Sabesp diz que obras para fechar cratera na Marginal Tietê devem terminar apenas em março de 2026

Obras na tubulação que se rompeu na marginal Tietê devem ir até março A Sabesp deu novo prazo nesta segunda-feira (1°) para o término da obra da cratera que se abriu em abril na Marginal do Rio Tietê. Segundo a companhia, o reparo total do trecho só acontecerá em março de 2026. Em entrevista ao SP1, da TV Globo, o diretor de engenharia da empresa, Roberval Tavares, afirmou que o prazo mais longo será necessário porque a empresa ainda não conseguiu estabilizar a cratera e retirar totalmente o esgoto que estava vazando no interceptor de esgoto, na pista da Marginal. “Até o momento nós não tínhamos tido acesso ao interceptor. Agora tivemos acesso, o interceptor tá totalmente preservado, o duto, que é o mais importante está preservado. Fizemos a sondagem horizontal e detectamos exatamente o que vai ser feito aqui. Então, estamos estimando o mês de março para entregar isso com total liberação da via, a pista nova que fizemos, retorno da pista antiga, a retirada de todas as tubulações que fizemos ao longo da marginal transferindo esgoto. Isso está tudo dentro do prazo para entregar a obra completa para a sociedade”, disse o executivo. Histórico do problema Obras na cratera aberta na Marginal do Tietê, em abril deste ano, só terminarão em março de 2026. Montagem/g1/Reprodução/TV Globo Há quase cinco meses, motoristas que passam pela Marginal Tietê dividem espaço com cones, máquinas e uma cratera no meio do caminho. O buraco se abriu no dia 10 de abril, foi fechado dias depois, mas voltou a ceder em 11 de maio. Foi então que a Sabesp identificou que o problema era mais grave do que se imaginava e exigiria uma obra complexa, a 15 metros de profundidade. Lá embaixo passa um supertúnel de esgoto que recebe os dejetos de vários bairros da capital e os leva até a estação de tratamento de Barueri, na região metropolitana. São dois túneis no local, um de cada lado da Marginal Tietê. O da margem direita precisou ser totalmente esvaziado para permitir as obras de reparo onde a cratera se abriu, perto da ponte Atílio Fontana. Para isso, a Sabesp criou pontos de transferência de esgoto para outras tubulações, desde o Parque Novo Mundo, passando pelas pontes da Casa Verde, da Freguesia do Ó, do Piqueri, até o ponto da cratera. Problemas com cratera na Marginal Tietê completam três meses e obras ainda não foram concluídas A operação é feita por tubos que ligam uma margem à outra, passando pelas pontes sobre o rio, e também por um duto subterrâneo na região do Piqueri. A transferência envolve o esgoto de mais de 435 mil imóveis da Zona Norte. “Com isso nós conseguimos retirar mais de 99% do esgoto da tubulação. Hoje o que passa é um pequeno resquício que vai ser suprimido na hora em que fizermos o bloqueio total. Nós estamos usando um gel químico para poder fazer o bloqueio total do interceptor, para que não venha nenhum litro de esgoto e aí fazer o serviço de maneira completa”, explicou o diretor de engenharia da Sabesp. Em junho, durante essa transferência, a Sabesp foi notificada pela Cetesb por ter bombeado esgoto para dentro do Rio Tietê. Segundo a companhia, a medida foi tomada para proteger os operários da obra. O diretor de engenharia da Sabesp Roberval Tavares. Reprodução/TV Globo “Era um plano de contingência que, se houvesse algum perigo, isso seria acionado, e foi acionado no mês de junho. De lá pra cá nós conseguimos manter tudo normal, sem nenhum acesso aos rios, só transferindo esgoto pra dentro do sistema da Sabesp”, afirmou Tavares. Foi exatamente na área que agora está cheia de pedras que a cratera se abriu. O solo foi estabilizado com 66 estacas de concreto para evitar novos desmoronamentos. Para uma solução definitiva, a Sabesp abriu um novo poço de acesso de 15 metros de profundidade, onde os operários chegaram ao topo do túnel de esgoto. Segundo Roberval Tavares, os operários estão retirando o entulho de dentro do interceptor. Um trecho de aproximadamente 30 a 50 metros será recuperado, incluindo a caixa de passagem que causou o desmoronamento. “Todas as injeções de concreto deixaram o solo totalmente preservado e não há possibilidade nenhuma da expansão dessa cratera para algumas das pistas”, garantiu. Cratera na Marginal do Tietê em abril deste ano. Reprodução/TV Globo

