TST mantém condenação de fabricante do Mounjaro por exposição tóxica que causou malformações em filha de ex-funcionário

Fábrica da Eli Lilly funcionou em Cosmópolis por 27 anos Reprodução EPTV/Arquivo O Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação da Eli Lilly do Brasil, fabricante do Mounjaro, por expor um operador de produção a substâncias químicas tóxicas durante sete anos na unidade de Cosmópolis (SP). A decisão foi divulgada na última quinta-feira (27). Segundo o TST, essa exposição levou às malformações congênitas da filha do trabalhador, que nasceu com mielomeningocele (defeito no fechamento da coluna vertebral do feto) e hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) em 1994. O pai da jovem trabalhou na Eli Lilly de 1988 a 1995, em contato direto com solventes orgânicos, aromáticos e compostos clorados usados na fábrica. Ainda segundo o TST, ele desenvolveu, ao longo dos anos, problemas neurológicos, comportamentais e físicos, como: crises de pânico; ansiedade; perda de memória; dores no corpo; hipertensão; e hepatite química. Exames realizados em 2013 confirmaram a contaminação dele e da filha por metais pesados e agentes considerados cancerígenos, mutagênicos e teratogênicos. Esses últimos são substâncias capazes de causar alterações no desenvolvimento do embrião ou feto, como as malformações.

Nov 30, 2025 - 08:30
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TST mantém condenação de fabricante do Mounjaro por exposição tóxica que causou malformações em filha de ex-funcionário

Fábrica da Eli Lilly funcionou em Cosmópolis por 27 anos Reprodução EPTV/Arquivo O Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação da Eli Lilly do Brasil, fabricante do Mounjaro, por expor um operador de produção a substâncias químicas tóxicas durante sete anos na unidade de Cosmópolis (SP). A decisão foi divulgada na última quinta-feira (27). Segundo o TST, essa exposição levou às malformações congênitas da filha do trabalhador, que nasceu com mielomeningocele (defeito no fechamento da coluna vertebral do feto) e hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) em 1994. O pai da jovem trabalhou na Eli Lilly de 1988 a 1995, em contato direto com solventes orgânicos, aromáticos e compostos clorados usados na fábrica. Ainda segundo o TST, ele desenvolveu, ao longo dos anos, problemas neurológicos, comportamentais e físicos, como: crises de pânico; ansiedade; perda de memória; dores no corpo; hipertensão; e hepatite química. Exames realizados em 2013 confirmaram a contaminação dele e da filha por metais pesados e agentes considerados cancerígenos, mutagênicos e teratogênicos. Esses últimos são substâncias capazes de causar alterações no desenvolvimento do embrião ou feto, como as malformações.