Festival Feira Preta é adiado para 2026 por falta de patrocínio
Na última edição, o evento movimentou cerca de R$ 14 milhões, beneficiando diretamente 170 empreendedores negros e gerando 600 empregos. Feira Preta Divulgação O Festival Feira Preta, considerado o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, adiou a edição deste ano para 2026. O motivo é a falta de patrocinadores que viabilizam o projeto. O evento estava marcado para acontecer em maio, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Segundo a organização, a burocracia interna das grandes empresas tem dificultado a liberação de recursos, tornando o processo de captação mais complexo e demorado. “Começamos a captar recursos em julho do ano passado, mas só conseguimos 40%. Algumas negociações que já tinham sido feitas não foram efetivadas”, explica Adriana Barbosa, idealizadora do festival. Ainda de acordo com Adriana, o evento demanda uma pré-produção meses antes. “O tempo foi passando, e os custos foram vindo. Chegou uma hora que não tinha mais dinheiro em caixa para continuar sem ter uma certeza”, conta. A organização também afirma que o adiamento reflete um cenário mais amplo de retração de investimentos corporativos em eventos culturais voltados para a diversidade. Outros festivais como o Batekoo enfrentaram desafios semelhantes no ano passado. Festival Feira Preta é adiado para 2026 por falta de patrocínio Noelia Nájera/Divulgação Apesar do adiamento na capital paulista, a organização espera que uma outra edição aconteça em Salvador, em novembro. Desde 2017, o Instituto Feira Preta mantém iniciativas formativas na capital baiana, além da Embaixada Preta Cachoeira no Recôncavo Baiano. A ideia é movimentar o empreendedorismo negro da região. "As negociações já feitas e que avançaram, não tendo a feira em São Paulo, a gente transfere para Salvador”, completa Adriana. Os empreendedores já inscritos para a edição de São Paulo seguem em processo de curadoria para possível participação no evento de Salvador. A organização também negocia outros eventos ao longo do ano, buscando criar novas oportunidades de negócios para expositores. A organização da Feira Preta entrará em contato com quem já comprou ingressos para estorno do valor. Segundo Adriana, algumas empresas desistiram de levar recursos para Salvador, por isso a organização segue na captação. “É uma pena porque os empreendedores deixam de vender. A maioria se prepara, eles produzem em grandes quantidades para o festival. Essa é a parte que mais me entristece”, lamenta a fundadora da Feira Preta. Na última edição, o festival movimentou cerca de R$ 14 milhões, beneficiando diretamente 170 empreendedores negros e gerando aproximadamente 600 empregos temporários. O evento contou com show de artistas como Mart'nália, Arlindinho, Leci Brandão, Luedji Luna, Preta Gil e Majur. "Seguimos firmes no compromisso de criar espaços de potência e visibilidade para o empreendedorismo negro. Estamos buscando novos modelos de financiamento e parcerias para garantir a continuidade do festival nos próximos anos”, afirma Adriana Entenda o que são nanoempreendedores MEIs: entenda o novo valor de contribuição mensal para 2025


Na última edição, o evento movimentou cerca de R$ 14 milhões, beneficiando diretamente 170 empreendedores negros e gerando 600 empregos. Feira Preta Divulgação O Festival Feira Preta, considerado o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, adiou a edição deste ano para 2026. O motivo é a falta de patrocinadores que viabilizam o projeto. O evento estava marcado para acontecer em maio, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Segundo a organização, a burocracia interna das grandes empresas tem dificultado a liberação de recursos, tornando o processo de captação mais complexo e demorado. “Começamos a captar recursos em julho do ano passado, mas só conseguimos 40%. Algumas negociações que já tinham sido feitas não foram efetivadas”, explica Adriana Barbosa, idealizadora do festival. Ainda de acordo com Adriana, o evento demanda uma pré-produção meses antes. “O tempo foi passando, e os custos foram vindo. Chegou uma hora que não tinha mais dinheiro em caixa para continuar sem ter uma certeza”, conta. A organização também afirma que o adiamento reflete um cenário mais amplo de retração de investimentos corporativos em eventos culturais voltados para a diversidade. Outros festivais como o Batekoo enfrentaram desafios semelhantes no ano passado. Festival Feira Preta é adiado para 2026 por falta de patrocínio Noelia Nájera/Divulgação Apesar do adiamento na capital paulista, a organização espera que uma outra edição aconteça em Salvador, em novembro. Desde 2017, o Instituto Feira Preta mantém iniciativas formativas na capital baiana, além da Embaixada Preta Cachoeira no Recôncavo Baiano. A ideia é movimentar o empreendedorismo negro da região. "As negociações já feitas e que avançaram, não tendo a feira em São Paulo, a gente transfere para Salvador”, completa Adriana. Os empreendedores já inscritos para a edição de São Paulo seguem em processo de curadoria para possível participação no evento de Salvador. A organização também negocia outros eventos ao longo do ano, buscando criar novas oportunidades de negócios para expositores. A organização da Feira Preta entrará em contato com quem já comprou ingressos para estorno do valor. Segundo Adriana, algumas empresas desistiram de levar recursos para Salvador, por isso a organização segue na captação. “É uma pena porque os empreendedores deixam de vender. A maioria se prepara, eles produzem em grandes quantidades para o festival. Essa é a parte que mais me entristece”, lamenta a fundadora da Feira Preta. Na última edição, o festival movimentou cerca de R$ 14 milhões, beneficiando diretamente 170 empreendedores negros e gerando aproximadamente 600 empregos temporários. O evento contou com show de artistas como Mart'nália, Arlindinho, Leci Brandão, Luedji Luna, Preta Gil e Majur. "Seguimos firmes no compromisso de criar espaços de potência e visibilidade para o empreendedorismo negro. Estamos buscando novos modelos de financiamento e parcerias para garantir a continuidade do festival nos próximos anos”, afirma Adriana Entenda o que são nanoempreendedores MEIs: entenda o novo valor de contribuição mensal para 2025