Set 1, 2025 - 16:30
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Sabesp diz que obras para fechar cratera na Marginal Tietê devem terminar apenas em março de 2026

Obras na tubulação que se rompeu na marginal Tietê devem ir até março A Sabesp deu novo prazo nesta segunda-feira (1°) para o término da obra da cratera que se abriu em abril na Marginal do Rio Tietê. Segundo a companhia, o reparo total do trecho só acontecerá em março de 2026. Em entrevista ao SP1, da TV Globo, o diretor de engenharia da empresa, Roberval Tavares, afirmou que o prazo mais longo será necessário porque a empresa ainda não conseguiu estabilizar a cratera e retirar totalmente o esgoto que estava vazando no interceptor de esgoto, na pista da Marginal. “Até o momento nós não tínhamos tido acesso ao interceptor. Agora tivemos acesso, o interceptor tá totalmente preservado, o duto, que é o mais importante está preservado. Fizemos a sondagem horizontal e detectamos exatamente o que vai ser feito aqui. Então, estamos estimando o mês de março para entregar isso com total liberação da via, a pista nova que fizemos, retorno da pista antiga, a retirada de todas as tubulações que fizemos ao longo da marginal transferindo esgoto. Isso está tudo dentro do prazo para entregar a obra completa para a sociedade”, disse o executivo. Histórico do problema Obras na cratera aberta na Marginal do Tietê, em abril deste ano, só terminarão em março de 2026. Montagem/g1/Reprodução/TV Globo Há quase cinco meses, motoristas que passam pela Marginal Tietê dividem espaço com cones, máquinas e uma cratera no meio do caminho. O buraco se abriu no dia 10 de abril, foi fechado dias depois, mas voltou a ceder em 11 de maio. Foi então que a Sabesp identificou que o problema era mais grave do que se imaginava e exigiria uma obra complexa, a 15 metros de profundidade. Lá embaixo passa um supertúnel de esgoto que recebe os dejetos de vários bairros da capital e os leva até a estação de tratamento de Barueri, na região metropolitana. São dois túneis no local, um de cada lado da Marginal Tietê. O da margem direita precisou ser totalmente esvaziado para permitir as obras de reparo onde a cratera se abriu, perto da ponte Atílio Fontana. Para isso, a Sabesp criou pontos de transferência de esgoto para outras tubulações, desde o Parque Novo Mundo, passando pelas pontes da Casa Verde, da Freguesia do Ó, do Piqueri, até o ponto da cratera. Problemas com cratera na Marginal Tietê completam três meses e obras ainda não foram concluídas A operação é feita por tubos que ligam uma margem à outra, passando pelas pontes sobre o rio, e também por um duto subterrâneo na região do Piqueri. A transferência envolve o esgoto de mais de 435 mil imóveis da Zona Norte. “Com isso nós conseguimos retirar mais de 99% do esgoto da tubulação. Hoje o que passa é um pequeno resquício que vai ser suprimido na hora em que fizermos o bloqueio total. Nós estamos usando um gel químico para poder fazer o bloqueio total do interceptor, para que não venha nenhum litro de esgoto e aí fazer o serviço de maneira completa”, explicou o diretor de engenharia da Sabesp. Em junho, durante essa transferência, a Sabesp foi notificada pela Cetesb por ter bombeado esgoto para dentro do Rio Tietê. Segundo a companhia, a medida foi tomada para proteger os operários da obra. O diretor de engenharia da Sabesp Roberval Tavares. Reprodução/TV Globo “Era um plano de contingência que, se houvesse algum perigo, isso seria acionado, e foi acionado no mês de junho. De lá pra cá nós conseguimos manter tudo normal, sem nenhum acesso aos rios, só transferindo esgoto pra dentro do sistema da Sabesp”, afirmou Tavares. Foi exatamente na área que agora está cheia de pedras que a cratera se abriu. O solo foi estabilizado com 66 estacas de concreto para evitar novos desmoronamentos. Para uma solução definitiva, a Sabesp abriu um novo poço de acesso de 15 metros de profundidade, onde os operários chegaram ao topo do túnel de esgoto. Segundo Roberval Tavares, os operários estão retirando o entulho de dentro do interceptor. Um trecho de aproximadamente 30 a 50 metros será recuperado, incluindo a caixa de passagem que causou o desmoronamento. “Todas as injeções de concreto deixaram o solo totalmente preservado e não há possibilidade nenhuma da expansão dessa cratera para algumas das pistas”, garantiu. Cratera na Marginal do Tietê em abril deste ano. Reprodução/TV Globo