Trump foi afável e até carinhoso, dizem fontes do governo que acompanharam a conversa entre os presidentes

Em telefonema com Trump, Lula pede fim do tarifaço e de sanções a autoridades O tom usado pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump no telefonema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu quem testemunhou a conversa — inclusive o próprio Lula, segundo fontes do governo. Trump ligou para Lula nesta segunda-feira (6). Os presidentes falaram por cerca de 30 minutos, segundo nota divulgada pelo governo. Quem testemunhou o momento descreveu o tom do diálogo como afável e até carinhoso. “Trump mostrou-se muito diferente da imagem pública que se tinha dele. Não foi arrogante. Foi bem afável. Diria até carinhoso”, relatou um interlocutor. Segundo as fontes, quem trouxe mais temas à mesa foi Lula. O petista aproveitou o telefonema para pedir que Trump reavalie o tarifaço e as sanções impostas a autoridades brasileiras. O presidente brasileiro afirmou que não guarda mágoa de ninguém e comentou que apenas três países do G20 têm déficit comercial com os Estados Unidos — o Brasil, a Austrália e o Reino Unido. ONU divulgou foto de Trump assistindo a discurso de Lula em assembleia geral Reprodução Apesar do tom cordial, Trump não se comprometeu com nenhum pedido de Lula. Disse apenas que o Secretário de Estado dos Estados Unidos Marco Rubio seria o responsável por tocar adiante as conversas sobre um eventual encontro entre os dois líderes, além de tarifas e sanções impostas às autoridades brasileiras. Jair Bolsonaro não foi um assunto durante toda a conversa, o que chamou a atenção de auxiliares de Lula. Ao anunciar o tarifaço de 50% sobre o Brasil, Trump citou que um dos motivos era o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe. O diálogo teve ainda espaço para descontração. Lula brincou sobre o fato de ambos serem octogenários. Trump respondeu dizendo que se sente “mais forte hoje do que quando tinha 40 anos”. Lula riu e disse que ele também se sentia assim. Ao final, os dois falaram sobre a “química” entre eles. Lula destacou a importância de que Brasil e Estados Unidos encontrem um denominador comum em temas de interesse mútuo.

Out 6, 2025 - 14:30
 0  1
Trump foi afável e até carinhoso, dizem fontes do governo que acompanharam a conversa entre os presidentes

Em telefonema com Trump, Lula pede fim do tarifaço e de sanções a autoridades O tom usado pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump no telefonema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu quem testemunhou a conversa — inclusive o próprio Lula, segundo fontes do governo. Trump ligou para Lula nesta segunda-feira (6). Os presidentes falaram por cerca de 30 minutos, segundo nota divulgada pelo governo. Quem testemunhou o momento descreveu o tom do diálogo como afável e até carinhoso. “Trump mostrou-se muito diferente da imagem pública que se tinha dele. Não foi arrogante. Foi bem afável. Diria até carinhoso”, relatou um interlocutor. Segundo as fontes, quem trouxe mais temas à mesa foi Lula. O petista aproveitou o telefonema para pedir que Trump reavalie o tarifaço e as sanções impostas a autoridades brasileiras. O presidente brasileiro afirmou que não guarda mágoa de ninguém e comentou que apenas três países do G20 têm déficit comercial com os Estados Unidos — o Brasil, a Austrália e o Reino Unido. ONU divulgou foto de Trump assistindo a discurso de Lula em assembleia geral Reprodução Apesar do tom cordial, Trump não se comprometeu com nenhum pedido de Lula. Disse apenas que o Secretário de Estado dos Estados Unidos Marco Rubio seria o responsável por tocar adiante as conversas sobre um eventual encontro entre os dois líderes, além de tarifas e sanções impostas às autoridades brasileiras. Jair Bolsonaro não foi um assunto durante toda a conversa, o que chamou a atenção de auxiliares de Lula. Ao anunciar o tarifaço de 50% sobre o Brasil, Trump citou que um dos motivos era o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe. O diálogo teve ainda espaço para descontração. Lula brincou sobre o fato de ambos serem octogenários. Trump respondeu dizendo que se sente “mais forte hoje do que quando tinha 40 anos”. Lula riu e disse que ele também se sentia assim. Ao final, os dois falaram sobre a “química” entre eles. Lula destacou a importância de que Brasil e Estados Unidos encontrem um denominador comum em temas de interesse mútuo.