Mudança no calendário valorizou merecidamente a final da Copa do Brasil

Não chegou a ser propriamente um ano atípico para o futebol brasileiro, mas aconteceram tantas coisas, dentro e fora de campo, que nos fazem refletir sobre a agitação e, principalmente, as surpresas registradas. Comecemos pelo alto comando da CBF que, apesar da desconfiança natural no início da nova gestão, pelos inúmeros motivos conhecidos nas últimas […]

Dez 22, 2025 - 08:30
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Mudança no calendário valorizou merecidamente a final da Copa do Brasil

Não chegou a ser propriamente um ano atípico para o futebol brasileiro, mas aconteceram tantas coisas, dentro e fora de campo, que nos fazem refletir sobre a agitação e, principalmente, as surpresas registradas.

Comecemos pelo alto comando da CBF que, apesar da desconfiança natural no início da nova gestão, pelos inúmeros motivos conhecidos nas últimas décadas, acabou realizando um bom trabalho. Tanto na tentativa de reorganizar o Campeonato Brasileiro, em suas quatro divisões, quanto a Copa do Brasil e, sobretudo, a combalida Seleção Brasileira.

No que diz respeito à seleção pentacampeã mundial, ela continua em fase de reconstrução, sob a direção do conceituado técnico Carlo Ancelotti, mas nenhum indicativo assegura a possibilidade de sucesso na Copa do Mundo. Antes, pelo contrário, os jogadores terão de provar, jogo a jogo, que podem resgatar o prestígio do escrete canarinho.

A mudança no calendário valorizou merecidamente a final da Copa do Brasil, que, no formato tradicional, se encerrava antes do Campeonato Brasileiro, reservando a apoteose para as finais do grande torneio com os 20 melhores times do país.

Desta feita, o Brasileirão encerrou-se meio esvaziado, com a folgada liderança do Flamengo diante da decepcionante campanha do Palmeiras, os dois clubes mais ricos do país, que continuarão dominando tudo se não for instituído o necessário e salutar fair play financeiro, reservando as maiores emoções para a definição dos quatro rebaixados. E acabou mexendo com muitos torcedores, principalmente os do Internacional, que se safou na última rodada, e do Ceará, que caiu no mesmo momento.

Virou-se a página para a Copa do Brasil e acabamos assistindo a uma final que reuniu não exatamente os favoritos, mas aqueles que souberam se comportar, mesmo com extrema dificuldade, fase a fase.

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Foto: Carlos Santtos/IconSport.

O Corinthians eliminou facilmente o debilitado Athletico, enquanto o Vasco só passou pelo Operário nos pênaltis, após dois empates por 1 a 1, em Vila Oficinas e em São Januário. Nas semifinais, aos trancos e barrancos, passaram por Cruzeiro e Fluminense, respectivamente.

Na primeira partida da final, o time carioca jogou melhor como visitante, mas não conseguiu marcar. Na decisão, no Maracanã, o Corinthians apresentou-se melhor sob o comando de Dorival Júnior, agora tetracampeão da Copa do Brasil.

Fernando Diniz distribuiu bem os seus jogadores, mas ficou claro que faltam craques ao Vasco, que segue em reconstrução na busca de um futuro melhor.

Os destaques individuais corintianos foram o goleiro Hugo Souza, o agitado atacante Yuri Alberto e o craque holandês Memphis Depay. Mesmo na parte final do jogo, em que venceu por 2 a 1, o Corinthians soube se defender e assegurar o importante título que salvou a sua tumultuada temporada.

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