Vale é condenada a pagar R$ 30 mil à funcionária obrigada a fazer necessidades fisiológicas em sacolas

Funcionária da Vale usou sacolas por falta de banheiro; empresa paga R$ 30 mil Divulgação A empresa Vale S.A. foi condenada a pagar R$ 30 mil por danos morais a uma funcionária que operava uma escavadeira elétrica nas Minas da Vale, em Parauapebas, no sudeste do estado, e precisou usar sacolas e baldes por falta de banheiro feminino no local de trabalho. Segundo os autos, a trabalhadora enfrentava condições precárias: os sanitários disponíveis ficavam a mais de 10 minutos de distância, e interromper o uso da escavadeira podia gerar advertência. A juíza substituta Pricila Apicelo Lima, que visitou a unidade, constatou que o ambiente de trabalho é hostil, monitorado e funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. ✅ Siga o canal do g1 Pará no WhatsApp “Os locais onde havia banheiros químicos não possuíam nada em volta. É pouco provável que eles sejam higienizados duas vezes por dia, dada a distância da base mais próxima”, disse a magistrada. Ela identificou ainda discriminação de gênero indireta, destacando que desigualdades estruturais afetam especialmente mulheres em ambientes predominantemente masculinos. A sentença foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho para apuração e busca de melhorias no ambiente laboral. Procurada pela reportagem, a Vale não retornou até a publicação desta reportagem. VÍDEOS com as principais notícias do Pará Acesse outras notícias do estado no g1 Pará.

Out 22, 2025 - 18:30
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Vale é condenada a pagar R$ 30 mil à funcionária obrigada a fazer necessidades fisiológicas em sacolas

Funcionária da Vale usou sacolas por falta de banheiro; empresa paga R$ 30 mil Divulgação A empresa Vale S.A. foi condenada a pagar R$ 30 mil por danos morais a uma funcionária que operava uma escavadeira elétrica nas Minas da Vale, em Parauapebas, no sudeste do estado, e precisou usar sacolas e baldes por falta de banheiro feminino no local de trabalho. Segundo os autos, a trabalhadora enfrentava condições precárias: os sanitários disponíveis ficavam a mais de 10 minutos de distância, e interromper o uso da escavadeira podia gerar advertência. A juíza substituta Pricila Apicelo Lima, que visitou a unidade, constatou que o ambiente de trabalho é hostil, monitorado e funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. ✅ Siga o canal do g1 Pará no WhatsApp “Os locais onde havia banheiros químicos não possuíam nada em volta. É pouco provável que eles sejam higienizados duas vezes por dia, dada a distância da base mais próxima”, disse a magistrada. Ela identificou ainda discriminação de gênero indireta, destacando que desigualdades estruturais afetam especialmente mulheres em ambientes predominantemente masculinos. A sentença foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho para apuração e busca de melhorias no ambiente laboral. Procurada pela reportagem, a Vale não retornou até a publicação desta reportagem. VÍDEOS com as principais notícias do Pará Acesse outras notícias do estado no g1 Pará.