Buscas por Lázaro e prisão de Amanda Partata: relembre grandes casos em que coronel da PM e delegado que discutiram em rede social atuaram
Delegado e coronel são afastados após discutirem na internet O delegado da Polícia Civil de Goiás, Carlos Alfama, e o coronel da Polícia Militar, Edson “Raiado” Rocha, que foram transferidos para novas funções após discussão em rede social, atuaram em casos de grande repercussão em Goiás, como a prisão da advogada Amanda Partata e as buscas por Lázaro Barbosa. Os dois haviam sido afastados dos cargos após trocarem ataques sobre a maneira como foi conduzido o caso da morte da servidora pública Nádia Gonçalves de Aguiar, de 47 anos, em Roselândia, distrito de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ao g1, a Polícia Militar e a Polícia Civil enviaram uma nota em conjunto informando que todas as medidas administrativas, de caráter interno, já foram adotadas pelos órgãos competentes da instituição. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Caso Amanda Partata Amanda Partata e o momento em que ela chega em uma delegacia, em Goiânia, Goiás Reprodução/Redes Sociais Entre os casos investigados por Alfama, está a prisão da advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, em Goiânia. Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram em 2023. De acordo com o boletim de ocorrência, a ex-nora havia comprado um doce para um café da manhã com a família. Na época, o delegado relatou que Amanda comprou biscoito e pão de queijo, suco de uva e bolos no pote. LEIA TAMBÉM: Saiba quem são o coronel e delegado afastados após trocarem ataques nas redes sociais Policial lança livro sobre caçada a Lázaro Barbosa: 'Dever cumprido' Ameaças, falsa gravidez e envenenamento: saiba como agiu advogada suspeita de matar ex-sogro e a mãe dele em Goiânia Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram. Segundo a Polícia Civil, a advogada estaria fingindo uma gravidez e ameaçando o ex-namorado e a família dele. À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime. A mulher responde por duplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e envenenamento. Segundo Alfama, a motivação do crime foi o sentimento de rejeição que ela teve com o fim do relacionamento com o filho de uma das vítimas. Buscas por Lázaro Barbosa Lázaro Barbosa, de 32 anos, é suspeito de matar família e fugir Reprodução/TV Globo Raiado ganhou destaque após participar das buscas por Lázaro Barbosa, que era investigado por matar uma família em Ceilândia, no Entorno do Distrito Federal. O homem foi capturado e morto durante um confronto no 20º dia de buscas, em Águas Lindas de Goiás. As buscas por Lázaro começaram no dia 9 de junho de 2021, quando ele foi apontado pela polícia como assassino da família. Na época, o pai e os dois filhos foram encontrados mortos na propriedade e o corpo da mãe foi encontrado dias depois. Na fuga, Lázaro roubou um carro e foi para a cidade de Cocalzinho de Goiás, a 80 km de distância. Em uma das casas que invadiu, ele fez uma família ficar seminua e obrigou uma mulher a cozinhar para ele. De acordo com a polícia, a filha adolescente do casal conseguiu se esconder embaixo da cama e enviar mensagem com pedido de socorro. Os três familiares foram encontrados em um rio horas depois. Cães farejadores, drones, helicópteros, rádios comunicadores e até um caminhão com uma plataforma de observação elevada para fazer videomonitoramento passaram a fazer parte da operação de busca. Durante toda a perseguição, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, trocou tiros e baleou moradores, dois policiais militares e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo informações da força-tarefa. Em 2022, Raiado lançou o livro “Contagem Regressiva”, em que relata os 11 dias de oito policiais que buscaram e encontraram o criminoso. Discussão em rede social Delegado e coronel são afastados, em Goiás Arquivo Pessoal/Carlos Alfama | Arquivo Pessoal/ Edson Raiado A discussão começou após uma postagem do coronel. Na publicação compartilhada por ele, o promotor Danni Sales, de Bela Vista de Goiás, critica a maneira como foi conduzido o caso da morte da servidora pública Nádia Gonçalves de Aguiar, de 47 anos. No vídeo, o promotor descreveu o crime e criticou a conduta da delegada do caso. Na legenda do post, o coronel parabenizou a atuação do promotor. O delegado Carlos Alfama postou um vídeo defendendo a atuação da colega de corporação, Magda D'Avila, explicando que não havia “situação de flagrante” no caso e que, por isso, a delegada não poderia prender o suspeito em flagrante como foi solicitado. “A única coisa que aconteceu foi a seguinte: em vez de prender por um flagrante que não existia mais de acordo com a lei, a delegada deu cumprimento a um mandado de prisão cautelar expedido pelo juiz, atendendo a todas as formalidades legais”, relatou. No dia seguinte, o coronel publi


