Presa há 4 anos, ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp já soma mais de cinco décadas em penas por exploração sexual, tortura e lavagem de dinheiro
Pâmela Volp, ex-vereadora de Uberlândia CMU/Divulgação Por trás da imagem pública de ativismo em defesa dos direitos da população LGBT+, a ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp, escondia um dos esquemas criminosos mais complexos e duradouros já investigados na cidade, segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Condenada a mais de 50 anos de prisão em processos da Operação Libertas, Volp foi presa há exatamente 4 anos, em 8 de novembro de 2021, apontada como líder de uma rede de exploração sexual que atuou por mais de três décadas, atingindo principalmente travestis e mulheres trans em situação de vulnerabilidade. Segundo a Promotoria de Justiça de Uberlândia, Volp comandava o esquema mesmo após ser eleita vereadora em 2016 pelo Partido Progressista (PP), com 1.841 votos. Ela foi a primeira mulher transexual a se eleger em Uberlândia e também a primeira parlamentar de Minas Gerais a utilizar o nome social no diploma de eleita. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp O g1 entrou em contato com a defesa de Volp, representada pela advogada Fabiane Martins, para comentar as condenações e os detalhes dos processos citados na reportagem. Em nota, a defesa contestou a soma das penas informada pelo MPMG e esclareceu que a cliente só teve um dos processos concluído até o momento, justificando que não há pena definitiva a ser cumprida, tornando a ré uma "presa tecnicamente provisória". Saiba mais sobre a posição da defesa ao final da reportagem. Já o MP esclareceu que existem processos que a ré responde em liberdade, então as penas não foram unificadas, ou seja, no atestado de pena só constam os crimes com condenações em que há execução provisória da pena. Chefe de organização interestadual A Operação Libertas, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em agosto de 2021, revelou que Pâmela Volp comandava uma organização criminosa interestadual que mantinha controle sobre pontos de prostituição, impunha diárias abusivas, torturava as vítimas e promovia cirurgias clandestinas para colocação de próteses mamárias. Além disso, as denúncias apontam que a ex-parlamentar montou outro esquema paralelo, após ser presa pela força-tarefa, para cometer atos de violência, extorsões e fazer 'testes de orientação sexual' na ala LGBT+ da penitenciária, forçando presos a fazerem sexo entre si. Nesta reportagem especial, o g1 traz detalhes dos processos criminais que levaram à condenação da ex-vereadora Pâmela Volp. Ao longo das investigações, dezenas de vítimas foram ouvidas, revelando como o poder político e a influência social foram utilizados para perpetuar abusos e silenciar denúncias ao longo dos anos. Pâmela Volp foi eleita 1ª vereadora trans de Uberlândia em 2016 CMU/Divulgação Três décadas de crimes contra a população transexual O Ministério Público apontou que Pâmela chefiava a organização criminosa há mais de 30 anos. Em 2014, ela foi condenada pela Justiça Federal por tráfico internacional de pessoas e rufianismo.

Pâmela Volp, ex-vereadora de Uberlândia CMU/Divulgação Por trás da imagem pública de ativismo em defesa dos direitos da população LGBT+, a ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp, escondia um dos esquemas criminosos mais complexos e duradouros já investigados na cidade, segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Condenada a mais de 50 anos de prisão em processos da Operação Libertas, Volp foi presa há exatamente 4 anos, em 8 de novembro de 2021, apontada como líder de uma rede de exploração sexual que atuou por mais de três décadas, atingindo principalmente travestis e mulheres trans em situação de vulnerabilidade. Segundo a Promotoria de Justiça de Uberlândia, Volp comandava o esquema mesmo após ser eleita vereadora em 2016 pelo Partido Progressista (PP), com 1.841 votos. Ela foi a primeira mulher transexual a se eleger em Uberlândia e também a primeira parlamentar de Minas Gerais a utilizar o nome social no diploma de eleita. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp O g1 entrou em contato com a defesa de Volp, representada pela advogada Fabiane Martins, para comentar as condenações e os detalhes dos processos citados na reportagem. Em nota, a defesa contestou a soma das penas informada pelo MPMG e esclareceu que a cliente só teve um dos processos concluído até o momento, justificando que não há pena definitiva a ser cumprida, tornando a ré uma "presa tecnicamente provisória". Saiba mais sobre a posição da defesa ao final da reportagem. Já o MP esclareceu que existem processos que a ré responde em liberdade, então as penas não foram unificadas, ou seja, no atestado de pena só constam os crimes com condenações em que há execução provisória da pena. Chefe de organização interestadual A Operação Libertas, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em agosto de 2021, revelou que Pâmela Volp comandava uma organização criminosa interestadual que mantinha controle sobre pontos de prostituição, impunha diárias abusivas, torturava as vítimas e promovia cirurgias clandestinas para colocação de próteses mamárias. Além disso, as denúncias apontam que a ex-parlamentar montou outro esquema paralelo, após ser presa pela força-tarefa, para cometer atos de violência, extorsões e fazer 'testes de orientação sexual' na ala LGBT+ da penitenciária, forçando presos a fazerem sexo entre si. Nesta reportagem especial, o g1 traz detalhes dos processos criminais que levaram à condenação da ex-vereadora Pâmela Volp. Ao longo das investigações, dezenas de vítimas foram ouvidas, revelando como o poder político e a influência social foram utilizados para perpetuar abusos e silenciar denúncias ao longo dos anos. Pâmela Volp foi eleita 1ª vereadora trans de Uberlândia em 2016 CMU/Divulgação Três décadas de crimes contra a população transexual O Ministério Público apontou que Pâmela chefiava a organização criminosa há mais de 30 anos. Em 2014, ela foi condenada pela Justiça Federal por tráfico internacional de pessoas e rufianismo.

