Você sabia? Alex já se refugiou em chácara de Mozart em período traumático
O duelo entre Operário e Coritiba, nesta sexta-feira (29), às 19h, em Ponta Grossa, pela Série B do Campeonato Brasileiro, marca um capítulo especial na trajetória de dois grandes amigos: Alex e Mozart. Os dois treinadores se encontram pela primeira vez em lados opostos à beira do campo. Apesar da forte ligação com o Coxa, […]
O duelo entre Operário e Coritiba, nesta sexta-feira (29), às 19h, em Ponta Grossa, pela Série B do Campeonato Brasileiro, marca um capítulo especial na trajetória de dois grandes amigos: Alex e Mozart. Os dois treinadores se encontram pela primeira vez em lados opostos à beira do campo.
Apesar da forte ligação com o Coxa, clube que revelou ambos, Alex e Mozart nunca chegaram a atuar juntos com a camisa alviverde. Alex brilhou em sua primeira passagem pelo Alviverde entre 1995 e 1997, antes de se transferir para o Palmeiras, enquanto Mozart vestiu a camisa do clube entre 1999 e 2000, período em que se destacou como volante.
O encontro como companheiros só aconteceu com a camisa da seleção brasileira durante o Pré-Olímpico e as Olimpíadas de Sydney, em 2000.
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Alex e Mozart: amizade antiga
O destino, entretanto, tratou de entrelaçar ainda mais a amizade da dupla. A relação é tão próxima que Alex chegou a viver um momento marcante ao lado de Mozart, episódio relatado na biografia do atual técnico do Operário, escrita pelo jornalista Marcos Eduardo Neves.
Em 2002, quando não foi convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a Copa do Mundo da Coreia e Japão, Alex se refugiou na chácara de Mozart, em Morretes, no litoral do Paraná, para tentar se isolar e não acompanhar o torneio. A ausência na lista da seleção brasileira, em meio à expectativa de disputar o Mundial, foi um duro golpe na carreira do então meia.
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O próprio Alex relembra o episódio em sua biografia.
“Na véspera da final, eu e a Dai fomos com o Mozart para Morretes, onde ele morava. Rolou um churrasco, à noite. A farra terminou tarde e uma neblina tornou a volta impraticável. A gente queria sair, já estava começando aquela mobilização por parte dos amigos dele para ver a final na manhã seguinte. O Mozart percebeu o nosso desespero para ir embora, mas as condições climáticas não ajudavam. Decidimos então ir a uma roda de samba e voltamos só para dormir. Acordamos de manhã com a gritaria do pessoal.”
Alex descreve ainda que o clima foi de tristeza, como se tivessem perdido um parente, mesmo com o Brasil conquistando o pentacampeonato. Mozart, por sua vez, revelou que o amigo ficou tão marcado pela situação que até hoje não consegue ouvir um samba do músico Zeca Pagodinho, que embalou a seleção no torneio.
“O Alex ficou com trauma da Copa do Mundo”, disse Mozart na biografia.
Mais de duas décadas depois daquela história, a vida seguiu para os dois, que ainda se encontram nos bastidores do futebol. Desta vez, o reencontro é de forma inédita, à beira do gramado do Germano Krüger.
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