Canadá sinaliza que vai reconhecer Estado Palestino; e Trump insinua que decisão afeta negociações do tarifaço
Donald Trump e Mark Carney durante encontro da cúpula do G7, no Canadá, em 16 de junho de 2025. Reuters O Canadá afirmou nesta quarta-feira (30) que pretende reconhecer o Estado Palestino em uma reunião das Nações Unidas (ONU) em setembro. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Mark Carney . ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “Estamos trabalhando, junto com outros, para preservar a possibilidade de uma solução de dois Estados, para não permitir que os fatos no terreno — mortes, assentamentos, expropriações — tornem essa solução inviável”, disse Carney. Carney disse a jornalistas que a medida planejada depende do compromisso da Autoridade Palestina com reformas, incluindo a realização de eleições gerais em 2026 sem participação do grupo terrorista Hamas. “Israel rejeita a declaração do primeiro-ministro do Canadá”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em nota. “A mudança de posição do governo canadense, neste momento, é uma recompensa ao Hamas e prejudica os esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e um acordo para libertação dos reféns.” Nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o Canadá e insinuou que decisão pode afetar negociações sobre o tarifaço. "Uau! O Canadá acaba de anunciar que apoia o reconhecimento do Estado da Palestina. Isso vai tornar muito difícil para nós fecharmos um acordo comercial com eles. Oh, Canadá!!!", diz a postagem. Um funcionário da Casa Branca, sob condição de anonimato disse a Reuters: “Como o presidente disse, reconhecer um Estado Palestino seria recompensar o Hamas, e ele acredita que o grupo não deve ser recompensado. O foco do presidente Trump está em alimentar a população (em Gaza).” O funcionário não respondeu se os EUA haviam sido informados com antecedência sobre o anúncio de Carney Na última semana, a França e o Reino Unido também declararam que farão o mesmo na data da reunião, caso o conflito não tenha cessado até lá. A guerra em Gaza começou após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que matou mais de 1.200 israelenses e outros 250 foram feitos reféns. Desde então, o conflito matou mais de 60 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres, segundo levantamento do Ministério da Saúde de Gaza —controlado pelo Hamas— corroborado pela ONU. Atualmente, 146 países reconhecem o Estado Palestino, entre eles o Brasil. Antes de França e Reino Unido, o movimento mais recente de reconhecimento havia sido feito por Espanha, Noruega e Irlanda, em 2024. Vídeo mostra crianças vítimas da fome em Gaza; Israel e ONU trocam acusações LEIA TAMBÉM 'Pais estão famintos demais para cuidar das crianças': a corrida para liberar ajuda humanitária em Gaza Hamas não quer cessar-fogo em Gaza, diz enviado dos EUA Governo Trump diz que Moraes é o 'coração pulsante' de 'perseguição' contra Bolsonaro: 'Estamos atentos e tomando providências' Homens caminham carregando sacos de farinha que foram retirados de um caminhão que transportava alimentos, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 22 de julho de 2025 AFP Fome extrema em Gaza Reuters e AFP Vídeos em alta no g1


Donald Trump e Mark Carney durante encontro da cúpula do G7, no Canadá, em 16 de junho de 2025. Reuters O Canadá afirmou nesta quarta-feira (30) que pretende reconhecer o Estado Palestino em uma reunião das Nações Unidas (ONU) em setembro. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Mark Carney . ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “Estamos trabalhando, junto com outros, para preservar a possibilidade de uma solução de dois Estados, para não permitir que os fatos no terreno — mortes, assentamentos, expropriações — tornem essa solução inviável”, disse Carney. Carney disse a jornalistas que a medida planejada depende do compromisso da Autoridade Palestina com reformas, incluindo a realização de eleições gerais em 2026 sem participação do grupo terrorista Hamas. “Israel rejeita a declaração do primeiro-ministro do Canadá”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em nota. “A mudança de posição do governo canadense, neste momento, é uma recompensa ao Hamas e prejudica os esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e um acordo para libertação dos reféns.” Nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o Canadá e insinuou que decisão pode afetar negociações sobre o tarifaço. "Uau! O Canadá acaba de anunciar que apoia o reconhecimento do Estado da Palestina. Isso vai tornar muito difícil para nós fecharmos um acordo comercial com eles. Oh, Canadá!!!", diz a postagem. Um funcionário da Casa Branca, sob condição de anonimato disse a Reuters: “Como o presidente disse, reconhecer um Estado Palestino seria recompensar o Hamas, e ele acredita que o grupo não deve ser recompensado. O foco do presidente Trump está em alimentar a população (em Gaza).” O funcionário não respondeu se os EUA haviam sido informados com antecedência sobre o anúncio de Carney Na última semana, a França e o Reino Unido também declararam que farão o mesmo na data da reunião, caso o conflito não tenha cessado até lá. A guerra em Gaza começou após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que matou mais de 1.200 israelenses e outros 250 foram feitos reféns. Desde então, o conflito matou mais de 60 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres, segundo levantamento do Ministério da Saúde de Gaza —controlado pelo Hamas— corroborado pela ONU. Atualmente, 146 países reconhecem o Estado Palestino, entre eles o Brasil. Antes de França e Reino Unido, o movimento mais recente de reconhecimento havia sido feito por Espanha, Noruega e Irlanda, em 2024. Vídeo mostra crianças vítimas da fome em Gaza; Israel e ONU trocam acusações LEIA TAMBÉM 'Pais estão famintos demais para cuidar das crianças': a corrida para liberar ajuda humanitária em Gaza Hamas não quer cessar-fogo em Gaza, diz enviado dos EUA Governo Trump diz que Moraes é o 'coração pulsante' de 'perseguição' contra Bolsonaro: 'Estamos atentos e tomando providências' Homens caminham carregando sacos de farinha que foram retirados de um caminhão que transportava alimentos, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 22 de julho de 2025 AFP Fome extrema em Gaza Reuters e AFP Vídeos em alta no g1