Qual a chance do Paraná Clube participar da possível estreia da Série E?

Sem calendário até abril do ano que vem, o Paraná Clube foi citado em entrevista como um dos exemplos para defender a criação da Série E do Campeonato Brasileiro. O Tricolor é um dos times tradicionais que não vão disputar nenhuma divisão por conta dos resultados em campo. No entanto, em entrevista ao UmDois Esportes, […]

Ago 5, 2025 - 18:30
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Qual a chance do Paraná Clube participar da possível estreia da Série E?

Sem calendário até abril do ano que vem, o Paraná Clube foi citado em entrevista como um dos exemplos para defender a criação da Série E do Campeonato Brasileiro. O Tricolor é um dos times tradicionais que não vão disputar nenhuma divisão por conta dos resultados em campo.

No entanto, em entrevista ao UmDois Esportes, Rogério Siqueira, presidente do ASA-AL e representante da Série D na Comissão Nacional de Clubes (CNC), esfriou a possibilidade do Paraná Clube ser convidado para uma possível estreia da Série E a partir de 2027.

Segundo Siqueira, o objetivo é aumentar a quantidade de participantes no Campeonato Brasileiro, mas sem favorecer nenhum clube. “O nosso intuito não é defender causa A, B ou C. A gente fala das divisões de entrada, mas não tem bandeira de clube. Em nenhum momento, eu chego na CBF para falar do ASA ou outro clube. A gente fala sobre a causa e os clubes que almejam ter mais sustentabilidade”, explicou.

Quem vai definir os moldes é a diretoria de competição da CBF. Eu só passo o que a gente tem reivindicado. Mas em nenhum momento o nosso pleito foi para beneficiar A, B ou C. O nosso lema é sustentabilidade, independente do clube que vai ser favorecido. A gente não busca um tapetão para trazer um clube que não tenha competição. Em momento nenhum faríamos coisas desta natureza.

Aumento da Série D ou criação da Série E: as possibilidades de mudança no Campeonato Brasileiro

Rogério Siqueira com Samir Xaud, presidente da CBF. (Foto: Reprodução/Instagram)

A CBF discute no momento duas possibilidades para mexer no calendário do futebol brasileiro: a ampliação da Série D ou a criação da Série E.

A primeira opção seria o aumento da Série D de 64 para 96 clubes, divididos em 16 grupos com seis clubes cada em jogos de ida e volta. Os líderes de cada chave se classificariam para o mata-mata, enquanto os segundos e terceiros melhores disputariam uma repescagem. Seriam mais três fases até a definição dos quatro times que sobem para a Série C e cinco para conhecer o campeão.

Além disso, os 32 melhores da quarta divisão estariam classificados automaticamente para a competição do ano seguinte. No momento, apenas as equipes que sobem de divisão têm calendário garantido. Os outros precisam se classificar novamente através do Estadual.

Já a segunda possibilidade é a criação da Série E, com 64 clubes e formato igual ao da atual Série D. Já a quarta divisão contaria com 20 equipes e configuração semelhante a da Série C.

Segundo Rogério Siqueira, a definição será da diretoria de competições da CBF.

As duas nos atendem. O que a gente precisa é de sustentabilidade para a competição. Quando eu estou falando de sustentabilidade, não falo de dinheiro, mas de calendário. Nós entramos em uma competição com 64 clubes e a possibilidade de conseguir calendário para o ano seguinte é de 6,25%.

Paraná Clube está sem calendário

Em 2026, o Paraná Clube só tem garantida a participação na segunda divisão do Campeonato Paranaense. A Federação Paranaense de Futebol (FPF) ainda não definiu o calendário da próxima temporada, mas a segundona teve início em abril nos últimos anos. A data pode ser antecipada por conta da redução de jogos na elite do Estadual.

Ou seja, o Tricolor vai ficar mais de um ano sem disputar uma partida oficial. Esse é o período mais longo sem jogos da equipe paranista nos quase 36 anos de história.

A única possibilidade do Paraná Clube disputar uma competição nacional no ano que vem seria em caso de título da Taça FPF. Com a desistência, o Tricolor só terá no calendário a segunda divisão do Paranaense (e o torneio da Federação no segundo semestre se aceitar participar).

O time paranista só pode sonhar em sair do estado em caso de título da Taça FPF em 2026, que daria uma vaga na Copa do Brasil de 2027. Para jogar a Série D (ou a Série E), o Paraná precisa subir para a elite e brigar por uma vaga para 2028.

Assista à entrevista com Rogério Siqueira, presidente do ASA e representante da Série D no Conselho Nacional dos Clubes

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