Exceções do tarifaço de Trump representam 43% do valor total das exportações do Brasil para os EUA
Produtos fora do tarifaço de Trump representam 43% do valor total das exportações pros EUA Depois do anúncio do governo americano, o presidente Lula convocou uma reunião para avaliar as consequências concretas deste recuo de Donald Trump. Na prática, a tarifa de 50% ainda vai atingir mais da metade do valor das exportações para os Estados Unidos. A Câmara Americana de Comércio para o Brasil fez um cálculo do impacto da nova decisão de Donald Trump. A lista de exceções atinge 694 produtos que o Brasil exporta para os Estados Unidos. Segundo a Amcham, em um comércio de 42 bilhões de dólares no ano passado, as exceções somaram 18 bilhões, 43% do total. Em nota, a entidade manifestou preocupação. Disse que ainda há um impacto expressivo sobre setores estratégicos da economia brasileira. E que divergências comerciais devem ser tratadas por meio de diálogo construtivo em alto nível. Entidades brasileiras que representam as diversas empresas que exportam para os Estados Unidos defenderam a continuidade do diálogo com o governo americano em busca da redução das tarifas. Mesmo as empresas que não foram penalizadas com a tarifa de 50% mantêm a esperança de fechar um acordo comercial melhor. O setor de aviação, por exemplo, não era taxado até abril de 2025, quando Trump impôs uma tarifa de 10%. Em nota nesta quarta-feira (30), a Embraer disse que a decisão do governo americano de excluir aeronaves civis e seus componentes da tarifa adicional de 40% confirma o impacto positivo e a importância estratégica das atividades da empresa para as economias brasileira e norte-americana. Que vai continuar defendendo firmemente o retorno à regra da tarifa zero para a indústria aeroespacial global e que apoia o diálogo contínuo entre os governos brasileiro e norte-americano. Já os setores que não escaparam do tarifaço esperam reverter a taxa nos próximos 6 dias, quando as tarifas de 50% começarão a ser aplicadas. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil manifestou que seguirá em tratativas com seus pares dos EUA com o intuito de que o produto passe a integrar a lista de exceções elaborada pelo governo americano. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes disse que o tarifaço pode gerar impacto de um bilhão de dólares — cinco bilhões e meio de reais — na exportação para os Estados Unidos. “Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado. Um mercado importante para a carne bovina brasileira, e nós estamos muito preocupados com essa situação. Essa taxação inviabiliza a exportação de carne bovina para os Estados Unidos. Continuamos acreditando que o governo brasileiro está se esforçando para as negociações, mas as alternativas são distribuir isso ao redor do mundo", disse Roberto Perosa, presidente da Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes. Pouco depois do anúncio das medidas, o presidente Lula convocou uma reunião de emergência com os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da Fazenda, Casa Civil, Relações Institucionais, além do advogado-geral da União e o secretário de Comunicação. A principal preocupação do encontro foi avaliar com precisão o impacto das medidas anunciadas por Trump sobre as empresas brasileiras, e listas as medidas que podem ser adotadas imediatamente pelo governo. Exportadores apontam perdas bilionárias com tarifaço Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM: Café, carne e outros produtos brasileiros ficam fora de isenção dos EUA Trump cita Bolsonaro e Paulo Figueiredo em ordem que oficializou o tarifaço ao Brasil Paz por meio da força e emergência nacional: os argumentos de Trump para taxar o Brasil


Produtos fora do tarifaço de Trump representam 43% do valor total das exportações pros EUA Depois do anúncio do governo americano, o presidente Lula convocou uma reunião para avaliar as consequências concretas deste recuo de Donald Trump. Na prática, a tarifa de 50% ainda vai atingir mais da metade do valor das exportações para os Estados Unidos. A Câmara Americana de Comércio para o Brasil fez um cálculo do impacto da nova decisão de Donald Trump. A lista de exceções atinge 694 produtos que o Brasil exporta para os Estados Unidos. Segundo a Amcham, em um comércio de 42 bilhões de dólares no ano passado, as exceções somaram 18 bilhões, 43% do total. Em nota, a entidade manifestou preocupação. Disse que ainda há um impacto expressivo sobre setores estratégicos da economia brasileira. E que divergências comerciais devem ser tratadas por meio de diálogo construtivo em alto nível. Entidades brasileiras que representam as diversas empresas que exportam para os Estados Unidos defenderam a continuidade do diálogo com o governo americano em busca da redução das tarifas. Mesmo as empresas que não foram penalizadas com a tarifa de 50% mantêm a esperança de fechar um acordo comercial melhor. O setor de aviação, por exemplo, não era taxado até abril de 2025, quando Trump impôs uma tarifa de 10%. Em nota nesta quarta-feira (30), a Embraer disse que a decisão do governo americano de excluir aeronaves civis e seus componentes da tarifa adicional de 40% confirma o impacto positivo e a importância estratégica das atividades da empresa para as economias brasileira e norte-americana. Que vai continuar defendendo firmemente o retorno à regra da tarifa zero para a indústria aeroespacial global e que apoia o diálogo contínuo entre os governos brasileiro e norte-americano. Já os setores que não escaparam do tarifaço esperam reverter a taxa nos próximos 6 dias, quando as tarifas de 50% começarão a ser aplicadas. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil manifestou que seguirá em tratativas com seus pares dos EUA com o intuito de que o produto passe a integrar a lista de exceções elaborada pelo governo americano. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes disse que o tarifaço pode gerar impacto de um bilhão de dólares — cinco bilhões e meio de reais — na exportação para os Estados Unidos. “Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado. Um mercado importante para a carne bovina brasileira, e nós estamos muito preocupados com essa situação. Essa taxação inviabiliza a exportação de carne bovina para os Estados Unidos. Continuamos acreditando que o governo brasileiro está se esforçando para as negociações, mas as alternativas são distribuir isso ao redor do mundo", disse Roberto Perosa, presidente da Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes. Pouco depois do anúncio das medidas, o presidente Lula convocou uma reunião de emergência com os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, da Fazenda, Casa Civil, Relações Institucionais, além do advogado-geral da União e o secretário de Comunicação. A principal preocupação do encontro foi avaliar com precisão o impacto das medidas anunciadas por Trump sobre as empresas brasileiras, e listas as medidas que podem ser adotadas imediatamente pelo governo. Exportadores apontam perdas bilionárias com tarifaço Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM: Café, carne e outros produtos brasileiros ficam fora de isenção dos EUA Trump cita Bolsonaro e Paulo Figueiredo em ordem que oficializou o tarifaço ao Brasil Paz por meio da força e emergência nacional: os argumentos de Trump para taxar o Brasil