Ignorando Motta, comissões presididas pelo PL na Câmara convocam reuniões nesta semana para apoiar Jair Bolsonaro
Bolsonaro interrompe entrevista e diz que precisa voltar para casa para cumprir medida Duas comissões da Câmara dos Deputados presididas por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), convocaram reuniões deliberativas para a terça-feira (22) com moções de apoio político a Bolsonaro na pauta. As convocações contrariam um comunicado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que manteve o recesso de julho mesmo após a oposição pedir para que as férias dos parlamentares fossem canceladas para reagir às medidas. Como mostrou o blog do jornalista Gerson Camarotti, Hugo Motta sinalizou aos deputados do PL a impossibilidade de fazer a reunião em função de obras que ocorrerão durante o recesso. Em uma decisão dentro do inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro contra instituições brasileiras nos Estados Unidos, Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de uso de redes sociais; toque de recolher noturno e nos fins de semana; além de restrições de contato com seus filhos, diplomatas e outros investigados. Detalhe do pé de Jair Bolsonaro com tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (18) Eraldo Peres/AP O que os deputados querem votar? Na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputados bolsonaristas querem aprovar uma moção de solidariedade a Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente é alvo de perseguição política. O texto é o único item da pauta da reunião convocada pelo presidente do colegiado, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), e menciona supostos impactos dessa situação na ordem e na segurança públicas do país. A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, presidida pelo deputado Filipe Barros (PL-PR), estão previstas duas propostas de moção: uma de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), em apoio a Bolsonaro e repudio às medidas cautelares do STF contra Bolsonaro, classificadas como "coercitivas e arbitrárias". a segunda proposta, apresentada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), solicita a aprovação de uma moção de louvor ao ex-presidente. O recesso da Câmara dos Deputados O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), informou nesta sexta-feira (18) que o recesso parlamentar de julho está mantido. Segundo Motta, "não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões" neste período. "As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas e funcionamento regular das comissões, conforme calendário", disse Motta em nota. O líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), encaminhou nesta sexta um ofício a Hugo Motta solicitando a suspensão do recesso. Sóstenes defende a retomada imediata dos trabalhos para tratar de projetos que tratam sobre: Limitação de decisões monocráticas no STF; Fim do foro privilegiado; Lei de anistia; Instalação da CPI do Abuso de Autoridade.


Bolsonaro interrompe entrevista e diz que precisa voltar para casa para cumprir medida Duas comissões da Câmara dos Deputados presididas por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), convocaram reuniões deliberativas para a terça-feira (22) com moções de apoio político a Bolsonaro na pauta. As convocações contrariam um comunicado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que manteve o recesso de julho mesmo após a oposição pedir para que as férias dos parlamentares fossem canceladas para reagir às medidas. Como mostrou o blog do jornalista Gerson Camarotti, Hugo Motta sinalizou aos deputados do PL a impossibilidade de fazer a reunião em função de obras que ocorrerão durante o recesso. Em uma decisão dentro do inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro contra instituições brasileiras nos Estados Unidos, Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de uso de redes sociais; toque de recolher noturno e nos fins de semana; além de restrições de contato com seus filhos, diplomatas e outros investigados. Detalhe do pé de Jair Bolsonaro com tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (18) Eraldo Peres/AP O que os deputados querem votar? Na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputados bolsonaristas querem aprovar uma moção de solidariedade a Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente é alvo de perseguição política. O texto é o único item da pauta da reunião convocada pelo presidente do colegiado, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), e menciona supostos impactos dessa situação na ordem e na segurança públicas do país. A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, presidida pelo deputado Filipe Barros (PL-PR), estão previstas duas propostas de moção: uma de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), em apoio a Bolsonaro e repudio às medidas cautelares do STF contra Bolsonaro, classificadas como "coercitivas e arbitrárias". a segunda proposta, apresentada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), solicita a aprovação de uma moção de louvor ao ex-presidente. O recesso da Câmara dos Deputados O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), informou nesta sexta-feira (18) que o recesso parlamentar de julho está mantido. Segundo Motta, "não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões" neste período. "As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas e funcionamento regular das comissões, conforme calendário", disse Motta em nota. O líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), encaminhou nesta sexta um ofício a Hugo Motta solicitando a suspensão do recesso. Sóstenes defende a retomada imediata dos trabalhos para tratar de projetos que tratam sobre: Limitação de decisões monocráticas no STF; Fim do foro privilegiado; Lei de anistia; Instalação da CPI do Abuso de Autoridade.