Justiça condena advogado a 44 anos de prisão por assassinato de colega; crime teria sido 'queima de arquivo'
Justiça condena mais um acusado por morte do advogado Juliano Gomes César A Justiça de Minas Gerais condenou nesta quinta-feira (30) o advogado Thiago Fonseca Carvalho, acusado de matar o também advogado Juliano César Gomes, de 37 anos, em junho de 2020. Thiago foi condenado a 44 anos de prisão em regime fechado. De acordo com as investigações, Juliano Gomes foi assassinado a tiros como "queima de arquivo" (entenda mais abaixo). Ele ficou desaparecido por mais de 10 dias, e seu corpo foi localizado no dia 8 de junho de 2020 em uma estrada que liga Sete Lagoas a Funilândia, na Região Central de Minas Gerais. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp De acordo com o processo, Thiago Carvalho foi o mandante do crime. Em julho de 2021, outros dois envolvidos no assassinato também foram condenados, acusados de serem os executores dos disparos, os irmãos Jean e Júnio Néris. O g1 tentou contato com a defesa de Thiago, mas não obteve retorno até o final desta edição. A sentença detalha que o réu, por ser advogado, usou seu conhecimento e status profissional de várias maneiras para cometer os crimes e tentar acobertá-los, o que foi considerado um fator muito desfavorável ao analisar a pena. "Conforme julgamento restou demonstrado o modus operandi dos crimes demonstram a periculosidade em concreto do réu. Desta feita, não restam dúvidas que medidas cautelares diversas da prisão seriam suficientes para resguardar a ordem pública e aplicação da lei penal", diz o texto da decisão. Thiago Fonseca Carvalho (esquerda) foi condenado pela morte de Juliano César Gomes (direita) Reprodução ✅ Mande sua denúncia, reclamação ou sugestão para o g1 Minas e os telejornais da TV Globo Queima de arquivo Juliano Gomes desapareceu no dia 21 de maio de 2020, após sair de casa no Bairro Floresta, na Região Leste da capital. À época, a Polícia Civil informou que a vítima foi atraída pelo suspeito. O crime teria sido planejado após a Juliano ser indicado como testemunha de defesa em um processo em que Thiago Carvalho era acusado de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A vítima disse que "não mentiria e falaria apenas a verdade". Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), para atrair o advogado, Thiago simulou que precisaria pegar emprestada a picape de Juliano. Ao chegar ao local do encontro, a vítima foi rendida pelos dois irmãos, teve os bens roubados e depois foi executada. LEIA TAMBÉM Morte de advogado que desapareceu em Belo Horizonte no fim de maio foi premeditada, diz polícia Corpo de advogado é encontrado em estrada de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais Irmãos acusados de matar advogado por queima de arquivo são condenados

Justiça condena mais um acusado por morte do advogado Juliano Gomes César A Justiça de Minas Gerais condenou nesta quinta-feira (30) o advogado Thiago Fonseca Carvalho, acusado de matar o também advogado Juliano César Gomes, de 37 anos, em junho de 2020. Thiago foi condenado a 44 anos de prisão em regime fechado. De acordo com as investigações, Juliano Gomes foi assassinado a tiros como "queima de arquivo" (entenda mais abaixo). Ele ficou desaparecido por mais de 10 dias, e seu corpo foi localizado no dia 8 de junho de 2020 em uma estrada que liga Sete Lagoas a Funilândia, na Região Central de Minas Gerais. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp De acordo com o processo, Thiago Carvalho foi o mandante do crime. Em julho de 2021, outros dois envolvidos no assassinato também foram condenados, acusados de serem os executores dos disparos, os irmãos Jean e Júnio Néris. O g1 tentou contato com a defesa de Thiago, mas não obteve retorno até o final desta edição. A sentença detalha que o réu, por ser advogado, usou seu conhecimento e status profissional de várias maneiras para cometer os crimes e tentar acobertá-los, o que foi considerado um fator muito desfavorável ao analisar a pena. "Conforme julgamento restou demonstrado o modus operandi dos crimes demonstram a periculosidade em concreto do réu. Desta feita, não restam dúvidas que medidas cautelares diversas da prisão seriam suficientes para resguardar a ordem pública e aplicação da lei penal", diz o texto da decisão. Thiago Fonseca Carvalho (esquerda) foi condenado pela morte de Juliano César Gomes (direita) Reprodução ✅ Mande sua denúncia, reclamação ou sugestão para o g1 Minas e os telejornais da TV Globo Queima de arquivo Juliano Gomes desapareceu no dia 21 de maio de 2020, após sair de casa no Bairro Floresta, na Região Leste da capital. À época, a Polícia Civil informou que a vítima foi atraída pelo suspeito. O crime teria sido planejado após a Juliano ser indicado como testemunha de defesa em um processo em que Thiago Carvalho era acusado de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A vítima disse que "não mentiria e falaria apenas a verdade". Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), para atrair o advogado, Thiago simulou que precisaria pegar emprestada a picape de Juliano. Ao chegar ao local do encontro, a vítima foi rendida pelos dois irmãos, teve os bens roubados e depois foi executada. LEIA TAMBÉM Morte de advogado que desapareceu em Belo Horizonte no fim de maio foi premeditada, diz polícia Corpo de advogado é encontrado em estrada de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais Irmãos acusados de matar advogado por queima de arquivo são condenados

