Orla no AP deve receber placas contra banho em áreas perigosas após afogamentos, diz CBM

Corpo de Bombeiros reforça orientações de prevenção a afogamentos no rio Amazonas Após diversos casos de afogamento no Rio Amazonas, na Orla de Macapá, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) do Amapá desenvolve um projeto para instalar placas de sinalização ao longo da orla da cidade. O objetivo é alertar a população em geral sobre os riscos de banho no rio que não é considerado seguro. Segundo o major Izídio Júnior, a iniciativa busca reduzir o número de afogamentos, que tem crescido por causa da falsa sensação de segurança. Ele explica que o rio é imprevisível, ao contrário de piscinas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Por conta da inconstância do rio e mudanças repentinas na elevação da maré e ventos, mesmo pessoas experientes na natação podem acabar se afogando. “Área de piscina é um ambiente controlado, com profundidade constante. Isso não acontece nos nossos rios. A maré começa a encher e o jovem pode sair de uma área rasa e ir para um canal. Essa variação é extremamente arriscada. Por isso, pedimos aos pais que nos ajudem nessa campanha. O local não é propício para banho e não deve ser usado como se fosse seguro”, completou. Major Izídio Júnior, do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá Rede Amazônica Aumento nos casos de afogamento O número de afogamentos registrados no Amapá entre janeiro e setembro de 2025 já ultrapassa o total de casos de todo o ano passado. Segundo os Bombeiros, foram 30 ocorrências nos últimos nove meses, enquanto em 2024 foram 29. Julho foi o mês com mais registros: seis afogamentos. Nesse período, a capital e os distritos recebem programações de férias e o início do verão na região Norte. LEIA MAIS Casos de afogamento em 9 meses já superam todo o ano de 2024 no Amapá, diz Corpo de Bombeiros Adolescente de 16 anos morre após se afogar na Orla do Aturiá, em Macapá; VÍDEO Adolescente morre após se afogar na Praia da Fazendinha, em Macapá Jovem salva mulher de afogamento e morre na orla de Macapá O alerta é reforçado por conta dos casos recentes registrados na orla. Em um deles, o professor Osmando Jesus Brasileiro salvou dois adolescentes que se afogavam após entrarem no rio com confiança, mesmo sem equipamentos de segurança. “Eles chegaram, deixaram as sandálias e foram nadar, de roupa e tudo. Eu fiquei observando, mas quando chegaram mais ou menos no meio, um deles começou a gritar ‘me ajuda, eu tô me afogando’”, contou Osmando. “Tirei minha camisa, deixei meus pertences e fui buscar eles. Um já estava segurando o outro. Orientei para não me agarrar, só para segurar que eu ia rebocar. Fui falando o tempo todo pra ele bater as pernas e me ajudar, pra não colocar minha vida em risco também”, relatou. O professor participa de um grupo de natação em águas abertas e reforça a importância do uso de equipamentos de segurança. Professor Osmando Jesus Brasileiro salvou dois adolescentes que se afogavam na Orla de Macapá Rede Amazônica “A gente usa flutuador de E.V.A, nadadeira, touca, óculos. E sempre tem alguém observando. Não se recomenda entrar sozinho ou sem conhecimento. Se alguém pedir ajuda, o certo é jogar algo que flutue. Se você não souber nadar, não entre”, alertou. O Corpo de Bombeiros reforça que o Rio Amazonas, apesar de parecer tranquilo, tem correntezas fortes e variações de profundidade que tornam o banho perigoso. A instalação das placas será uma das medidas para tentar reduzir os acidentes e conscientizar a população. Casos de afogamento no Amapá apresentam aumento significativo em 2025 Rede Amazônica Casos de afogamento no Amapá apresentam aumento significativo em 2025 Rede Amazônica Casos de afogamento no Amapá apresentam aumento significativo em 2025 Rede Amazônica Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:

