Veja cronologia do caso de Alícia Valentina, de 11 anos, que morreu após ser espancada dentro da escola

Vídeo mostra menina espancada em escola pedindo ajuda após agressão em PE A Polícia Civil segue investigando o caso de Alícia Valentina, que morreu após ser espancada na escola onde estudava, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. A garota de 11 anos teve morte cerebral confirmada no domingo (7), quatro dias após a agressão. Um adolescente foi apreendido na quarta-feira (10) por suspeita de envolvimento no crime. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Veja a cronologia do caso: Agressão Dia 3 de setembro Alícia é espancada dentro do banheiro da Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco. Uma câmera de segurança da escola filmou a movimentação na área próxima de onde ocorreu a agressão. As imagens, gravadas às 13h04, mostram Alícia entrando no banheiro, uma aglomeração de crianças na porta e a menina voltando, minutos depois, com a mão no ouvido esquerdo. Ela pede ajuda a uma funcionária. Alícia Valentina após agressão em escola municipal de Belém do São Francisco Reprodução/WhatsApp Socorro Dia 3 de setembro No mesmo dia da agressão, funcionários da escola levaram Alícia para o Hospital Municipal Dr. José Alventino Lima, que fica próximo à instituição de ensino. A menina foi atendida e liberada. Já em casa, seu ouvido começou a sangrar e sua família a levou para o posto de saúde da cidade. Mais uma vez ela foi atendida e recebeu alta. O quadro de saúde piora e Alícia começa a vomitar sangue. Ela é então encaminhada para o Hospital Municipal de Belém do São Francisco, de onde é transferida para o Hospital Regional de Salgueiro, em uma cidade próxima. Dia 4 de setembro Com a gravidade do estado de saúde de Alícia, ela foi mais uma vez transferida, desta vez para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife. A unidade fica a 462 Km de distância da cidade de Salgueiro e é referência no estado em traumatologia. A paciente fica internada na unidade hospitalar por quatro dias. Morte cerebral Dia 7 de setembro Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada na noite do domingo (7). No atestado de óbito consta que a causa da morte foi "traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente". Isso significa que, provavelmente, a menina foi atingida na cabeça com algum objeto. Investigação e enterro Dia 4 de setembro A tia de Alícia Valentina, Maria Helena dos Santos, fez boletim de ocorrência na Delegacia de Belém de São Francisco. O caso foi registrado como lesão corporal (doloso). No documento consta que a vítima "foi agredida violentamente por quatro meninos e uma menina". A hipótese da família, com base em comentários da irmã da vítima, é que Alícia Valentina se desentendeu com um adolescente porque ela não quis “ficar” com ele. Dia 8 de setembro Após a morte da menina e apresentação do atestado de óbito, a ocorrência foi retificada pela polícia para lesão corporal seguida de morte. LEIA TAMBÉM MÃE: "Era uma menina doce, não mexia com ninguém" ANÁLISE: Especialistas apontam machismo e falhas na educação APREENSÃO: Adolescente é apreendido por agressão e morte ENTENDA: O que acontece quando agressores são adolescentes VÍDEO: Alícia pediu ajuda após agressões no banheiro da escola SOCORRO: Médica afirmou que caso não era grave, diz mãe LAUDO: Traumatismo craniano por instrumento contundente Dia 9 de setembro O corpo Alícia Valentina foi velado na terça-feira (9). A cerimônia começou na madrugada, quando o corpo chegou do Recife. Cerca de 20 colegas de Alícia da escola realizaram uma homenagem à menina. O enterro foi feito no final da tarde. Familiares, amigos e vizinhos estiveram presentes no cortejo para o enterro, que teve início no final da tarde com destino ao cemitério. De acordo com familiares, os funcionários da escola onde o crime aconteceu não estiveram presentes. Dia 10 de setembro Um adolescente foi apreendido pela agressão contra Alícia Valentina. Segundo a Polícia Civil, que confirmou a apreensão no dia 11 de setembro, o suspeito foi detido em cumprimento a um mandado de internação, por ato infracional correspondente ao crime de lesão corporal seguida de morte. De acordo com a corporação, o adolescente, que tem 12 anos, foi encontrado próximo ao distrito de Nazaré, na zona rural de Floresta, cidade vizinha de Belém, também localizada no Sertão do estado. Dia 11 de setembro Em entrevista ao g1, a tia de Alícia — que registrou o boletim de ocorrência do caso — contou que a menina foi agredida por apenas um adolescente, diferente da versão inicial informada à Polícia Civil no dia 4 de setembro. De acordo com ela, a denúncia foi realizada num momento em que a família não tinha conhecimento exato do ocorrido. A informação de que apenas um garoto havia batido em Alícia, segundo a tia, foi mencionada pela irmã da vítima, que estuda na mesma escola e, posteriormente, confirmada por um policial. Escola volta a funcionar Dia 11 de setembro A Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, voltou a funcionar quatro dias após a morte Al

Set 13, 2025 - 01:30
 0  1
Veja cronologia do caso de Alícia Valentina, de 11 anos, que morreu após ser espancada dentro da escola

