Em meio a desgaste político, Trump faz pronunciamento à nação com foco na economia e não cita Venezuela
O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa para a nação em 17 de dezembro de 2025 Doug Mills/Pool via REUTERS O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez nesta quarta-feira (17) um discurso em horário nobre na Casa Branca com um balanço do primeiro ano do segundo mandato, centrado na economia e imigração. Ele não citou a Venezuela, apesar de mencionar o combate ao tráfico de drogas. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O pronunciamento foi feito em meio a desgaste do governo, apontado por pesquisas que indicam insatisfação da população, principalmente com a economia. O discurso durou cerca de 18 minutos. Na fala, Trump fez uma série de críticas à gestão do antecessor Joe Biden e exaltou a própria administração. Disse que “controlou a imigração ilegal” e afirmou que países estrangeiros estariam enviando drogas e criminosos aos Estados Unidos. O presidente voltou a afirmar que conseguiu “acabar com oito guerras” — declaração contestada por analistas. Ele citou o cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas evitou falar sobre o conflito na Ucrânia. Trump também afirmou que o governo tem combatido cartéis internacionais de drogas e disse que o tráfico por rotas marítimas caiu 94%, sem mencionar países específicos ou falar de ações militares externas. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Sobre imigração, Trump afirmou que o governo “acabou com a invasão colossal” das fronteiras. Ele disse que milhões de imigrantes teriam recebido benefícios na gestão anterior, pagos por contribuintes. Ele acusou os estrangeiros de roubarem empregos de cidadãos americanos. Em um recado ao eleitorado insatisfeito com a economia do país, Trump disse que a inflação está sob controle, afirmando que os preços estão caindo e que o governo está trabalhando para reduzir o custo dos alimentos. O presidente também afirmou que pressiona farmacêuticas e empresas de seguros de saúde por cortes nos preços de medicamentos. Segundo ele, a economia americana vai crescer em “ritmo impressionante” em 2026 e os salários estariam crescendo acima da inflação. Em outro momento, Trump anunciou o pagamento de um bônus para militares no valor de US$ 1.776 (R$ 9,8 mil). O benefício foi chamado de “Dividendo dos Guerreiros”, com depósitos previstos antes do Natal. O presidente encerrou o discurso dizendo que os Estados Unidos voltaram a ser respeitados internacionalmente e repetiu o lema “America First”, além de prometer “fazer a América grande de novo”. De olho na crise O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa para a nação na Casa Branca em 17 de dezembro de 2025 Doug Mills/Pool via REUTERS Mais cedo, a imprensa americana já havia adiantado que Trump usaria o pronunciamento para afirmar que “herdou um desastre” da gestão anterior e fazer um balanço do primeiro ano de governo. A ideia era defender o argumento de que "o melhor está por vir" para conter uma crise de rejeição popular. Pesquisas recentes indicam insatisfação da população principalmente com a economia. Levantamento da Reuters/Ipsos divulgado na terça-feira (16) mostrou que 59% dos eleitores desaprovam o governo Trump. Com a alta reprovação, o Partido Republicano demonstra preocupação com o cenário eleitoral. Os Estados Unidos terão eleições legislativas em 2026 para renovar toda a Câmara e um terço do Senado, e o governo teme perder o controle do Legislativo. VÍDEOS: mais assistidos do g1

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa para a nação em 17 de dezembro de 2025 Doug Mills/Pool via REUTERS O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez nesta quarta-feira (17) um discurso em horário nobre na Casa Branca com um balanço do primeiro ano do segundo mandato, centrado na economia e imigração. Ele não citou a Venezuela, apesar de mencionar o combate ao tráfico de drogas. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O pronunciamento foi feito em meio a desgaste do governo, apontado por pesquisas que indicam insatisfação da população, principalmente com a economia. O discurso durou cerca de 18 minutos. Na fala, Trump fez uma série de críticas à gestão do antecessor Joe Biden e exaltou a própria administração. Disse que “controlou a imigração ilegal” e afirmou que países estrangeiros estariam enviando drogas e criminosos aos Estados Unidos. O presidente voltou a afirmar que conseguiu “acabar com oito guerras” — declaração contestada por analistas. Ele citou o cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas evitou falar sobre o conflito na Ucrânia. Trump também afirmou que o governo tem combatido cartéis internacionais de drogas e disse que o tráfico por rotas marítimas caiu 94%, sem mencionar países específicos ou falar de ações militares externas. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Sobre imigração, Trump afirmou que o governo “acabou com a invasão colossal” das fronteiras. Ele disse que milhões de imigrantes teriam recebido benefícios na gestão anterior, pagos por contribuintes. Ele acusou os estrangeiros de roubarem empregos de cidadãos americanos. Em um recado ao eleitorado insatisfeito com a economia do país, Trump disse que a inflação está sob controle, afirmando que os preços estão caindo e que o governo está trabalhando para reduzir o custo dos alimentos. O presidente também afirmou que pressiona farmacêuticas e empresas de seguros de saúde por cortes nos preços de medicamentos. Segundo ele, a economia americana vai crescer em “ritmo impressionante” em 2026 e os salários estariam crescendo acima da inflação. Em outro momento, Trump anunciou o pagamento de um bônus para militares no valor de US$ 1.776 (R$ 9,8 mil). O benefício foi chamado de “Dividendo dos Guerreiros”, com depósitos previstos antes do Natal. O presidente encerrou o discurso dizendo que os Estados Unidos voltaram a ser respeitados internacionalmente e repetiu o lema “America First”, além de prometer “fazer a América grande de novo”. De olho na crise O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa para a nação na Casa Branca em 17 de dezembro de 2025 Doug Mills/Pool via REUTERS Mais cedo, a imprensa americana já havia adiantado que Trump usaria o pronunciamento para afirmar que “herdou um desastre” da gestão anterior e fazer um balanço do primeiro ano de governo. A ideia era defender o argumento de que "o melhor está por vir" para conter uma crise de rejeição popular. Pesquisas recentes indicam insatisfação da população principalmente com a economia. Levantamento da Reuters/Ipsos divulgado na terça-feira (16) mostrou que 59% dos eleitores desaprovam o governo Trump. Com a alta reprovação, o Partido Republicano demonstra preocupação com o cenário eleitoral. Os Estados Unidos terão eleições legislativas em 2026 para renovar toda a Câmara e um terço do Senado, e o governo teme perder o controle do Legislativo. VÍDEOS: mais assistidos do g1

