Água a 50°C e laudo inconclusivo: as dúvidas e mistérios da morte de PM e empresária em motel de SC

Policial militar e esposa estavam desaparecidos desde domingo, segundo a família Reprodução/Redes Sociais A morte do policial militar Jeferson Luiz Sagaz e da companheira dele, a empresária Ana Carolina Silva, em agosto deste ano, foi cercada de mistérios e uma extensa investigação. O casal foi encontrado na banheira de um motel em São José, na Grande Florianópolis, sem sinais de violência. O caso ocorreu em 11 de agosto. A investigação policial que identificou consumo de álcool e drogas, levou quase dois meses para ser concluída, depois que o primeiro laudo necroscópico apontou como inconclusiva a causa das mortes. RETROSPECTIVA 2025: O g1 relembra, nesta última semana de 2025, os assuntos que mais repercutiram no ano em Santa Catarina e que chamaram a atenção em todo o Brasil. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Jeferson e Ana Carolina, ambos de 37 anos, tinham sido vistos pela última vez na noite de 10 de agosto, um domingo, e foram encontrados mortos cerca de 24 horas depois. A arma do policial não estava com ele no motel. Os dois estavam juntos há quase 20 anos e deixaram uma filha de 4 anos, segundo a família da empresária. Laudos O resultado do primeiro exame necroscópico, divulgado pela Polícia Civil em 15 de agosto, foi inconclusivo em relação à causa da morte deles. Os laudos, individualizados por cadáver, fizeram a descrição do procedimento de exame e das condições encontradas nos corpos, confirmando a inexistência de traumas por ação mecânica e a alta temperatura dos órgãos internos. Após novas análises, a investigação identificou que os dois consumiram álcool e drogas e desmaiaram na banheira do motel onde foram encontrados. Leia mais: Família de empresária diz que ela não era usuária de drogas Água da banheira de motel chegou a 50°C, diz polícia Casal desmaiou na banheira após uso de álcool e drogas, conclui inquérito Segundo a Polícia Civil, que divulgou o resultado da apuração no início de outubro, os dois foram vítimas de intoxicação exógena, reação no corpo causada por uma substância externa — e isso ocorreu por múltiplos fatores, como a condição do calor e da água quente. "A causa de ambas as mortes foi a mesma. Foi intoxicação exógena, favorecendo o processo de intermação (hipertermia induzida pelo calor), com desidratação intensa, colapso térmico, dentre outros, culminando com a falência orgânica e a morte. Ou seja, esse óbito ocorreu por condições multifatoriais", disse Andressa Boer Fronza, perita-geral da Polícia Científica.

Dez 30, 2025 - 04:30
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Água a 50°C e laudo inconclusivo: as dúvidas e mistérios da morte de PM e empresária em motel de SC

Policial militar e esposa estavam desaparecidos desde domingo, segundo a família Reprodução/Redes Sociais A morte do policial militar Jeferson Luiz Sagaz e da companheira dele, a empresária Ana Carolina Silva, em agosto deste ano, foi cercada de mistérios e uma extensa investigação. O casal foi encontrado na banheira de um motel em São José, na Grande Florianópolis, sem sinais de violência. O caso ocorreu em 11 de agosto. A investigação policial que identificou consumo de álcool e drogas, levou quase dois meses para ser concluída, depois que o primeiro laudo necroscópico apontou como inconclusiva a causa das mortes. RETROSPECTIVA 2025: O g1 relembra, nesta última semana de 2025, os assuntos que mais repercutiram no ano em Santa Catarina e que chamaram a atenção em todo o Brasil. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Jeferson e Ana Carolina, ambos de 37 anos, tinham sido vistos pela última vez na noite de 10 de agosto, um domingo, e foram encontrados mortos cerca de 24 horas depois. A arma do policial não estava com ele no motel. Os dois estavam juntos há quase 20 anos e deixaram uma filha de 4 anos, segundo a família da empresária. Laudos O resultado do primeiro exame necroscópico, divulgado pela Polícia Civil em 15 de agosto, foi inconclusivo em relação à causa da morte deles. Os laudos, individualizados por cadáver, fizeram a descrição do procedimento de exame e das condições encontradas nos corpos, confirmando a inexistência de traumas por ação mecânica e a alta temperatura dos órgãos internos. Após novas análises, a investigação identificou que os dois consumiram álcool e drogas e desmaiaram na banheira do motel onde foram encontrados. Leia mais: Família de empresária diz que ela não era usuária de drogas Água da banheira de motel chegou a 50°C, diz polícia Casal desmaiou na banheira após uso de álcool e drogas, conclui inquérito Segundo a Polícia Civil, que divulgou o resultado da apuração no início de outubro, os dois foram vítimas de intoxicação exógena, reação no corpo causada por uma substância externa — e isso ocorreu por múltiplos fatores, como a condição do calor e da água quente. "A causa de ambas as mortes foi a mesma. Foi intoxicação exógena, favorecendo o processo de intermação (hipertermia induzida pelo calor), com desidratação intensa, colapso térmico, dentre outros, culminando com a falência orgânica e a morte. Ou seja, esse óbito ocorreu por condições multifatoriais", disse Andressa Boer Fronza, perita-geral da Polícia Científica.