastante e protegem a parte interna dos celulares. Depois da tela, as dobradiças são a parte mais sensível do smartphone. O celular dobrável levanta questões de uso. O que fazer com um deles? Tirando o Razr 60 Ultra, que mais se assemelha a um telefone convencional (e só fica mais compacto), os demais têm suas peculiaridades. Uma delas é atender a uma chamada. Se o Honor, Huawei ou Samsung estiverem fechados, sem problemas – é só atender como sempre. Se estiverem abertos, tem que colocar no viva-voz ou usar fones sem fio. A vantagem da tela grande neles – independentemente da marca – é aproveitar o espaço maior para realizar múltiplas tarefas para trabalhar, dispensando um notebook, por exemplo. Navegar na internet em metade da tela, com o WhatsApp em outra, por exemplo. Ou tomar notas em metade e ver redes sociais na outra metade. Ver vídeos e jogar

Ago 7, 2025 - 02:30
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Vale a pena pagar até R$ 39 mil em um celular? g1 testa nova geração de smartphones dobráveis

Celulares dobráveis em 2025: mais opções, mas bem mais caros Celulares dobráveis já são mais caros que os iPhones no Brasil, e os modelos recém-lançados estão mais para aparelhos de luxo do que meros smartphones. O Guia de Compras testou quatro deles, em ordem crescente de valor nas lojas da internet: Motorola Razr 60 Ultra (R$ 10 mil), Samsung Galaxy Z Fold7 (R$ 14,6 mil) Honor Magic V3 (R$ 20 mil) Huawei Mate XT Ultimate Design (R$ 39 mil, o mais caro do país) O da Huawei até chegou a ser mais em conta, na medida do possível. Foi anunciado em junho por R$ 33 mil – preço que se manteve até a gravação do vídeo acima, no final de julho. Mas, no início de agosto, o preço saltou para a faixa entre R$ 35 mil e R$ 39 mil nos sites pesquisados. Os valores altos de todos se justificam pelos recursos de última geração, câmeras avançadas e um design cada vez mais fininho, além das telas que se dobram até duas vezes. Dos quatro modelos avaliados, só dois dobráveis compensavam o alto investimento – o da Motorola e o da Samsung. A Honor sofre com um produto que já está obsoleto, e a Huawei requer a adoção de gambiarras potencialmente inseguras para usar os apps do Google. Leia a seguir para entender os motivos. Design Celular dobrável é fácil de manusear? Desempenho e bateria Câmeras Conclusão Honor Magic V3 Huawei Mate XT Ultimate Design Motorola Razr 60 Ultra Samsung Galaxy Z Fold7 Design Os celulares dobráveis de 2025 apresentam formatos variados. Honor Magic V3 e Samsung Galaxy Z Fold7 seguem o padrão estabelecido pela própria Samsung em 2019: uma tela externa grande, comparável à de um smartphone convencional, que se abre como um livro, revelando um display maior. Dá para dizer que é um telefone grande que vira um tablet quadrado de 8 polegadas. Para comparação, um iPad tem tela de 11 polegadas. Honor Magic V3 Por causa das duas telas, existe uma continuidade de apps: quando o celular é aberto, a função que estava sendo utilizada na tela menor é transferida para a tela maior. O Honor Magic V3 tem apenas acabamento externo em verde. O material usado parece plástico, mas a fabricante diz que utiliza "fibra aeroespacial" para aumentar a resistência. Já o Samsung é vendido nas cores preto, prata, azul e verde, com acabamento em alumínio. Samsung Galaxy Z Fold7 Fechado, o Huawei Mate XT Ultimate Design lembra os modelos da Honor e da Samsung. Sua tela principal se abre lateralmente, como um livro, transformando-se em um tablet de 7,9 – como o Honor e o Huawei abertos. Mas há outro display na parte inferior, que abre para fora — é possível até formar um "Z" com a tela —, resultando em um tablet de 10,2 polegadas, pouco menor que um iPad de 11". O Huawei Mate XT Ultimate tem acabamento em couro vermelho ou preto, com detalhes em dourado. Huawei Mate XT Ultimate Design Já o Motorola Razr 60 Ultra, o menor dos quatro, tem formato flip – como se fosse um celular dos anos 2000 que se fechava ao meio. Possui uma tela externa para uso rápido