Delegado e coronel são afastados após discutirem na internet O delegado da Polícia Civil de Goiás, Carlos Alfama, e o coronel da Polícia Militar, Edson “Raiado” Rocha, que foram transferidos para novas funções após discussão em rede social, atuaram em casos de grande repercussão em Goiás, como a prisão da advogada Amanda Partata e as buscas por Lázaro Barbosa. Os dois haviam sido afastados dos cargos após trocarem ataques sobre a maneira como foi conduzido o caso da morte da servidora pública Nádia Gonçalves de Aguiar, de 47 anos, em Roselândia, distrito de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ao g1, a Polícia Militar e a Polícia Civil enviaram uma nota em conjunto informando que todas as medidas administrativas, de caráter interno, já foram adotadas pelos órgãos competentes da instituição. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Caso Amanda Partata Amanda Partata e o momento em que ela chega em uma delegacia, em Goiânia, Goiás Reprodução/Redes Sociais Entre os casos investigados por Alfama, está a prisão da advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, em Goiânia. Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram em 2023. De acordo com o boletim de ocorrência, a ex-nora havia comprado um doce para um café da manhã com a família. Na época, o delegado relatou que Amanda comprou biscoito e pão de queijo, suco de uva e bolos no pote. LEIA TAMBÉM: Saiba quem são o coronel e delegado afastados após trocarem ataques nas redes sociais Policial lança livro sobre caçada a Lázaro Barbosa: 'Dever cumprido' Ameaças, falsa gravidez e envenenamento: saiba como agiu advogada suspeita de matar ex-sogro e a mãe dele em Goiânia Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram. Segundo a Polícia Civil, a advogada estaria fingindo uma gravidez e ameaçando o ex-namorado e a família dele. À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime. A mulher responde por duplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e envenenamento. Segundo Alfama, a motivação do crime foi o sentimento de rejeição que ela teve com o fim do relacionamento com o filho de uma das vítimas. Buscas por Lázaro Barbosa Lázaro Barbosa, de 32 anos, é suspeito de matar família e fugir Reprodução/TV Globo Raiado ganhou destaque após participar das buscas por Lázaro Barbosa, que era investigado por matar uma família em Ceilândia, no Entorno do Distrito Federal. O homem foi capturado e morto durante um confronto no 20º dia de buscas, em Águas Lindas de Goiás. As buscas por Lázaro começaram no dia 9 de junho de 2021, quando ele foi apontado pela polícia como assassino da família. Na época, o pai e os dois filhos foram encontrados mortos na propriedade e o corpo da mãe foi encontrado dias depois. Na fuga, Lázaro roubou um carro e foi para a cidade de Cocalzinho de Goiás, a 80 km de distância. Em uma das casas que invadiu, ele fez uma família ficar seminua e obrigou uma mulher a cozinhar para ele. De acordo com a polícia, a filha adolescente do casal conseguiu se esconder embaixo da cama e enviar mensagem com pedido de socorro. Os três familiares foram encontrados em um rio horas depois. Cães farejadores, drones, helicópteros, rádios comunicadores e até um caminhão com uma plataforma de observação elevada para fazer videomonitoramento passaram a fazer parte da operação de busca. Durante toda a perseguição, Lázaro invadiu ao menos 11 fazendas, trocou tiros e baleou moradores, dois policiais militares e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo informações da força-tarefa. Em 2022, Raiado lançou o livro “Contagem Regressiva”, em que relata os 11 dias de oito policiais que buscaram e encontraram o criminoso. Discussão em rede social Delegado e coronel são afastados, em Goiás Arquivo Pessoal/Carlos Alfama | Arquivo Pessoal/ Edson Raiado A discussão começou após uma postagem do coronel. Na publicação compartilhada por ele, o promotor Danni Sales, de Bela Vista de Goiás, critica a maneira como foi conduzido o caso da morte da servidora pública Nádia Gonçalves de Aguiar, de 47 anos. No vídeo, o promotor descreveu o crime e criticou a conduta da delegada do caso. Na legenda do post, o coronel parabenizou a atuação do promotor. O delegado Carlos Alfama postou um vídeo defendendo a atuação da colega de corporação, Magda D'Avila, explicando que não havia “situação de flagrante” no caso e que, por isso, a delegada não poderia prender o suspeito em flagrante como foi solicitado. “A única coisa que aconteceu foi a seguinte: em vez de prender por um flagrante que não existia mais de acordo com a lei, a delegada deu cumprimento a um mandado de prisão cautelar expedido pelo juiz, atendendo a todas as formalidades legais”, relatou. No dia seguinte, o coronel publicou um depoimento de um policial militar sendo interrogado pelo delegado Alfama e criticou a sua atuação. “É inaceitável que um delegado desrespeite o próprio inquérito, ignorando protocolos e colocando em dúvida a credibilidade da investigação”, alegou. No mesmo dia, Alfama respondeu diretamente ao coronel, ressaltando o respeito à instituição da Polícia Militar e que sua crítica se direcionava ao policial. “Eu estou há quatro anos em uma delegacia de homicídios, foram mais de uma centena de homicidas presos. Enquanto você estava pedindo licença para ser segurança de candidato a político”, afirmou. Após os vídeos publicados nas redes sociais, os agentes de segurança foram afastados de suas funções, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Posteriormente, Alfama foi transferido para a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), enquanto o coronel foi para a PM-8, área de prospecção de recursos da PM.