Vídeo mostra menina espancada em escola pedindo ajuda após agressão em PE A Polícia Civil segue investigando o caso de Alícia Valentina, que morreu após ser espancada na escola onde estudava, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. A garota de 11 anos teve morte cerebral confirmada no domingo (7), quatro dias após a agressão. Um adolescente foi apreendido na quarta-feira (10) por suspeita de envolvimento no crime. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Veja a cronologia do caso: Agressão Dia 3 de setembro Alícia é espancada dentro do banheiro da Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco. Uma câmera de segurança da escola filmou a movimentação na área próxima de onde ocorreu a agressão. As imagens, gravadas às 13h04, mostram Alícia entrando no banheiro, uma aglomeração de crianças na porta e a menina voltando, minutos depois, com a mão no ouvido esquerdo. Ela pede ajuda a uma funcionária. Alícia Valentina após agressão em escola municipal de Belém do São Francisco Reprodução/WhatsApp Socorro Dia 3 de setembro No mesmo dia da agressão, funcionários da escola levaram Alícia para o Hospital Municipal Dr. José Alventino Lima, que fica próximo à instituição de ensino. A menina foi atendida e liberada. Já em casa, seu ouvido começou a sangrar e sua família a levou para o posto de saúde da cidade. Mais uma vez ela foi atendida e recebeu alta. O quadro de saúde piora e Alícia começa a vomitar sangue. Ela é então encaminhada para o Hospital Municipal de Belém do São Francisco, de onde é transferida para o Hospital Regional de Salgueiro, em uma cidade próxima. Dia 4 de setembro Com a gravidade do estado de saúde de Alícia, ela foi mais uma vez transferida, desta vez para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife. A unidade fica a 462 Km de distância da cidade de Salgueiro e é referência no estado em traumatologia. A paciente fica internada na unidade hospitalar por quatro dias. Morte cerebral Dia 7 de setembro Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada na noite do domingo (7). No atestado de óbito consta que a causa da morte foi "traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente". Isso significa que, provavelmente, a menina foi atingida na cabeça com algum objeto. Investigação e enterro Dia 4 de setembro A tia de Alícia Valentina, Maria Helena dos Santos, fez boletim de ocorrência na Delegacia de Belém de São Francisco. O caso foi registrado como lesão corporal (doloso). No documento consta que a vítima "foi agredida violentamente por quatro meninos e uma menina". A hipótese da família, com base em comentários da irmã da vítima, é que Alícia Valentina se desentendeu com um adolescente porque ela não quis “ficar” com ele. Dia 8 de setembro Após a morte da menina e apresentação do atestado de óbito, a ocorrência foi retificada pela polícia para lesão corporal seguida de morte. LEIA TAMBÉM MÃE: "Era uma menina doce, não mexia com ninguém" ANÁLISE: Especialistas apontam machismo e falhas na educação APREENSÃO: Adolescente é apreendido por agressão e morte ENTENDA: O que acontece quando agressores são adolescentes VÍDEO: Alícia pediu ajuda após agressões no banheiro da escola SOCORRO: Médica afirmou que caso não era grave, diz mãe LAUDO: Traumatismo craniano por instrumento contundente Dia 9 de setembro O corpo Alícia Valentina foi velado na terça-feira (9). A cerimônia começou na madrugada, quando o corpo chegou do Recife. Cerca de 20 colegas de Alícia da escola realizaram uma homenagem à menina. O enterro foi feito no final da tarde. Familiares, amigos e vizinhos estiveram presentes no cortejo para o enterro, que teve início no final da tarde com destino ao cemitério. De acordo com familiares, os funcionários da escola onde o crime aconteceu não estiveram presentes. Dia 10 de setembro Um adolescente foi apreendido pela agressão contra Alícia Valentina. Segundo a Polícia Civil, que confirmou a apreensão no dia 11 de setembro, o suspeito foi detido em cumprimento a um mandado de internação, por ato infracional correspondente ao crime de lesão corporal seguida de morte. De acordo com a corporação, o adolescente, que tem 12 anos, foi encontrado próximo ao distrito de Nazaré, na zona rural de Floresta, cidade vizinha de Belém, também localizada no Sertão do estado. Dia 11 de setembro Em entrevista ao g1, a tia de Alícia — que registrou o boletim de ocorrência do caso — contou que a menina foi agredida por apenas um adolescente, diferente da versão inicial informada à Polícia Civil no dia 4 de setembro. De acordo com ela, a denúncia foi realizada num momento em que a família não tinha conhecimento exato do ocorrido. A informação de que apenas um garoto havia batido em Alícia, segundo a tia, foi mencionada pela irmã da vítima, que estuda na mesma escola e, posteriormente, confirmada por um policial. Escola volta a funcionar Dia 11 de setembro A Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, voltou a funcionar quatro dias após a morte Alícia Valentina. A unidade disse que Alícia não era "apenas uma estudante, mas uma criança que fazia parte do nosso dia a dia, iluminando com sua presença os corredores e as salas de aula", e que ela "sempre será lembrada com carinho pela sua alegria, simplicidade e convivência entre colegas, professores e funcionários. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias