Desembargador mantém shows de Leo Santana e Kiko Chicabana em cidade do Piauí afetada pela seca
Rio Grande do Piauí: município em situação de emergência contrata artistas por R$ 910mil A Justiça do Piauí suspendeu, nesta quinta-feira (2), os contratos e pagamentos dos shows de Léo Santana e Kiko Chicabana, previstos para sexta-feira (3) e sábado (4), em Rio Grande do Piauí. A decisão atende a uma Ação Civil Pública do Ministério Público. A cidade está em situação de emergência por causa da seca, conforme decreto estadual publicado em 29 de setembro. Procurada, a prefeitura informou que recorreu contra a decisão e afirmou que só vai se manifestar publicamente após o julgamento do recurso. O g1 tenta contato com as assessorias dos artistas. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp O juiz Mário Soares de Alencar, da Vara Única de Itaueira, afirmou na decisão que os documentos mostram “gastos desarrazoados” e “desproporcionalidade na priorização de despesas com festas”. O magistrado destacou que o alto custo dos shows é incompatível com a necessidade de direcionar recursos para enfrentar os efeitos da seca. A prefeitura alegou que realiza ações contra a seca, como distribuição de 1.200 cestas básicas e uso de carros-pipa. O juiz considerou as medidas insuficientes diante da situação crítica de estiagem. O juiz também avaliou que os gastos com os shows podem causar prejuízo ao erário e comprometer serviços públicos essenciais. Com isso, o magistrado determinou a suspensão imediata dos shows e dos pagamentos, além da devolução aos cofres públicos de valores que já tenham sido repassados. Contrato de quase 1 milhão sem licitação Segundo o promotor Cleyton Soares da Costa e Silva, de Itaueira, a prefeitura contratou os artistas por R$ 910 mil, sem realizar licitação. O Ministério Público fez o pedido em um inquérito civil que apura gastos excessivos com eventos durante o estado de emergência. Segundo o MP, o valor das contratações supera o orçamento previsto para a cultura na Lei Orçamentária Anual de 2025 do município. O promotor destacou que o gasto é desproporcional à realidade de Rio Grande do Piauí, que tem 5.485 habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE. "O dispêndio desproporcional de dinheiro público para arcar com a realização de shows poderá comprometer o orçamento local, especialmente em áreas prioritárias como saúde e educação", disse o MP. MP pede suspensão dos shows de Leo Santana e Kiko Chicabana no Piauí Montagem/g1 VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube
Rio Grande do Piauí: município em situação de emergência contrata artistas por R$ 910mil A Justiça do Piauí suspendeu, nesta quinta-feira (2), os contratos e pagamentos dos shows de Léo Santana e Kiko Chicabana, previstos para sexta-feira (3) e sábado (4), em Rio Grande do Piauí. A decisão atende a uma Ação Civil Pública do Ministério Público. A cidade está em situação de emergência por causa da seca, conforme decreto estadual publicado em 29 de setembro. Procurada, a prefeitura informou que recorreu contra a decisão e afirmou que só vai se manifestar publicamente após o julgamento do recurso. O g1 tenta contato com as assessorias dos artistas. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp O juiz Mário Soares de Alencar, da Vara Única de Itaueira, afirmou na decisão que os documentos mostram “gastos desarrazoados” e “desproporcionalidade na priorização de despesas com festas”. O magistrado destacou que o alto custo dos shows é incompatível com a necessidade de direcionar recursos para enfrentar os efeitos da seca. A prefeitura alegou que realiza ações contra a seca, como distribuição de 1.200 cestas básicas e uso de carros-pipa. O juiz considerou as medidas insuficientes diante da situação crítica de estiagem. O juiz também avaliou que os gastos com os shows podem causar prejuízo ao erário e comprometer serviços públicos essenciais. Com isso, o magistrado determinou a suspensão imediata dos shows e dos pagamentos, além da devolução aos cofres públicos de valores que já tenham sido repassados. Contrato de quase 1 milhão sem licitação Segundo o promotor Cleyton Soares da Costa e Silva, de Itaueira, a prefeitura contratou os artistas por R$ 910 mil, sem realizar licitação. O Ministério Público fez o pedido em um inquérito civil que apura gastos excessivos com eventos durante o estado de emergência. Segundo o MP, o valor das contratações supera o orçamento previsto para a cultura na Lei Orçamentária Anual de 2025 do município. O promotor destacou que o gasto é desproporcional à realidade de Rio Grande do Piauí, que tem 5.485 habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE. "O dispêndio desproporcional de dinheiro público para arcar com a realização de shows poderá comprometer o orçamento local, especialmente em áreas prioritárias como saúde e educação", disse o MP. MP pede suspensão dos shows de Leo Santana e Kiko Chicabana no Piauí Montagem/g1 VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube
