'Alô, Trump': primos de Morro Agudo, SP, apostam em humor para falar de agronegócio e viralizam nas redes sociais

'Alô, Trump': primos de Morro Agudo, SP, usam humor para falar de agronegócio e viralizam Já bem famosos no meio agro, os engenheiros agrônomos e primos João Vitor Castro e Eduardo Palhares, de Morro Agudo (SP), viram a base de seguidores aumentar nas redes sociais nas últimas semanas depois da publicação de vídeos onde satirizam a taxação de 50%, imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros. A medida deve entrar em vigor no dia 1º de agosto e tem preocupado diversos setores, principalmente, o agro. Mas os primos aproveitaram o momento para falar do assunto com muito bom humor. O conteúdo, que já tem três partes, mostra tentativas de conversas de João Vitor com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele usa tiradas simples e abusa da mistura de termos em inglês e português para deixar tudo ainda mais engraçado. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Na primeira publicação, de 24 de junho, a taxação ainda não tinha acontecido, mas acompanhava com o primo os desdobramentos da guerra em Israel e o impacto nos preços dos combustíveis e insumos. Ao g1, João Vitor revelou que ali nascia a ideia de 'ligar para o Trump'. "Surgiu aqui na fazenda, em um momento bem nosso, tomando um tereré e conversando sobre as notícias do setor. A gente já vinha acompanhando os desdobramentos da guerra e do impacto disso nos preços dos combustíveis e insumos. Como o Trump já estava nos noticiários, pensamos 'e se a gente ligasse pra ele pra perguntar se vai sobrar pra nós aqui no agro? Foi aí que nasceu o 'Ligando pro Trump - Good ou Not?', usando uma expressão que a gente sempre escutou no campo, o famoso 'bão ou não'". João Castro e Eduardo Palhares são de Morro Agudo, SP Trino A publicação fez tanto sucesso, que não demorou para aparecer a parte dois. Só que aí, a carta avisando o governo brasileiro sobre o tarifaço tinha acabado de virar notícia. Dois dias depois, os primos apostaram novamente no humor, para falar que as coisas por aqui não estavam 'muito good'. LEIA TAMBÉM Bolo de chocolate com fígado: influenciadora do interior de SP viraliza ao ensinar receita inusitada Morango do amor vira vilão na cozinha de confeiteira experiente: 'Achei que não ia conseguir' Influenciadora viraliza com vídeo que mostra bebê chutando DIU durante ultrassom O terceiro vídeo, publicado na sexta-feira (25), veio da sugestão do público, como conta Eduardo. Nele, João Vitor fala que está tudo bem, 'depends pra who'. "O primeiro vídeo saiu até antes do tarifaço e o Jão já mandava o recado 'precisava parar com esse rolo docês aí'. Depois que a carta do Trump pro Brasil estourou, todo mundo começou a pedir a parte dois, e a gente respondeu com o 'Not muito good aqui, não', ironizando até o reconhecimento de firma no cartório. Já o terceiro, o 'Depends', veio também por sugestão do público e é uma brincadeira que rola muito no campo, sobre o agrônomo que responde tudo com 'depende'". Eduardo conta que os roteiros para os vídeos são montados com base no noticiário, mas sempre utilizando o jeito deles de contar a história. João Castro e Eduardo Palhares são de Morro Agudo, SP Trino Segundo João Vitor, usar o bom humor sempre fez parte do conteúdo, mas foi com a série de vídeos mais conectados com as tendências, usando uma linguagem que mistura o rural e o digital, que a base explodiu. "Um dos vídeos dessa sequência trouxe mais de 100 mil seguidores novos. A média hoje é de 80 mil novos seguidores por mês. Isso mostra que o agro tem espaço nas redes e quando a gente fala com verdade e bom humor, o alcance é ainda maior". Humor dando espaço para assunto sério Filhos de produtores rurais de Morro Agudo, Eduardo e João deram os primeiros passos nas redes sociais em 2021, com a ideia de orientar estudantes e recém-formados, oferecendo a eles uma visão realista do mercado de trabalho no setor. Logo no começo, os primos apostaram na autenticidade e no humor para fazer dar certo. Hoje, eles são reconhecidos por onde passam e não mais apenas no mundo do agronegócio. A fama também rendeu parceria com gigantes do agro. "A gente nasceu e cresceu em Morro Agudo, no meio do agro. Hoje ver tanta gente nos reconhecendo nas feiras e até fora delas, vindo tirar foto, mandando mensagem, é algo que emociona mesmo. Só esse ano já passamos por dez estados, visitando eventos e levando a voz do produtor com a nossa linguagem", conta Eduardo. Ao g1, ele disse que o objetivo, agora, é mostrar mais ainda o valor do campo. "Vamos lançar episódios longos no YouTube, explicando com humor como nasce o arroz, o feijão, o leite, tudo que está na mesa do brasileiro. Também temos a nossa loja de roupas com proteção UV e uma inteligência artificial no WhatsApp pra ajudar o produtor com dúvidas sobre clima, pragas, mercado e manejo. A ideia é seguir comunicando o agro pro Brasil e pro mundo, do nosso jeito". Eduardo Palhares, Morro Agudo, SP Trino Para João Vitor, o humor está na essência da família e é por isso que os primos

Jul 27, 2025 - 03:30
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'Alô, Trump': primos de Morro Agudo, SP, apostam em humor para falar de agronegócio e viralizam nas redes sociais

'Alô, Trump': primos de Morro Agudo, SP, usam humor para falar de agronegócio e viralizam Já bem famosos no meio agro, os engenheiros agrônomos e primos João Vitor Castro e Eduardo Palhares, de Morro Agudo (SP), viram a base de seguidores aumentar nas redes sociais nas últimas semanas depois da publicação de vídeos onde satirizam a taxação de 50%, imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros. A medida deve entrar em vigor no dia 1º de agosto e tem preocupado diversos setores, principalmente, o agro. Mas os primos aproveitaram o momento para falar do assunto com muito bom humor. O conteúdo, que já tem três partes, mostra tentativas de conversas de João Vitor com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele usa tiradas simples e abusa da mistura de termos em inglês e português para deixar tudo ainda mais engraçado. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Na primeira publicação, de 24 de junho, a taxação ainda não tinha acontecido, mas acompanhava com o primo os desdobramentos da guerra em Israel e o impacto nos preços dos combustíveis e insumos. Ao g1, João Vitor revelou que ali nascia a ideia de 'ligar para o Trump'. "Surgiu aqui na fazenda, em um momento bem nosso, tomando um tereré e conversando sobre as notícias do setor. A gente já vinha acompanhando os desdobramentos da guerra e do impacto disso nos preços dos combustíveis e insumos. Como o Trump já estava nos noticiários, pensamos 'e se a gente ligasse pra ele pra perguntar se vai sobrar pra nós aqui no agro? Foi aí que nasceu o 'Ligando pro Trump - Good ou Not?', usando uma expressão que a gente sempre escutou no campo, o famoso 'bão ou não'". João Castro e Eduardo Palhares são de Morro Agudo, SP Trino A publicação fez tanto sucesso, que não demorou para aparecer a parte dois. Só que aí, a carta avisando o governo brasileiro sobre o tarifaço tinha acabado de virar notícia. Dois dias depois, os primos apostaram novamente no humor, para falar que as coisas por aqui não estavam 'muito good'. LEIA TAMBÉM Bolo de chocolate com fígado: influenciadora do interior de SP viraliza ao ensinar receita inusitada Morango do amor vira vilão na cozinha de confeiteira experiente: 'Achei que não ia conseguir' Influenciadora viraliza com vídeo que mostra bebê chutando DIU durante ultrassom O terceiro vídeo, publicado na sexta-feira (25), veio da sugestão do público, como conta Eduardo. Nele, João Vitor fala que está tudo bem, 'depends pra who'. "O primeiro vídeo saiu até antes do tarifaço e o Jão já mandava o recado 'precisava parar com esse rolo docês aí'. Depois que a carta do Trump pro Brasil estourou, todo mundo começou a pedir a parte dois, e a gente respondeu com o 'Not muito good aqui, não', ironizando até o reconhecimento de firma no cartório. Já o terceiro, o 'Depends', veio também por sugestão do público e é uma brincadeira que rola muito no campo, sobre o agrônomo que responde tudo com 'depende'". Eduardo conta que os roteiros para os vídeos são montados com base no noticiário, mas sempre utilizando o jeito deles de contar a história. João Castro e Eduardo Palhares são de Morro Agudo, SP Trino Segundo João Vitor, usar o bom humor sempre fez parte do conteúdo, mas foi com a série de vídeos mais conectados com as tendências, usando uma linguagem que mistura o rural e o digital, que a base explodiu. "Um dos vídeos dessa sequência trouxe mais de 100 mil seguidores novos. A média hoje é de 80 mil novos seguidores por mês. Isso mostra que o agro tem espaço nas redes e quando a gente fala com verdade e bom humor, o alcance é ainda maior". Humor dando espaço para assunto sério Filhos de produtores rurais de Morro Agudo, Eduardo e João deram os primeiros passos nas redes sociais em 2021, com a ideia de orientar estudantes e recém-formados, oferecendo a eles uma visão realista do mercado de trabalho no setor. Logo no começo, os primos apostaram na autenticidade e no humor para fazer dar certo. Hoje, eles são reconhecidos por onde passam e não mais apenas no mundo do agronegócio. A fama também rendeu parceria com gigantes do agro. "A gente nasceu e cresceu em Morro Agudo, no meio do agro. Hoje ver tanta gente nos reconhecendo nas feiras e até fora delas, vindo tirar foto, mandando mensagem, é algo que emociona mesmo. Só esse ano já passamos por dez estados, visitando eventos e levando a voz do produtor com a nossa linguagem", conta Eduardo. Ao g1, ele disse que o objetivo, agora, é mostrar mais ainda o valor do campo. "Vamos lançar episódios longos no YouTube, explicando com humor como nasce o arroz, o feijão, o leite, tudo que está na mesa do brasileiro. Também temos a nossa loja de roupas com proteção UV e uma inteligência artificial no WhatsApp pra ajudar o produtor com dúvidas sobre clima, pragas, mercado e manejo. A ideia é seguir comunicando o agro pro Brasil e pro mundo, do nosso jeito". Eduardo Palhares, Morro Agudo, SP Trino Para João Vitor, o humor está na essência da família e é por isso que os primos devem seguir em novos projetos, mas com a mesma dose de temperamento. "Desde moleque, a gente brincava, imitava agrônomo, fazia graça com as situações da roça. O humor está na nossa essência. Só que, junto com a brincadeira, vem muita responsabilidade. A gente sabe o quanto o produtor está sofrendo com o clima, com os custos, com o mercado. E é por isso que a gente fala desses assuntos de forma leve: para abrir os olhos, gerar identificação e trazer mais gente para perto do agro". João Vitor Castro, Morro Agudo, SP Trino Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região