Out 28, 2025 - 09:30
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Orla no AP deve receber placas contra banho em áreas perigosas após afogamentos, diz CBM

Corpo de Bombeiros reforça orientações de prevenção a afogamentos no rio Amazonas Após diversos casos de afogamento no Rio Amazonas, na Orla de Macapá, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) do Amapá desenvolve um projeto para instalar placas de sinalização ao longo da orla da cidade. O objetivo é alertar a população em geral sobre os riscos de banho no rio que não é considerado seguro. Segundo o major Izídio Júnior, a iniciativa busca reduzir o número de afogamentos, que tem crescido por causa da falsa sensação de segurança. Ele explica que o rio é imprevisível, ao contrário de piscinas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Por conta da inconstância do rio e mudanças repentinas na elevação da maré e ventos, mesmo pessoas experientes na natação podem acabar se afogando. “Área de piscina é um ambiente controlado, com profundidade constante. Isso não acontece nos nossos rios. A maré começa a encher e o jovem pode sair de uma área rasa e ir para um canal. Essa variação é extremamente arriscada. Por isso, pedimos aos pais que nos ajudem nessa campanha. O local não é propício para banho e não deve ser usado como se fosse seguro”, completou. Major Izídio Júnior, do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá Rede Amazônica Aumento nos casos de afogamento O número de afogamentos registrados no Amapá entre janeiro e setembro de 2025 já ultrapassa o total de casos de todo o ano passado. Segundo os Bombeiros, foram 30 ocorrências nos últimos nove meses, enquanto em 2024 foram 29. Julho foi o mês com mais registros: seis afogamentos. Nesse período, a capital e os distritos recebem programações de férias e o início do verão na região Norte. LEIA MAIS Casos de afogamento em 9 meses já superam todo o ano de 2024 no Amapá, diz Corpo de Bombeiros Adolescente de 16 anos morre após se afogar na Orla do Aturiá, em Macapá; VÍDEO Adolescente morre após se afogar na Praia da Fazendinha, em Macapá Jovem salva mulher de afogamento e morre na orla de Macapá O alerta é reforçado por conta dos casos recentes registrados na orla. Em um deles, o professor Osmando Jesus Brasileiro salvou dois adolescentes que se afogavam após entrarem no rio com confiança, mesmo sem equipamentos de segurança. “Eles chegaram, deixaram as sandálias e foram nadar, de roupa e tudo. Eu fiquei observando, mas quando chegaram mais ou menos no meio, um deles começou a gritar ‘me ajuda, eu tô me afogando’”, contou Osmando. “Tirei minha camisa, deixei meus pertences e fui buscar eles. Um já estava segurando o outro. Orientei para não me agarrar, só para segurar que eu ia rebocar. Fui falando o tempo todo pra ele bater as pernas e me ajudar, pra não colocar minha vida em risco também”, relatou. O professor participa de um grupo de natação em águas abertas e reforça a importância do uso de equipamentos de segurança. Professor Osmando Jesus Brasileiro salvou dois adolescentes que se afogavam na Orla de Macapá Rede Amazônica “A gente usa flutuador de E.V.A, nadadeira, touca, óculos. E sempre tem alguém observando. Não se recomenda entrar sozinho ou sem conhecimento. Se alguém pedir ajuda, o certo é jogar algo que flutue. Se você não souber nadar, não entre”, alertou. O Corpo de Bombeiros reforça que o Rio Amazonas, apesar de parecer tranquilo, tem correntezas fortes e variações de profundidade que tornam o banho perigoso. A instalação das placas será uma das medidas para tentar reduzir os acidentes e conscientizar a população. Casos de afogamento no Amapá apresentam aumento significativo em 2025 Rede Amazônica Casos de afogamento no Amapá apresentam aumento significativo em 2025 Rede Amazônica Casos de afogamento no Amapá apresentam aumento significativo em 2025 Rede Amazônica Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá: