“Reviravolta”: Juíza decide e Paraná Clube vai definir futuro de SAF
A juíza Mariana Fowler Gusso, titular da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, negou o pedido para adiar a Assembleia Geral dos Credores do Paraná Clube para o dia 19. Com isso, o futuro paranista será definido nesta quinta-feira (06). Na reunião, os credores votarão o plano da Recuperação Judicial (RJ) para […]
A juíza Mariana Fowler Gusso, titular da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, negou o pedido para adiar a Assembleia Geral dos Credores do Paraná Clube para o dia 19. Com isso, o futuro paranista será definido nesta quinta-feira (06).
Na reunião, os credores votarão o plano da Recuperação Judicial (RJ) para definir a forma de pagamento dos credores. Muitos temem não receber o valor se a venda da Sede da Kennedy fosse abaixo do esperado. O imóvel foi avaliado pelo Tricolor em R$ 88,6 milhões, com lance mínimo de R$ 70,8 milhões em segunda praça.
Por causa disso, houve um encontro do investidor interessado na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com os credores para alinhar todos os pontos divergentes.
Na última Assembleia Geral dos Credores, os advogados aprovaram, em ampla maioria, as seguintes mudanças no plano da RJ:
- Necessidade de inclusão de previsão para pagamentos dos créditos da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), sem deságio, uma vez que há jurisprudência de que não cabe desconto para esse tipo de crédito;
- O valor da arrematação judicial da UPI Kennedy deve atender ao preço de reserva de R$ 70,8 milhões do leilão judicial (substitui a complementação de pagamento);
- Pagamento para os extraconcursais (feitos após a RJ) caem de R$ 12 para R$ 10 milhões, exceto fiscal e multas administrativas do Banco Central (Bacen), e será pago com a venda da Kennedy, simultaneamente com os credores;
- Até a venda definitiva da UPI Kennedy, as cotas da SAF serão a garantia dos credores. A liberação da garantia ocorrerá apenas após a venda;
- O pagamento dos tributos junto ao Banco Central será efetuado com os recursos provenientes da venda da SAF.
Carlos Werner “entra no jogo” para ajudar o Paraná Clube

Mafuz ainda destacou que as dicussões giram para chegar a melhor forma de pagar os credores e até sugeriu que a negociação não envolva a venda da Sede da Kennedy.
“O Paraná tem que ter uma solução. Para que serve a Recuperação Judicial? Para recuperar a empresa. É isso que o Carlos Werner vai assumir, junto com outros paranistas, para recuperar o Paraná. Mais ou menos o que fizeram com o Athletico em 1995 o [Mario Celso] Petraglia, Ênio Fornea, Ademir Adur e vários atleticanos. Mas sem SAF”, ressalta.
“A princípio, não envolve a Kennedy [o pagamento dos credores] neste primeiro momento. Inclusive, eu dei a opinião de não envolver a Kennedy. Ganha um carência de um ano para pagar e não venda a Kennedy”, complementa Mafuz.
Através da assessoria de imprensa, o Paraná Clube afirmou que “o clube não recebeu nenhuma informação neste sentido, assim como também não recebeu nenhuma outra proposta. A única proposta que existe é da NextPlay S.A”.

