Tarifaço de Trump: em reunião com ministros, Lula pediu 'firmeza e seriedade' nas negociações

Camarotti: Brasil vai negociar com firmeza tarifaço de Trump A ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ministros reunidos no Palácio da Alvorada, na noite desse domingo (13), foi de ter "firmeza e sobriedade" nas negociações sobre as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O limite da negociação, segundo ministros ouvidos pelo blog, é o debate econômico. O governo Lula não irá aceitar nada que atinja a soberania do Brasil, e não abrirá espaço para negociação envolvendo qualquer interferência em instituições brasileiras como o Judiciário — a partir do Supremo Tribunal Federal (STF). O que se poderá negociar é a pauta econômica. Lula reuniu, na noite deste domingo (13), ministros e o presidente do Banco Central para discutir os próximos passos que o governo deve dar em relação ao tarifaço anunciado pelo governo dos Estados Unidos. Entre os assuntos que foram discutidos, está a criação de um comitê de empresários para tratar de saídas para a crise, que deve acontecer ainda na manhã desta segunda. Ou seja, o objetivo desse comitê é traçar uma estratégia conjunta, além de entender o que será possível negociar com o governo norte-americano, e que vai além dos limites estabelecidos. Vale destacar que o governo brasileiro não pretende comprar uma guerra comercial com os Estados Unidos. Mas, a percepção é que, se isso acontecer, é ruim, mas não é "mortal", na avaliação de um ministro ouvido pelo blog. Isso porque, atualmente, o Brasil não é mais tão dependente dos Estados Unidos como foi no passado. Há mais de duas décadas, um terço das exportações brasileiras eram enviadas ao país norte-americano. Atualmente se tem uma variedade muito maior, e o Brasil conquistou vários mercados na Ásia. A prioridade do governo é a negociação. No entanto, se isso não funcionar, o governo Lula pretende investir na edição do decreto para regulamentar a Lei da Reciprocidade, aprovada no Congresso e sancionada em abril.

Jul 14, 2025 - 10:00
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Tarifaço de Trump: em reunião com ministros, Lula pediu 'firmeza e seriedade' nas negociações
Camarotti: Brasil vai negociar com firmeza tarifaço de Trump A ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ministros reunidos no Palácio da Alvorada, na noite desse domingo (13), foi de ter "firmeza e sobriedade" nas negociações sobre as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O limite da negociação, segundo ministros ouvidos pelo blog, é o debate econômico. O governo Lula não irá aceitar nada que atinja a soberania do Brasil, e não abrirá espaço para negociação envolvendo qualquer interferência em instituições brasileiras como o Judiciário — a partir do Supremo Tribunal Federal (STF). O que se poderá negociar é a pauta econômica. Lula reuniu, na noite deste domingo (13), ministros e o presidente do Banco Central para discutir os próximos passos que o governo deve dar em relação ao tarifaço anunciado pelo governo dos Estados Unidos. Entre os assuntos que foram discutidos, está a criação de um comitê de empresários para tratar de saídas para a crise, que deve acontecer ainda na manhã desta segunda. Ou seja, o objetivo desse comitê é traçar uma estratégia conjunta, além de entender o que será possível negociar com o governo norte-americano, e que vai além dos limites estabelecidos. Vale destacar que o governo brasileiro não pretende comprar uma guerra comercial com os Estados Unidos. Mas, a percepção é que, se isso acontecer, é ruim, mas não é "mortal", na avaliação de um ministro ouvido pelo blog. Isso porque, atualmente, o Brasil não é mais tão dependente dos Estados Unidos como foi no passado. Há mais de duas décadas, um terço das exportações brasileiras eram enviadas ao país norte-americano. Atualmente se tem uma variedade muito maior, e o Brasil conquistou vários mercados na Ásia. A prioridade do governo é a negociação. No entanto, se isso não funcionar, o governo Lula pretende investir na edição do decreto para regulamentar a Lei da Reciprocidade, aprovada no Congresso e sancionada em abril.