Nacionalidade italiana mais difícil: país limita naturalização por direito de sangue a duas gerações
Agora será preciso ter pai ou avô nascido na Itália para solicitar a nacionalidade. Antes era suficiente um bisavô ou um trisavô. Passaporte italiano Francesca Tirico na Unsplash O governo italiano restringiu na sexta-feira (28) as condições de naturalização por direito de sangue, limitando agora essa possibilidade a duas gerações: agora será preciso ter pai ou avô nascido na Itália para solicitar a nacionalidade. Antes era suficiente um bisavô ou um trisavô. As condições deverão ser ainda mais rigorosas, pois depois "será imposto aos cidadãos nascidos e residentes no exterior" e naturalizados italianos "manter vínculos reais com o país, exercendo os direitos e deveres de cidadania pelo menos uma vez a cada 25 anos", segundo a reforma do "Ius sanguinis" aprovada no conselho de ministros. Esses direitos e deveres não foram especificados. "O princípio do direito de sangue não será abolido e muitos descendentes de emigrantes poderão obter a nacionalidade italiana", assegurou o chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, após o conselho de ministros. "Mas serão estabelecidos limites precisos, especialmente para evitar abusos ou a 'comercialização' dos passaportes italianos. A nacionalidade deve ser uma coisa séria", acrescentou. O ministério cita como exemplo a Argentina, que tem a maior comunidade de imigrantes italianos fora da Itália, onde 20 mil descendentes obtiveram a nacionalidade em 2023 em virtude do direito de sangue, e 30 mil em 2024. No Brasil, 14 mil pessoas obtiveram a cidadania italiana em 2022 e 20 mil em 2024, segundo a pasta. De acordo com um cálculo do Ministério italiano de Relações Exteriores, com a lei que estava em vigor até agora, entre 60 e 80 milhões de pessoas no mundo poderiam reivindicar a nacionalidade italiana. Leia também: Feriado da Páscoa e de Tiradentes: veja destinos brasileiros para economizar e fugir da muvuca R$ 20 mil em passagens e volta adiada: os perrengues de brasileiros após incêndio em aeroporto de Londres Veja também: Veja o ranking dos passaportes mais poderosos do mundo Viajantes indicam os 10 lugares mais românticos do mundo


Agora será preciso ter pai ou avô nascido na Itália para solicitar a nacionalidade. Antes era suficiente um bisavô ou um trisavô. Passaporte italiano Francesca Tirico na Unsplash O governo italiano restringiu na sexta-feira (28) as condições de naturalização por direito de sangue, limitando agora essa possibilidade a duas gerações: agora será preciso ter pai ou avô nascido na Itália para solicitar a nacionalidade. Antes era suficiente um bisavô ou um trisavô. As condições deverão ser ainda mais rigorosas, pois depois "será imposto aos cidadãos nascidos e residentes no exterior" e naturalizados italianos "manter vínculos reais com o país, exercendo os direitos e deveres de cidadania pelo menos uma vez a cada 25 anos", segundo a reforma do "Ius sanguinis" aprovada no conselho de ministros. Esses direitos e deveres não foram especificados. "O princípio do direito de sangue não será abolido e muitos descendentes de emigrantes poderão obter a nacionalidade italiana", assegurou o chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, após o conselho de ministros. "Mas serão estabelecidos limites precisos, especialmente para evitar abusos ou a 'comercialização' dos passaportes italianos. A nacionalidade deve ser uma coisa séria", acrescentou. O ministério cita como exemplo a Argentina, que tem a maior comunidade de imigrantes italianos fora da Itália, onde 20 mil descendentes obtiveram a nacionalidade em 2023 em virtude do direito de sangue, e 30 mil em 2024. No Brasil, 14 mil pessoas obtiveram a cidadania italiana em 2022 e 20 mil em 2024, segundo a pasta. De acordo com um cálculo do Ministério italiano de Relações Exteriores, com a lei que estava em vigor até agora, entre 60 e 80 milhões de pessoas no mundo poderiam reivindicar a nacionalidade italiana. Leia também: Feriado da Páscoa e de Tiradentes: veja destinos brasileiros para economizar e fugir da muvuca R$ 20 mil em passagens e volta adiada: os perrengues de brasileiros após incêndio em aeroporto de Londres Veja também: Veja o ranking dos passaportes mais poderosos do mundo Viajantes indicam os 10 lugares mais românticos do mundo