Os bastidores do entorno de Bolsonaro antes do julgamento no STF

O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) tem início nesta terça-feira (2). Em prisão domiciliar, o ex-presidente saberá de casa o desenrolar de seu destino. O blog apurou e listou quatro pontos que mostram como estão os bastidores do entorno de Bolsonaro neste momento, com definição prevista para o dia 12 de setembro. Primeiro ponto: a estratégia de defesa: o foco será na redução de danos, em diminuir as eventuais penas que Bolsonaro receba de punição. As penas máximas podem chegar a 43 anos de prisão. Bolsonaro e aliados não têm nenhuma expectativa de reverter a situação, mas o trabalho é de tentar que a pena de um crime maior absorva a pena de um crime menor. Como abolição de estado democrático absorver tentativa de golpe de estado. Segundo ponto: "eu estava na terra da Disney" é uma frase que Bolsonaro repete sempre, de que estava nos Estados Unidos quando o 8 de Janeiro aconteceu. Este é outro ponto central da estratégia de defesa. Terceiro ponto: o ex-presidente repete o tempo todo que é "um animal político". Por que isso é importante? Porque é a lógica de ter um olho no Supremo e o outro no Congresso Nacional. Vão dobrar a aposta para cima do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) A anistia segue sendo articulada pela família Bolsonaro e o investimento no perdão será feito após o julgamento no Supremo. Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante já defende tal ação e usa fala do ministro Luís Roberto Barroso como defesa dessa estratégia. O blog apurou, inclusive, que a ideia de texto que trata de anistia prevê a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro. Ele precisa ser aprovado, claro, mas este é o grau de empenho de bolsonaristas em torno da anistia. Quarto e último ponto: a grande preocupação de Bolsonaro com o julgamento é "puxar cana", em jargão popular para o caso de ele ir para a cadeia. Bolsonaro está em prisão domiciliar, mas pode ter que cumprir pena em regime fechado, em prisão. A defesa se prepara para fazer um pedido de prisão domiciliar alegando questões de saúde para que o ex-presidente consiga passar por tratamento médico adequado. Bolsonaro em prisão domiciliar em 14 de agosto de 2025 REUTERS/Adriano Machado/File Photo

Set 2, 2025 - 09:00
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Os bastidores do entorno de Bolsonaro antes do julgamento no STF

O julgamento de Jair Bolsonaro (PL) tem início nesta terça-feira (2). Em prisão domiciliar, o ex-presidente saberá de casa o desenrolar de seu destino. O blog apurou e listou quatro pontos que mostram como estão os bastidores do entorno de Bolsonaro neste momento, com definição prevista para o dia 12 de setembro. Primeiro ponto: a estratégia de defesa: o foco será na redução de danos, em diminuir as eventuais penas que Bolsonaro receba de punição. As penas máximas podem chegar a 43 anos de prisão. Bolsonaro e aliados não têm nenhuma expectativa de reverter a situação, mas o trabalho é de tentar que a pena de um crime maior absorva a pena de um crime menor. Como abolição de estado democrático absorver tentativa de golpe de estado. Segundo ponto: "eu estava na terra da Disney" é uma frase que Bolsonaro repete sempre, de que estava nos Estados Unidos quando o 8 de Janeiro aconteceu. Este é outro ponto central da estratégia de defesa. Terceiro ponto: o ex-presidente repete o tempo todo que é "um animal político". Por que isso é importante? Porque é a lógica de ter um olho no Supremo e o outro no Congresso Nacional. Vão dobrar a aposta para cima do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) A anistia segue sendo articulada pela família Bolsonaro e o investimento no perdão será feito após o julgamento no Supremo. Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante já defende tal ação e usa fala do ministro Luís Roberto Barroso como defesa dessa estratégia. O blog apurou, inclusive, que a ideia de texto que trata de anistia prevê a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro. Ele precisa ser aprovado, claro, mas este é o grau de empenho de bolsonaristas em torno da anistia. Quarto e último ponto: a grande preocupação de Bolsonaro com o julgamento é "puxar cana", em jargão popular para o caso de ele ir para a cadeia. Bolsonaro está em prisão domiciliar, mas pode ter que cumprir pena em regime fechado, em prisão. A defesa se prepara para fazer um pedido de prisão domiciliar alegando questões de saúde para que o ex-presidente consiga passar por tratamento médico adequado. Bolsonaro em prisão domiciliar em 14 de agosto de 2025 REUTERS/Adriano Machado/File Photo