'Lá Vem Nazinha': Círio de Nazaré inspira carimbó e clipe
Stella do Carmo Divulgação Há séculos, o Círio de Nazaré mobiliza multidões em Belém. Move promessas, arrasta barcos e, a cada outubro, inspira artistas. Em “Lá Vem Nazinha”, a paraense Stella do Carmo derrama esse fluxo de fé e cultura em uma faixa de carimbó com clipe de atmosfera lúdica. A festa que vira música A canção nasce do repertório afetivo de quem cresce sob o calendário do Círio: a berlinda de Nossa Senhora enfeitada de flores, o tecido humano que abre caminho, as saias que giram no asfalto aquecido de outubro. Filha de Icoaraci — distrito de Belém onde parte a Romaria Fluvial —, Stella transforma cenas recorrentes da festa em imagens sonoras e versos de roda. “A imagem de Nossa Senhora na berlinda, toda enfeitada de flores, sempre me atravessou — muitas dessas cenas viraram versos”, diz a artista. Balanço das águas, batida do carimbó O eixo poético de “Lá Vem Nazinha” é o balanço das águas que trazem a imagem na romaria pelos rios. A base rítmica é o carimbó, tratado como identidade e presente: arranjos dançantes, quentes, pensados para praça, orla e playlist. A produção musical é de Gabriel Silveira e Eduardo Barbosa, costurando tradição e contemporaneidade sem diluir o sotaque paraense. “O carimbó é nossa expressão ancestral. Quis unir essa raiz a uma abordagem contemporânea, pra que a música soasse alegre e pulsante, como a cidade vibra durante o Círio”, resume Stella. Morando um período longe de Belém, Stella aprendeu a medir outubro pela falta. Essa distância virou matéria de canção — lembranças de barcos enfeitados, cortejos na orla, coro nas janelas e promesseiros que atravessam a cidade. O resultado é uma faixa que conversa com a tradição sem perder a urgência do presente. Olhar de criança Concebido e realizado pela própria artista, o clipe traduz o assombro do Círio em linguagem lúdica, com apoio de inteligência artificial. Não é efeito por efeito: a IA serve ao conceito de recompor memórias como quem folheia um álbum afetivo. “Quis olhar como criança: tudo grande, luminoso, emocionante.” Vídeos com as principais notícias do Pará


Stella do Carmo Divulgação Há séculos, o Círio de Nazaré mobiliza multidões em Belém. Move promessas, arrasta barcos e, a cada outubro, inspira artistas. Em “Lá Vem Nazinha”, a paraense Stella do Carmo derrama esse fluxo de fé e cultura em uma faixa de carimbó com clipe de atmosfera lúdica. A festa que vira música A canção nasce do repertório afetivo de quem cresce sob o calendário do Círio: a berlinda de Nossa Senhora enfeitada de flores, o tecido humano que abre caminho, as saias que giram no asfalto aquecido de outubro. Filha de Icoaraci — distrito de Belém onde parte a Romaria Fluvial —, Stella transforma cenas recorrentes da festa em imagens sonoras e versos de roda. “A imagem de Nossa Senhora na berlinda, toda enfeitada de flores, sempre me atravessou — muitas dessas cenas viraram versos”, diz a artista. Balanço das águas, batida do carimbó O eixo poético de “Lá Vem Nazinha” é o balanço das águas que trazem a imagem na romaria pelos rios. A base rítmica é o carimbó, tratado como identidade e presente: arranjos dançantes, quentes, pensados para praça, orla e playlist. A produção musical é de Gabriel Silveira e Eduardo Barbosa, costurando tradição e contemporaneidade sem diluir o sotaque paraense. “O carimbó é nossa expressão ancestral. Quis unir essa raiz a uma abordagem contemporânea, pra que a música soasse alegre e pulsante, como a cidade vibra durante o Círio”, resume Stella. Morando um período longe de Belém, Stella aprendeu a medir outubro pela falta. Essa distância virou matéria de canção — lembranças de barcos enfeitados, cortejos na orla, coro nas janelas e promesseiros que atravessam a cidade. O resultado é uma faixa que conversa com a tradição sem perder a urgência do presente. Olhar de criança Concebido e realizado pela própria artista, o clipe traduz o assombro do Círio em linguagem lúdica, com apoio de inteligência artificial. Não é efeito por efeito: a IA serve ao conceito de recompor memórias como quem folheia um álbum afetivo. “Quis olhar como criança: tudo grande, luminoso, emocionante.” Vídeos com as principais notícias do Pará