CBTU é condenada a pagar R$ 90 mil de indenização a menina esmagada por placa de concreto de muro do Metrô do Recife
Kemilly Kethelyn foi esmagada por uma placa de concreto do muro do metrô, no Recife Reprodução/WhatsApp O Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região condenou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) a pagar uma indenização de R$ 90 mil para Kemilly Kethelyn Lino da Silva, menina esmagada por uma placa de concreto que desabou do muro do Metrô do Recife em 2021. A garota tinha 8 anos na época. Segundo a decisão, à qual o g1 teve acesso, o órgão federal, que administra o sistema de transporte, foi condenado por danos morais e estéticos. Além da indenização, a CBTU deve custear o transporte da menina para as sessões de fisioterapia por três anos ou até o fim do tratamento. A instituição também deve fornecer cestas básicas mensais durante dois anos. Procurada, a CBTU disse que vai recorrer da decisão, entrando com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE O caso aconteceu em outubro de 2021, durante uma festa em comemoração ao Dia das Crianças, promovida pela ONG Mão Amiga na Favela do Papelão, no bairro do Coque, área central do Recife, onde a família da garota, que hoje tem 12 anos, morava. A menina estava de pé, na calçada, quando a estrutura desabou em cima dela. Por pouco, outras crianças, que estavam almoçando com Kemilly, também não foram atingidas. Na época do acidente, moradores da região informaram ao g1 que o muro estava bastante danificado e, em alguns trechos, já tinha desabado. A condenação foi publicada no dia 23 de setembro pelo desembargador federal André Granja. O documento detalha que o laudo pericial elaborado pelo Instituto de Criminalística Professor Armando Samico concluiu que o muro encontrava-se em "péssimo estado de conservação", apresentando rachaduras e infiltrações visíveis. Segundo a decisão, a conclusão da perícia contraria a argumentação apresentada pela defesa da CBTU, que defendeu durante o processo que o acidente teria decorrido de um acontecimento imprevisível (fortuito externo), devido às chuvas ou por vandalismo. "A causa do colapso da placa de concreto foi o péssimo estado de conservação do muro edificado ao longo da Avenida Central, que apresentava desgaste acentuado do concreto em virtude do intemperismo, vibrações e esforços adicionais à estrutura, que resultaram em rachaduras e infiltrações que promoveram a oxidação e exposição que resultaram no colapso da estrutura", afirmou o magistrado na decisão. Após o acidente, Kemilly foi levada para o Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, na área central do Recife (veja vídeo abaixo). Após o atendimento inicial, a menina foi transferida para o Hospital da Restauração, onde ficou internada por quase dois meses internada até receber alta em 5 de dezembro de 2021. Dois dias depois do acidente, o governo de Pernambuco entrou com uma notícia-crime contra a CBTU e acionou o Ministério Público. A Polícia Civil também investigou o caso. Criança é esmagada por placa de concreto de muro do metrô do Recife e está em estado grave VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias


Kemilly Kethelyn foi esmagada por uma placa de concreto do muro do metrô, no Recife Reprodução/WhatsApp O Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região condenou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) a pagar uma indenização de R$ 90 mil para Kemilly Kethelyn Lino da Silva, menina esmagada por uma placa de concreto que desabou do muro do Metrô do Recife em 2021. A garota tinha 8 anos na época. Segundo a decisão, à qual o g1 teve acesso, o órgão federal, que administra o sistema de transporte, foi condenado por danos morais e estéticos. Além da indenização, a CBTU deve custear o transporte da menina para as sessões de fisioterapia por três anos ou até o fim do tratamento. A instituição também deve fornecer cestas básicas mensais durante dois anos. Procurada, a CBTU disse que vai recorrer da decisão, entrando com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE O caso aconteceu em outubro de 2021, durante uma festa em comemoração ao Dia das Crianças, promovida pela ONG Mão Amiga na Favela do Papelão, no bairro do Coque, área central do Recife, onde a família da garota, que hoje tem 12 anos, morava. A menina estava de pé, na calçada, quando a estrutura desabou em cima dela. Por pouco, outras crianças, que estavam almoçando com Kemilly, também não foram atingidas. Na época do acidente, moradores da região informaram ao g1 que o muro estava bastante danificado e, em alguns trechos, já tinha desabado. A condenação foi publicada no dia 23 de setembro pelo desembargador federal André Granja. O documento detalha que o laudo pericial elaborado pelo Instituto de Criminalística Professor Armando Samico concluiu que o muro encontrava-se em "péssimo estado de conservação", apresentando rachaduras e infiltrações visíveis. Segundo a decisão, a conclusão da perícia contraria a argumentação apresentada pela defesa da CBTU, que defendeu durante o processo que o acidente teria decorrido de um acontecimento imprevisível (fortuito externo), devido às chuvas ou por vandalismo. "A causa do colapso da placa de concreto foi o péssimo estado de conservação do muro edificado ao longo da Avenida Central, que apresentava desgaste acentuado do concreto em virtude do intemperismo, vibrações e esforços adicionais à estrutura, que resultaram em rachaduras e infiltrações que promoveram a oxidação e exposição que resultaram no colapso da estrutura", afirmou o magistrado na decisão. Após o acidente, Kemilly foi levada para o Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, na área central do Recife (veja vídeo abaixo). Após o atendimento inicial, a menina foi transferida para o Hospital da Restauração, onde ficou internada por quase dois meses internada até receber alta em 5 de dezembro de 2021. Dois dias depois do acidente, o governo de Pernambuco entrou com uma notícia-crime contra a CBTU e acionou o Ministério Público. A Polícia Civil também investigou o caso. Criança é esmagada por placa de concreto de muro do metrô do Recife e está em estado grave VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias