Ataque de Israel a alvos do Hezbollah deixa três mortos no Líbano

Um prédio residencial de três andares foi atingido e teve as sacadas destruídas. Os vidros dos andares inferiores permaneceram intactos, indicando um ataque direcionado. Israel ataca alvos do grupo Hezbollah no Líbano Reuters Ao menos três pessoas morreram e sete ficaram feridas em um ataque aéreo israelense nos subúrbios do sul de Beirute, no Líbano, na madrugada desta terça-feira (1º), informou o ministério da saúde do Líbano. A ação coloca à prova um frágil cessar-fogo de quatro meses entre Israel e do grupo extremista Hezbollah. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O exército israelense afirmou, em comunicado, que atacou um integrante do Hezbollah "que havia orientado operativos do Hamas, recentemente". O ataque ocorreu poucos dias após uma ofensiva anterior de Israel aos subúrbios do sul da capital libanesa, uma fortaleza do Hezbollah conhecida como Dahiyeh. Não houve declaração imediata do Hezbollah sobre a identidade do alvo. O ataque parece ter danificado os três andares superiores de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute, relatou um repórter da Reuters no local, com as sacadas desses andares destruídas. Os vidros dos andares inferiores permaneceram intactos, indicando um ataque direcionado. Ambulâncias estavam no local para resgatar vítimas. Não houve aviso de evacuação para a área e as famílias fugiram na sequência para outras partes de Beirute, segundo testemunhas. O acordo de cessar-fogo interrompeu o conflito de um ano e determinou que o sul do Líbano estivesse livre de combatentes e armas do Hezbollah, que tropas libanesas fossem implantadas na área e que tropas israelenses retirassem-se da zona. Mas cada lado acusa o outro de não cumprir totalmente esses termos. No entanto, a trégua mediada pelos EUA tem se mostrado cada vez mais frágil. Israel adiou uma prometida retirada de tropas em janeiro e disse que interceptou foguetes disparados do Líbano em março, o que levou a bombardear alvos nos subúrbios do sul de Beirute e no sul do Líbano. O Hezbollah, alinhado ao Irã, negou qualquer envolvimento nos disparos de foguetes. O Departamento de Estado dos EUA disse nesta terça-feira que Israel estava se defendendo de ataques de foguetes vindos do Líbano e que Washington culpava 'terroristas' pela retomada das hostilidades. 'As hostilidades foram retomadas porque terroristas lançaram foguetes contra Israel a partir do Líbano', disse um porta-voz do Departamento de Estado por e-mail, acrescentando que Washington apoiava a resposta de Israel. O conflito israelo-libanês, no qual milhares de pessoas foram mortas, foi desencadeado pela guerra em Gaza em 2023, quando o Hezbollah começou a disparar foguetes contra posições militares israelenses em apoio ao seu aliado Hamas. A guerra em Gaza, na qual autoridades de saúde palestinas afirmam que mais de 50.000 pessoas foram mortas, foi provocada quando militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e tomando cerca de 250 reféns, segundo números israelenses.

Abr 1, 2025 - 02:00
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Ataque de Israel a alvos do Hezbollah  deixa três mortos no Líbano

Um prédio residencial de três andares foi atingido e teve as sacadas destruídas. Os vidros dos andares inferiores permaneceram intactos, indicando um ataque direcionado. Israel ataca alvos do grupo Hezbollah no Líbano Reuters Ao menos três pessoas morreram e sete ficaram feridas em um ataque aéreo israelense nos subúrbios do sul de Beirute, no Líbano, na madrugada desta terça-feira (1º), informou o ministério da saúde do Líbano. A ação coloca à prova um frágil cessar-fogo de quatro meses entre Israel e do grupo extremista Hezbollah. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O exército israelense afirmou, em comunicado, que atacou um integrante do Hezbollah "que havia orientado operativos do Hamas, recentemente". O ataque ocorreu poucos dias após uma ofensiva anterior de Israel aos subúrbios do sul da capital libanesa, uma fortaleza do Hezbollah conhecida como Dahiyeh. Não houve declaração imediata do Hezbollah sobre a identidade do alvo. O ataque parece ter danificado os três andares superiores de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute, relatou um repórter da Reuters no local, com as sacadas desses andares destruídas. Os vidros dos andares inferiores permaneceram intactos, indicando um ataque direcionado. Ambulâncias estavam no local para resgatar vítimas. Não houve aviso de evacuação para a área e as famílias fugiram na sequência para outras partes de Beirute, segundo testemunhas. O acordo de cessar-fogo interrompeu o conflito de um ano e determinou que o sul do Líbano estivesse livre de combatentes e armas do Hezbollah, que tropas libanesas fossem implantadas na área e que tropas israelenses retirassem-se da zona. Mas cada lado acusa o outro de não cumprir totalmente esses termos. No entanto, a trégua mediada pelos EUA tem se mostrado cada vez mais frágil. Israel adiou uma prometida retirada de tropas em janeiro e disse que interceptou foguetes disparados do Líbano em março, o que levou a bombardear alvos nos subúrbios do sul de Beirute e no sul do Líbano. O Hezbollah, alinhado ao Irã, negou qualquer envolvimento nos disparos de foguetes. O Departamento de Estado dos EUA disse nesta terça-feira que Israel estava se defendendo de ataques de foguetes vindos do Líbano e que Washington culpava 'terroristas' pela retomada das hostilidades. 'As hostilidades foram retomadas porque terroristas lançaram foguetes contra Israel a partir do Líbano', disse um porta-voz do Departamento de Estado por e-mail, acrescentando que Washington apoiava a resposta de Israel. O conflito israelo-libanês, no qual milhares de pessoas foram mortas, foi desencadeado pela guerra em Gaza em 2023, quando o Hezbollah começou a disparar foguetes contra posições militares israelenses em apoio ao seu aliado Hamas. A guerra em Gaza, na qual autoridades de saúde palestinas afirmam que mais de 50.000 pessoas foram mortas, foi provocada quando militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e tomando cerca de 250 reféns, segundo números israelenses.