de apps e da câmera e, quando aberto, assume o tamanho de um celular convencional. O Razr 60 Ultra é o mais diverso nos acabamentos. A unidade de testes veio na cor verde, com um acabamento em camurça chamado Alcantara. A Motorola oferece o produto ainda com finalização em madeira e couro vegano vermelho na parte externa. Uma edição especial do produto, em branco gelo e acabamento com cristais Swarovski, será lançada ainda em agosto, sem preço divulgado pela Motorola. Motorola Razr 60 Ultra O que mais impressiona é a espessura cada vez mais fina desses dispositivos quando abertos, desconsiderando o "degrau" da câmera. Quase falta espaço para um conector USB-C. A espessura é menor que a de um lápis — exceto no caso do Motorola, mais grosso devido ao formato flip. Espessura dos celulares Celular dobrável é fácil de manusear? Nem sempre. O Razr 60 Ultra, pelo formato compacto, permite abrir a tela com uma mão só. Os demais requerem as duas mãos para abrir. O Samsung e o Huawei requerem uma forcinha extra para conseguir desdobrar o aparelho. Os fabricantes indicam que as dobradiças das telas são reforçadas para durar bastante e protegem a parte interna dos celulares. Depois da tela, as dobradiças são a parte mais sensível do smartphone. O celular dobrável levanta questões de uso. O que fazer com um deles? Tirando o Razr 60 Ultra, que mais se assemelha a um telefone convencional (e só fica mais compacto), os demais têm suas peculiaridades. Uma delas é atender a uma chamada. Se o Honor, Huawei ou Samsung estiverem fechados, sem problemas – é só atender como sempre. Se estiverem abertos, tem que colocar no viva-voz ou usar fones sem fio. A vantagem da tela grande neles – independentemente da marca – é aproveitar o espaço maior para realizar múltiplas tarefas para trabalhar, dispensando um notebook, por exemplo. Navegar na internet em metade da tela, com o WhatsApp em outra, por exemplo. Ou tomar notas em metade e ver redes sociais na outra metade. Ver vídeos e jogar é outro benefício do espaço, já que os aparelhos são tablets em miniatura. Desempenho e bateria Os quatro modelos trazem configurações de ponta, com: Processadores Qualcomm Snapdragon 8 da última geração (Samsung e Motorola) ou penúltima geração (Honor). O da Huawei utiliza um processador próprio (Kirin 9010). 12 GB ou 16 GB de RAM Armazenamento generoso — 1 TB no Motorola e mínimo de 512 GB nos demais. Nos testes de desempenho, Samsung e Motorola foram os mais rápidos, seguidos pelo Honor, que superou o Huawei. Em avaliações de vídeo, Samsung e Motorola mantiveram a liderança, com Honor e Huawei atrás. A bateria durou 14h30 no Motorola, 13h30 no Honor e 13h20 no Samsung. O modelo da Huawei não foi capaz de realizar o teste porque o aplicativo não rodou por completo. Dobráveis 'fininhos' vistos de lado: Huawei, Honor e Samsung Henrique Martin/g1 O sistema operacional também tem sua parte nos resultados. O Galaxy Z Fold7 saiu de fábrica com Android 16, a versão mais recente do Google. O Moto Razr 60 Ultra roda Android 15, comum em lançamentos recentes. O Honor Magic V3, Android 14. Já o Huawei Mate XT Ultimate Design não utiliza o Android tradicional. Como assim? Devido ao banimento de tecnologias norte-americanas imposto pelo governo Trump em 2019, a Huawei não pode usar os serviços do Google. A solução foi adotar uma versão de código aberto do Android, personalizá-la com a interface EMUI 14 e distribuir sem os serviços do Google. A Huawei oferece seus próprios apps — mapas, navegador, loja de aplicativos (App Gallery) —, mas há alternativas para acessar serviços do Google. Os apps MicroG e GBox, desenvolvidos pela comunidade de código aberto, funcionam como emuladores, permitindo usar Gmail, Google Maps e Play Store. Ambos estão disponíveis na App Gallery. Porém, essa solução levanta questões de segurança. O GBox, por exemplo, "finge" ser um Xiaomi Redmi K20 Pro com Android 12 (modelo de 2019 nunca lançado no Brasil) para burlar restrições. O app GBox "finge" ser outro celular