PSG amassa Flamengo e expõe abismo técnico no Mundial
Todos sabiam que o PSG era, com razão, considerado o favorito para a conquista do título da Copa Intercontinental de Clubes, disputada em Doha, no Qatar. Porém, existia um fio de esperança na superação do Flamengo, tanto por ter sido recentemente campeão brasileiro de forma disparada e da Copa Libertadores da América, quanto por contar […]
Todos sabiam que o PSG era, com razão, considerado o favorito para a conquista do título da Copa Intercontinental de Clubes, disputada em Doha, no Qatar. Porém, existia um fio de esperança na superação do Flamengo, tanto por ter sido recentemente campeão brasileiro de forma disparada e da Copa Libertadores da América, quanto por contar com alguns jogadores capazes de surpreender no plano individual.
Com a bola rolando, em poucos minutos observou-se o amplo predomínio da equipe francesa, formada por atletas de maior envergadura técnica em todas as posições, refletindo de forma clara e indiscutível a diferença que fazem o poder econômico e a capacidade gerencial na formação de um elenco de futebol na Europa atual.
Mas houve mais. Além de técnica e territorialmente amassado pelo PSG, com raríssimas tentativas durante o tempo regulamentar, o representante brasileiro contou com um Rossi inseguro e trapalhão nas saídas de bola. A defesa esteve em bom nível, mas o meio de campo simplesmente inexistiu, especialmente pela falta de inspiração do tarimbado Arrascaeta. O ataque foi meramente decorativo, mesmo com o empenho de Carrascal, Plata e Bruno Henrique. Pedro no banco, e nada mais.
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O PSG, ao contrário, apresentou alto nível defensivo, com Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz sobrando e comandando as ações no meio de campo. O ataque, por sua vez, foi mais discreto, mesmo após a entrada do badalado Dembélé na parte decisiva da partida.
O PSG abriu o placar após falha do goleiro Rossi, e Jorginho empatou. A prorrogação foi uma repetição do tempo normal, com exceção de algumas investidas do atacante Cebolinha, que deram um pouco de esperança à torcida rubro-negra.
Nos pênaltis, um verdadeiro desastre brasileiro, com excesso de canhoteiros nas cobranças: Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas tentativas. Dembélé também fez papelão ao errar sua cobrança, mas o time de Luis Enrique, muito bem estruturado, mereceu o título mundial interclubes.
A Filipe Luís restou a experiência de mais uma final e a certeza de que terá muito trabalho pela frente para qualificar a capacidade técnica da equipe em confrontos futuros contra os melhores e mais poderosos adversários do mundo.