para burlar regras do Google e permitir o download de apps no Huawei Mate XT Ultimate Design Henrique Martin/g1 Como esse Android não recebe atualizações regulares de segurança (não é possível checar a informação com o desenvolvedor), pode violar políticas do Google e comprometer dados sensíveis. A Huawei afirmou, em nota, que não tem ligação com o desenvolvimento do GBox ou MicroG. De acordo com a companhia, os apps MicroG e GBox "passaram por validação técnica para disponibilização na AppGallery, seguindo nossos padrões de privacidade e segurança. Seus desenvolvedores garantem conformidade com as leis de proteção de dados dos países onde operam, coletando apenas informações essenciais”. Vale ressaltar também que o celular de R$ 35 mil, ainda por conta das restrições dos Estados Unidos, não funciona com redes 5G no Brasil. Sim, ele é apenas 4G. Os demais dobráveis têm 5G. Câmeras O Razr 60 Ultra é o dobrável com menos câmeras do teste – são três, com duas externas e uma interna. Ele é seguido pelo Mate XT, com quatro câmeras (três externas e uma para selfies na tela de fora) e pelas cinco no Magic V3 e no Galaxy Z Fold7 (três externas e duas internas). As lentes principais dos aparelhos seguem o padrão de celulares premium, como Galaxy S25 Ultra e iPhone 16 Pro: uma lente grande angular, uma principal e um zoom óptico. A única exceção, por conta do tamanho, é a câmera do Motorola, com uma grande angular e uma principal. Não falta resolução nos sensores de imagem dos aparelhos – todos variam entre 10 e 50 megapixels entre as três lentes. A maior resolução de câmera é do Galaxy Z Fold7, com 200 megapixels no sensor principal – é uma lente bastante parecida com a do o topo de linha Galaxy S25 Ultra. Nos quatro celulares, as imagens saem muito nítidas, com contraste ajustado e até pouca variação de cores entre os celulares. Aliás, como o Guia de Compras já mostrou, é difícil tirar foto ruim com os aparelhos mais modernos. As fotos noturnas saíram excelentes e, em quase todos, dá para fotografar a Lua – durante os testes, a Lua estava em fase crescente e não ficou muito boa em nenhum deles. O da Huawei chegou a ser mais em conta, na medida do possív". Foi anunciado em junho por R$ 33 mil – preço que se manteve até a gravação do vídeo acima, no final de julho. Vale ressaltar que todos também têm um modo macro, para tirar fotos de detalhes. e no Magic V3 e no Galaxy Z Fold7 (três externas duas internas). Conclusão Dos quatro celulares dobráveis, apenas dois realmente valem o investimento. Isso, claro, se você realmente quer um desses. São os modelos da Samsung e da Motorola. Não apenas por serem smartphones mais "acessíveis", na medida do possível, graças à fabricação local. Têm designs elegantes, passam uma sensação de luxo, tiram boas fotos e não vão ficar sem bateria ao longo do dia. O da Honor é um excelente smartphone, mas tem um preço alto por ser importado e é relativamente mais difícil de encontrar nas lojas da internet. Por enquanto, é um investimento em um aparelho que já está obsoleto. A própria Honor já lançou, no exterior, seu sucessor, o Magic V5 – que é tão fino quanto o Galaxy Z Fold7. Nesse caso, o mais recomendável é esperar pela chegada do novo telefone, ainda sem previsão. O Huawei Mate XT Ultimate Design é uma obra de engenharia. Um produto desenvolvido para ser diferente de todos os outros e, por enquanto, é o único a ter duas dobras. Mas que peca por motivos fora do controle da Huawei – a questão da segurança do GBox é preocupante, por mais que a marca diga que é confiável. Ah sim, ele é bem caro para um aparelho sem 5G, né? Como foram feitos os testes Os aparelhos foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos. Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros. Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação. Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização padrão (60 Hz). A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. 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